Capítulo 78

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A surpresa

– O quê? Deserdada... ? — O rosto de Michael muda de raiva para confusão. O braço dele fica ligeiramente frouxo.

E Jason o agarra. – Chega. Michael ele entendeu! Solte ele!

Michael se afasta e joga o meu pai no chão. Gregory Santhers tosse algumas vezes enquanto se afasta da parede.

– Michael... não... eu...

– Gregory... Você a deserdou? E só porque ela engravidou contra sua vontade?

– Ela envergonhou está família. Ela teve o que mereceu. — Meu pai olha para mim. Vejo seus lábio tremer.

– Aida... isso é realmente verdade? Diga-me que não. — Desvio o olhar. Michael balança a cabeça rapidamente. – Eu preciso ouvir de você. Eu não confio nesta cobra. Eu quero ouvir a verdade de você.

– Michael... é verdade. Eu estava envergonhada.

– Não teria julgado você.

– Tem mais. Mais coisas que você não sabe. Mas eu não acho...

– Não. chega. Seja o que for, não é sua culpa. — A dor surge nos olhos de Michael, mas logo a raiva volta. Ele olha ao redor da sala irritado.

– Então, agora você sabe. E espero que cuide da sua vida, Sr. Jackson. Isso não te diz respeito.  — Diz Gregory.

– Você rejeitou Aida por engravidar em Paris e não se casar com Leon McClain... E agora ela tem que passar todos os dias se arrependendo dessa decisão, sem poder reinvidicar seu direito como herdeira?

– Sim! Porque ela jogou tudo fora! Ela poderia ter se casado com um milionário que tornaria o nome Santhers lendário! — Diz Gregory.

Michael vira os olhos. Depois de um momento, ele abre um de seus sorrios inestimáveis. – Que irônia... você não percebeu que ela se apaixonou por um bilionário que poderia apagar o nome Santhers da face da terra.

– Ela se apaixonou por um pintor pobretão, não por um bilionário! — Fala Gregory.

Em responta, Michael solta uma risada curta e aponta para si mesmo. – Ela se apaixonou por mim. E aquele menino tem um nome. Um do qual ele pode se orgulhar pelo resto de sua vida.

– Não diga essa merda de  "Matteo Michael Joseph Santhers". Eu não... — Diz Gregory.

– Não Santhers. Jackson. — Michael dá um passo em direção a Gregory, observando-o recuar. – O nome dele é  Matteo Michael Joseph Jackon. Ele é meu filho.

A sala fica em silêncio. A boca de Gregory cai aberta. – O quê?! Jackson? Aida! Você... E ele? Isso...

– Sim, Michael Jackson. Ele é o pai do Matteo.  — Fecho os olhos com força sentindo as lágrimas rolarem pelo meu rosto. Fico feliz, triste e assustada ao mesmo tempo.

– Se você mensiconar o nome do meu filho de novo, eu destruirei todo o seu legado.

– Eu... Jackson, se eu soubesse, eu... — Meu pai fica sem fala.

Jason dá um passo à frente, furioso. – Seu idiota de merda. Foi você?! Você a deixou criar o filho dela sozinha esse tempo todo?!

Michael se vira para Jason e ergue as mãos em sinal de rendição. – Eu entendo. Eu sei que você passou anos querendo surrar o cara que  roubou o futuro da sua irmã. Estou confessando. Sou o pai do Matteo e mereço tudo o que você tem para mim.

– Com certeza merece. — Jason está muito furioso.

" Ele vai dar um soco em Michael!"— Corro e fico entre eles. Ele para. Alexandre, que estava bem atrás dele, para também.

– O que você está fazendo? Saia do meu caminha, Aida! — Fala Jason.

– Eu não vou deixar você machucá-lo! Eu amo ele, Jason!

Jason respira fundo por um momento, seu punho ainda levantado. Ele faz uma pausa por um segundo. – Você realmente... quero dizer... — Ele solta um suspiro. E se inclina para frente e me abraça. Os olhos dele se enchem de lágrimas. – Por que você não me contou? Por que você não contou a nenhum de nós?

– Eu... Estava com medo que você o machucasse.

– Eu teria desistido. Assim como fiz agora. — Fala Jason.

Eu o abraça com força. – Por favor, me perdoe.

Jason se afasta, balançando a cabeça. – Não consigo sentir raiva de você... mas nós precisamos parar de guardar segredos um do outro.

Alexandre vai até Michael e põe a mão no ombro dele. – Isso explica muito sobre as suas atitude. Eu deveria ter desconfiado. Mas apenas dar um nome para a criança não é suficiente. Se isso for verdade, você precisa ser um homem e agir como o pai dele. Chega dessa merda de tio Michael, certo? Assuma a responsabilidade. — Alexandre fala serio com Michael. Ele apenas concorda. – Você tem sorte da minha esposa estar aqui, irmãozinho. Ou eu realmente te ensinaria uma lição. — Alexandre caminha até Janet, sorrindo. Eles se abraçam com força emocionados. O lábio inferior dele estremece.

Meu pai se levanta, resmungando. – Sua idiota! Por que você não me disse que o pai do seu era Michael Jackson? Isso muda tudo. Você é uma Santhers de novo... desde que a Jackson Corp esteja pronta para investir.

Olho para o meu pai em estado de choque. Mesmo agora meu pai está tentando usá-la como moeda de troca. – Pai, Michael não é...

– Um investimento? Claro. Quanto você quer agora para deixar sua filha em paz? Para sempre.

A expressão do meu pai muda, vai de radiante para confuso. – Bem, eu...

– Já cansei de você culpá-la por sua maldita má sorte. Diga a quantia.

– O que você quer dizer com isso? — Meu pai fica nervoso.

– A fábrica de vidro. Em Paris. — Ambos olham para mim. Enxugo os olhos. – Quando eu estava trabalhando em Paris, os funcionários da fábrica estavam prestes a entrar em greve. teve uma queda na produção de 13%. Depois que fui renegada, meu pai colocou à venda. Provavelmente só para me irritar, já que me aproximei dos trabalhadores de lá... então, tecnicamente, está à venda. Mas ninguém quer pagar o preço pedido por meu pai. É tão irracional quanto ele.

– Perfeito. É nossa.

– Não vou desistir de minha fábrica em Paris por menos de 20 milhões. Mesmo você não pode... — Diz Gregory.

Michael levanta a mão. – Vou ter dar 40 milhões. E, como parte do acordo, você deve ficar longe da Aida e do meu filho. Você não vai vê-los, incomodá-los ou mesmo falar seus nomes até o dia da sua morte. A menos que seja para rastejar aos pés deles.

Meu pai fica sem palavras, como se tivesse sido atingido por um raio. Todos na sala permanecem em silêncio. – Eu... acho que temos um acordo... Sr. Jackson...

Antes que eu me levante, Michael se aproxima e coloca as mãos no meu rosto. – Você está bem, ma belle?

"Eu quero beija-lo na frente de todos. Nosso amor não é mais segredo." — Eu o beijo sentindo o hálito quente e o arranhar da barba dele por fazer.

Parece durar uma eternidade. Todos na sala estão atordoados e sem palavras. Depois de um momento, Michael se inclina para trás, sorrido.

– Então vocês são... vocês estão... — Janet não consegue dizer o que pensa de ver a cena de nós nos beijando.

– Juntos, sim. — Fala Michael.
– Para dizer o mínimo. — Fala Jason.

– Eu sabia que vocês estava saindo com alguém daqui, mas isso... foi inesperado.  — Diz Alexandre.

– Vamos deixar os dois a sós. Eles têm muito a conversar. — O pai de Alexandre fala e todos saim do escritório.

Sorrio ao olhar para a minha família. – Eu pensei que iria ser muito pior, honestamente.

Michael dá uma risadinha. – Eu teria dispensado toda essa gritaria... — Sorrio ao tocar o rosto dele suavemente. Michael faz um sinal em direção à porta. – Vamos. Vamos para casa.

Encontrando um amor em ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora