Capítulo 53

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"Alexandre e Janet ainda não sabem que sou a mulher que Michael estava procurando. Fui eu que partiu o coração dele e o deixei assim."

– O que aconteceu com a Monica? — Pergunta Alexandre.

– Pelo que nossos pais sabem, você ainda está se preparando para fazer o pedido. Enquanto isso, os Berthier estão ficando impacientes. — Fala Janet.

– Todos ficamos surpresos quando você saiu do palco sem fazer o pedido de casamento. Eu, especialmente.

– Achei que você estava se casando com a família Berthier por um motivo. — Fala Alexandre.

– Eu estava. Ou... eu estava. Eu não sei.

– Algo mudou sua mente, Michael? Está confuso ou o quê? — Pergunta Alexandre.

Encaro, Michael. Enquanto ele pensa em uma resposta. Ele olha para mim por um momento antes de olhar para Alexandre.

– Aconteceu que... A vida é mais do que dinheiro. — Michael fala olhando para mim.

Alexandre parece chocado. Ele murmura uma resposta por um segundo antes de olhar para Janet. – Desculpe, quem é você e o que você fez com meu cunhado?

– O meu irmão está voltando pouco a pouco. — Fala Janet.

– Então, espere... você ainda está noivo, ou...?

Michael encolhe os ombros. O rosto dele não trai meus pensamentos. O comportamento frio e gelado esconde tudo. – Vou voltar para Paris esta noite. Acho que preciso de uma mudança de ares. Além disso, os Berthier estão esperando por mim. Eu já os evitei por muito tempo.

– Claro, Michael. Espero que você faça uma boa viagem. — Fala Alexandre.

"Ele está indo embora? Assim do nada?" — Estou no gazebo da mansão dos Adams e Michael acaba de anunciar de repente que ele irá para Paris em poucas horas.

– Eu vou indo. Não posso me atrasar para o vôo. — Michael sai do gazebo lentamente. Observo ele saindo. Enquanto Matteo sai correndo da casa, indo direto para os braços do pai.

– Tio Michael? Você ainda está aqui? — Fala, Matteo no braços de Michael.

– Claro que sim. Como foi o seu passeio?
– Foi ótimo! Eu só cai quatro vezes! — Diz meu filho todo empolgado.

– Só quatro? Você é um patinador melhor do que eu.

Meu filho sorri enquanto Michael bagunça o cabelo dele. Solto um suspiro e me encosto na grade.

– Eu ia pedir para comprar meus próprios patins, mas... Mamãe disse que não vai dar. — Diz Matteo.

– Sua mãe não vai comprar patins novos para você? — Meu filho balança a cabeça. Michael se vira para olhar para mim.

"Michael não tem ideia de que estou quase falida. Ele pensa que estou apenas sendo uma herdeira malcriada, punindo meu filho sem motivo." – A questão é, Michael.... Estou esperando pelo aniversário dele.

– Até lá, ele já vai querer outro presente. As crianças não se apegam a esse tipo de brincadeira por muito tempo. — Encolho os ombros e dou um sorriso para Meu filho. Seus olhos castanhos brilham intensamente. – Se sua mãe não vai comprar esses patins para você, pode ter certeza que comprarei, garoto.

– Oba! Você não vai ficar brava, vai mamãe? — Diz Matteo.

– Deixa isso comigo. Enquanto isso, tenho um presente para você.

– Um presente? — Pergunta Matteo para Michael.

Dou um passo em direção a eles e me aproximo quando Michael pega um celular. – Isso é para você. — Michael entrega o celular para Matteo.

– Michael... Você comprou um celular de U$$700 dólares para uma criança de 6 anos?!

– Claro que sim. E por que não? Você nem deixa ele usar o celular direito. Precisa pegar mais leve com ele. — Diz Michael.

– Porque é para emergências! Tem um limite de tempo para ele usar, é bom assim.

– Bem, esse tem minutos ilimitados, e é 4G. e também tem todos os jogos que ele quiser. — Michael se abaixa, colocando a mão no ombro do meu filho. – E está habilitado para fazer chamadas internacionais. Assim, você pode ligar para sua mãe de Paris quando estiver por lá sem nenhum problema. E você pode me ligar, mesmo se estiver em Chicago e eu estiver na França.

– Posso ficar com ele, mamãe? — Meu filho me pergunta.

Penso por alguns minutos. –"Vou deixar ele ficar com o presente, Michael está tentando se legal." – Tudo bem. Pode ficar com o presente. Mas nada de entrar nas redes sociais, só na minha presença.

– O quê, você não quer que ele seja uma daquelas celebridades infantis que ganham rios de dinheiro? — Fala Michael

– A última coisa de que preciso é que meu filho desenvolva um vício em memes.

– OK. Combinado! Obrigada, mãe! E obrigado, tio Michael! — Matteo pega o celular das mãos de Michael e começa a brincar com ele, já super empolgado. – Ah! Mãe, ele tem o joguinho do Veggie Samurai! Boom, pow! Vou mostrar ao Jeffrey! Podemos jogar juntos! — Ele dá um grande abraço em Michael. Um segundo depois, ele corre até mim e aperta abraça minha perna com força.

Fico parada em silêncio enquanto observo ele correr para dentro de casa. Michael se vira para me encarar. – Algo errado, Aida?

– Você ia sair do país sem me contar nada? — Michael encolhe os ombros. Solto um suspiro impacientemente enquanto entro para dentro. – Você fica comprando esses presentes caros para meu filho sem a minha permissão... e agora simplesmente decide ir embora?

– Não tenho certeza do que você quer de mim, Arielle.

– Agora, o que eu quero... uma boa dose de paciência.

– E depois? O que você quer de mim? De nós? — Faço uma pausa sem encontrar nenhuma resposta pronta. Michael balança a cabeça e se aproxima de mim. – Eu dei uma pesquisada sobre o John Donnell. — Levanto uma sobrancelha. Michael encolhe os ombros. – Você saiu com o cara. Eu fiquei preocupado.

– Eu posso cuidar de mim mesma, Michael. E posso cuidar do meu filho muito bem.

– Eu sei disso. — Fala Michael.
– Sabe mesmo?

Há um momento de silêncio enquanto Michael faz uma pausa, hesitando antes de continuar. – Posso contar tudo sobre John se quiser. Toda a história da vida dele.

– Hum... –"Eu vou morder a isca. Vamos ver o que ele tem a dizer."

– Ele é perfeito. Carreira estável e sólida como chefe do próprio negócio. Ele parece ter um arquivo mais do que limpo. Eu puxei tudo. Cada registro escolar, contra de crédito, relatório policial. Mais limpo impossível. Acho que o homem nunca teve sequer uma multa de trânsito.

– Então, tenho sua aprovação para sair com John?

Michael toca o meu rosto. – Claro que não. — O rosto dele fica mais perto do meu. – Eu não aprovaria nenhum homem que quisesse tocar minha Arielle. Esses lábios... esses olhos... esse nariz perfeito. O rosto que vejo em meus sonhos...

Michael está chegando muito perto, mas estamos na sala. Qualquer um que passar poderia nos ver... Que se dane. Eu preciso e quero isso. Fecho os olhos e deixo ele beijar o meu pescoço. Ela morde o lábio. – Michael...

– Nós poderíamos ser isso, Aida. Poderíamos ficar juntos, onde todos pudessem nos ver. — As mãos dele pressionam as minhas costas, me puxando para mais perto. Sinto a respiração dele entrar pela gola da minha blusa. – Nós poderíamos fazer amor em cada cômodo da minha mansão.

Michael morde suavemente o meu pescoço, e eu solto um suspiro lentamente. Quando ele fala de novo, é quase um rosnado. – Eu poderia te dar a mim mesmo e o mundo todo. — Depois de um momento, ele para levantando a cabeça para olhar nos meus olhos e então ele me beija.

Encontrando um amor em ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora