Capítulo 36

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Michael Jackson

– E de quem você acha que é a culpa disso?

– Você me culpa demais pelo seu ego ferido, Sr. Jackson. –"Isso foi há sete anos. E éramos ambos jovens e impulsivos. Como ele não foi capaz de seguir em frente?!"

Por um momento, ela fica parada em silêncio. Tudo o que ela ouve é o som ambiente da cúpula ao redor dela. O silêncio é ensurdecedor. Cada parte dela me traz de volta a si, quer que eu me transforme no homem por quem ela se apaixonou em Paris.

– Eu deveria voltar para o meu quarto. Este bate-papo é improdutivo.

Eu concordo. Ela passa por mum, sentindo cada batida do coração dela marcar os passos. Antes que ela passe pela porta, uma rajada de vento sopra e a porta se fecha com um baque. Aida se desequilibra, mas eu a seguro. Ela se assusta quando bate no meu peito.

– Opa. Você está bem?
– Estou bem. Só me assustei.

Aida se endireita e um trovão explode acima de nós. As luzes se apagam. Tudo se torna escuridão, é impossível enxergar qualquer coisa a um palmo de distância. Ela se levanta e eu tateio cuidadosamente o caminho até a porta.

– Merda! Não, não, não.... Isso não pode estar acontecendo. Agora não. — Aida me ouve chacoalhando e chutando a porta de vidro grosso.

– Michael? Não consigo ver nada. O que foi?

– A porta está emperrada. Não consigo abrir por dentro. Estamos presos. — Sacudo a porta mais algumas vezes antes de suspirar. – Está emperrada. Ou eu destruo as paredes com as minhas próprias mãos, ou nós não vamos a lugar nenhum. — Há um clarão de relâmpago seguido de um trovão.

– A tempestade está piorando. — Aida sente o meu corpo perto do dela. Através da escuridão, ela mal consegue distinguir os ombros largos. – Você está tremendo, Aida. Está com frio?

– Eu estou, com um pouco de frio, sim.

A luz da lua avança lentamente através das janelas e atinge os olhos dela, eles brilham suavemente, cheios de preocupação. – Será que isso ajuda? — Eu passo os braços ao redor dela e o meu calor não apenas aquece, mas também acalma profundamente ela.

Aida apoia o rosto dela no meu peito e respira profundamente. O meu cheiro acalma todos os nervos dela. – Ajuda sim. Eu agradeço. Então... estamos presos aqui?

– Parece que sim. Até de manhã, pelo menos.

– Nós realmente precisamos de alguma luz.

– Teremos apenas que esperar até que a energia volte.

– Você está brincando.
– Você me pegou. Eu sou rico, lembra?
– Fiquei sabendo.

Aida tem a sensação de me ver sorrir na luz fraca que vem das telas de seu celular.

– Eu tenho um gerador. Não vai durar muito, mas vamos ter alguma luz. — Eu avança lentamente seguindo a parede do átrio, então me abaixo e começo a mexer embaixo de uma prateleira de plantas. – E Deus disse: 'Haja luz'.

– Deus? Se você fosse um Deus de verdade não estaríamos presos em uma estufa.

– Corrigindo: Não estaríamos presos aqui se você não estivesse metendo o nariz onde não foi chamada.

– Uau! Eu só estava brincando! Não estou brava!

– Foi apenas uma piada. Não precisa reagir como se eu tivesse dado um soco na sua cara.

Encontrando um amor em ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora