VIII- ᥱᥙ ⍴rᥱᥴіs᥆ ძᥱᥣᥱ.

1.3K 84 96
                                    

Reino Unido narrando

Eram cerca de quatro horas da manhã quando meu celular toca.

- hello? - atendo o telefone sonolento

- boa noite, desculpe a ligação a essa hora mas não posso adiar o telefonema - uma voz feminina ecoa do outro lado da linha - eu estou falando do hospital onde o seu filho Brasil está internado, ele teve uma piora significativa nessa madrugada - me levanto em um pulo da cama.

- que? O que ouve? - chaqualho URSS que dormia tranquilamente e corro em direção ao meu armário.

- os pontos se romperam e ele perdeu muito sangue, senhor - a mulher anuncia me fazendo sentir um arrepio na espinha.

- ele está correndo risco de vida? - pergunto temendo a resposta.

- sim, senhor - responde mais baixo.

- eu já estou indo - desligo o celular colocando meu calçado - droga, droga, droga!

- Amor? O que aconteceu? - URSS pergunta parando na porta - você está pálido.

- Brasil piorou, os pontos romperam e ele pode morrer! - ele corre para o seu guarda roupa e começa a vestir uma roupa mais apresentável - eu vou chamar os meninos, ligue o carro, pegue Bielorrússia e vá para o hospital, eu vou com eles daqui a pouco - digo e saio em direção aos quartos dos nossos filhos.

Chamo todos os garotos e reuno eles na sala, todos sentados no sofá.

- meninos, eu quero que fiquem calmos, ok?

- ah não! - Geórgia exclama balançando a cabeça - é notícia ruim.

- o que aconteceu? - Polônia aperta o sofá com os dedos para se acalmar.

- não me diga que é o que eu estou pensando! - México que estava na ponta do sofá se aproxima ainda sentado - é o Brasil, não é?

- é - seus olhos se arregaram e o clima fica mais tenso instantaneamente. Rússia prende a respiração e Canadá começa a suar frio - os pontos se romperam e ele pode... Se os médicos não agirem com rapidez e eficácia ele pode acabar não resistindo.

- ai não! - Geórgia exclama mais uma vez, agora chorando.

Canadá coloca a mão na boca e abaixa a cabeça tremendo todo o corpo. Austrália esconde a cabeça no sofá e aperta ele com força. Rússia se levanta e vai em direção a cozinha com a cabeça baixa. Uzbequistão consola Polônia e Cazaquistão consola Geórgia.

- Qualquer coisa me chamem, ok? - Deixo os mais novos ali e vou em direção a cozinha para ver Rússia.

- Rússia? - pergunto entrando no cômodo. Apenas um barulho baixo me indica que ele estava ali, um choro - meu amor - me sento ao seu lado assim que vejo ele com a cabeça entre as pernas, com o corpo tremendo.

- porque? - ele me pergunta levantando a cabeça - porque ele? Porque o meu Brasil?

- ele vai ficar bem, eu sei que vai, ele é forte e vai conseguir resistir!

- e se ele não conseguir? Ele não é imortal, eu não quero perder ele - o choro desesperado faz com que uma onda de soluços comece - ele não vai aguentar ser forte por muito tempo.

- ele está sendo tratado pelos melhores médicos do planeta, vai dar tudo certo - passo as mãos pelo seu rosto que agora estava vermelho e molhado, puxo seu corpo para perto do meu e o abraço.

- eu só queria saber o que levou ele a fazer isso - depois de algum tempo, ele se acalma e começa a falar - eu sei que o merda do português é um pai horrível mas o que de tão grave ele fez pra isso acontecer? Alguma coisa aconteceu e eu não sei?

mᥱᥙ ᥙ́ᥣ𝗍іm᥆ ⍴ᥱძіძ᥆ - ᑲrᥲsіᥣOnde histórias criam vida. Descubra agora