Encontrando um amor em Paris

Capítulo 21

– A última coisa que ele me disse foi: "Quando eu voltar do meu jogo de golfe. É melhor você estar longe daqui." — Sinto um nó no estômago e as lágrimas enchem os meus olhos. Seco lentamente. – O que está fazendo comigo, Sr. Donnell? Acabamos de nos conhecer.

John ri, servindo o resto da garrafa de vinho em nossas taças. – Viu? Somos melhores amigos.

Quando nos dois terminamos de beber, o garçom volta com a conta. Nos dois tentamos pegá-la ao mesmo tempo.

– Deixa comigo. — Diz John.

– Não, pare com isso. Tínhamos um plano, lembra? O cartão da empresa Adams Industries.

– Um cavalheiro nunca deixa uma dama pagar.

– Isso não foi um encontro, John. Não de verdade, pelo menos.

– Talvez, mas eu insisti para você ficar. É justo.

Encolho os ombros e finjo um suspiro dramático de derrota ao deslizar a conta para ele. John pega o cartão e fica sentado em silêncio por um momento. Até que bate na mesa e ergue os olhos.

– Eu tenho uma pergunta, Aida.
– Certo. Diga.

– Você está procurando um relacionamento? Você não parece emocionalmente disponível para mim, mas.... Bem, pensei em perguntar. Se você estiver interessada, é isso. Em qualquer pessoa, quero dizer. Não em mim necessariamente. Estou apenas curioso para saber como está seu coração atualmente. Isso é tudo.

– Para ser sincera, ainda estou apaixonada pelo pai do meu filho.

John sorri solenemente. – Eu percebi. Desculpe incomodá-lo com tudo isso, mas você acha...

Solto um suspiro suave enquanto olho para a mesa. – Acho que sempre serei apaixonada por ele, John. Eu sinto muito.

Nos dois nós olhamos e John sorri. – Não se desculpe, Aida. Ele parece um homem incrível.

– Ele foi. Tenho certeza que ele ainda é.

O garçom devolve o cartão de John. – Posso oferecer uma carona para casa também. Se estiver interessada.

– Não, tudo bem. Alexandre fez o motorista esperar por mim, para o caso de eu tentar fugir.

– Pelo menos me deixe acompanhá-la até o seu carro.

– Ah. Isso seria maravilhoso, obrigada.

John sorri enquanto pega as coisas dele e deixa uma gorjeta na mesa. Estou feliz por ele ter marcado um encontro com um cavalheiro, pelo menos.

– Pode deixar. Vou ter uma conversa com ele amanhã.

– Bem, obrigada pela companhia, Sr. John Donnel. Foi uma noite agradável.

– Você também é uma boa companhia, Sra. Santher. Espero vê-la novamente algum dia.

Me despeço gentilmente dele, ainda sentindo o vinho mexer com meus sentidos. – Tenha uma boa noite, John. — Vou até o carro, sentindo-me um pouco tonta ao passar pelas portas da frente.

–"John é muito legal, espirituoso e interessado em me ouvir. Foi um bom jantar. Considerando os últimos anos, isso foi o mais próximo que tive de um encontro em muito tempo, mas.... Eu não perdi as esperanças. Eu verei Mike Joseph novamente algum dia. Eu sei."

Duas semanas depois
Aida - Paris

Já se passaram duas semanas desde o meu encontro com John e eu finalmente estou aqui em Paris novamente. E já se passaram sete anos desde a última vez que estive nesta cidade... sete anos desde que vi Mike... Sete anos desde... que eu fiz minha tatuagem de borboleta.

É engraçado. Esta é a mesma suíte que reservei naquela época. Quase nada mudou. Embora eu tenha ouvido falar que o lugar está sob nova direção. Quando eu fiquei aqui como 'Arielle', era apenas um pequeno hotel familiar. Hoje em dia, o local ainda é propriedade de uma família...,, mas dos Jackson.

Janet e a família milionária de seu irmão Michael possuem centenas de hotéis de luxo em todo o mundo. E esta noite, finalmente vou conhece-los. É a festa de noivado de Michael Jackson. Mas antes que Michael possa fazer a tal pergunta para Monica Berthier, tenho algum tempo livre para aproveitar.

Eu vou ao estúdio de arte de Mike Joshep Scruse em cima do café. Os meus pés mal tocam o chão enquanto avanço pelas ruas de Paris. Cada centímetro desta cidade parece vivo para mim, ainda fresco na minha memória mesmo depois de tanto tempo. O meu coração dispara.

Tudo está igual. Do mesmo jeito... eu sinto que poderia virar uma esquina e esbarrar com Mike de novo, como fiz no meu primeiro dia em Paris...

Em pouco tempo, eu encontro uma certa cafeteria. Tudo nesse lugar faz a minha pele formigar. A L'amour Brewing... está igual. Este é o lugar onde eu esperei pelo Mike. Onde ele me encontrou no nosso primeiro encontro. O estúdio dele ficava lá em cima... talvez ainda seja lá. Subo a escada, escondida na parte de trás do café. Lá em cima, eu vejo uma porta. A porta dele.

Logo atrás dela está o lugar com o qual nunca parei de sonhar desde a última vez que o vi. Às vezes acordo pensando se eu só imaginei esse lugar, aquela viagem..., mas então vejo meu filho e tenho certeza de que tudo aconteceu. Bem, aqui estou eu. Eu vou deixar um bilhete. Nem sei o que dizer... nem sei se esse estúdio ainda é dele. Mas eu deveria pelo menos tentar.

Escrevo um bilhete rápido. Só com as informações do hotel, o nome 'Arielle' e um rápido desenho da minha tatuagem. Se Mike estiver por perto, o destino vai nos unir novamente. Eu sei disso. Até que isso aconteça, tenho que viver minha vida. Eu não posso deixar isso tomar conta de mim. Tenho que ser forte, por mim e por nosso filho.

Para no andar de baixo para tomar um café quente e reviver algumas boas lembranças antes de voltar para o hotel.
A festa de noivado de Michael Jackson começará em breve. Provavelmente será uma longa noite de muita dança e networking. Caminho até a minha mala, tirando alguns vestidos. –"Eu tenho algumas opções. O que eu devo vestir? Sim, este é um vestido lindo."

Visto um vestido vermelho cintilante e prateado com um decote em V com uma abertura na perna direita. Me olho no espelho e dou os últimos retoques no cabelo foço uma maquiagem. Antes que eu vire para sair, a porta se abre. Matteo entra correndo.

– Mamãe! Você parece uma princesa!

– E agora vamos fazer de você um pequeno príncipe. Venha! — Pego-o e o abraço forte enquanto olho para a mala. – Agora, o que você quer vestir?

– Sunga! Será que vai ter uma piscina?
– Não há piscina em um salão de baile, bobinho!

– Mas e se chover? E se eu tiver que nadar no meio da inundação?

– Eu não tinha pensado nisso. Teremos que fingir que somos tubarões! — Beijo a bochecha dele e finjo que vou mordê-lo. Ele ri enquanto se contorce. – Que tal você vestir... uma bela camisa para ficar bem atraente. E cuidado para não se sujar quando for comer, OK?

– OK, mãe... vou tentar...

– Ela está lindo, não está, Matteo? — Janet entra no meu quarto.

– Você pode cuidar da roupa dele? Minha cabeça está uma bagunça essa noite. — Solto Matteo e ele corre para pegar o caderno de desenho na mochila. Eu olha de volta no espelho, sorrindo. – Talvez eu esteja bonita mesmo. Dizem que as crianças não mentem.

– Com certeza não mentem mesmo, irmã.

– Jason! — O meu irmão gêmeo corre até mim e me dá um grande abraço.