Capítulo 8

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Aida Santher

Faço uma pausa por um momento, e dou suspiro. – Eu sei como é. Você quer ter sucesso para finalmente se sentir outra pessoa. Você quer uma nova vida. Uma definida por suas paixões e talentos e não pelo que outras pessoas esperam de você.

Observo a expressão dele. Ele parece chocado. – É exatamente isso. Pode levar uma década, Mike. Não vai acontecer do dia para a noite.

– Você realmente não se importa se eu nunca vender? Se eu nunca me tornar conhecido?

– Não mesmo. Eu só me importo com você.

Ele sorri largamente enquanto beija a minha mão suavemente. – Isso é tudo que eu queria ouvir. Ma belle, você é uma mulher perfeita.

Desvio o olhar sem jeito. Ele aperta a minha mão com força enquanto nos continuamos a caminhar. Quando nos dois da a volta no parque, Mike se vira para mim. – Devíamos sentar em algum lugar. Pegar algo para beber.

Concordo enquanto caminhamos para o café mais próximo. Sento em uma mesa e Mike sorri. – Sinto que vou a cafés pelo menos duas vezes mais quando estou em Paris do que quando estou em casa.

– Isso é porque Paris tem os melhores cafés do mundo. É impossível resistir ao canto da sereia de um bom café. Falando nisso, esse é por minha conta. O que você quer pedir? O inglês não vai te ajudar muito nessa cafeteria.

– Nesse caso, eu quero.... Ser surpreendida. Você escolhe o que achar melhor.

– Vou pedir o meu favorito, noisette. É um expresso com um pouco de leite fresco.

Logo depois, Mike retorna com o meu pedido. Ele se senta com a própria xícara de café.

– Então, estive pensando e... sinto muito.
– Pelo quê? Ma belle.

– Mike estevi em todos os pontos turísticos que você poderia me levar. Não está sendo muito divertido, né?

– Você está brincando comigo? Não importa onde vamos, contanto que estejamos juntos. — Eu olho para o chão sem jeito. Mike estende a mão sobre a mesa, tocando suavemente o meu rosto. – Ma Belle. Você é incrivelmente preciosa.

– Ma Belle.... Esse é o meu apelido?

– Quer dizer "Meu amor" em francês. Eu achei que era meio óbvio.

– Quero dizer, sim... você parece gostar de dizer isso. Não que eu esteja reclamando.

– Eu não pararia mesmo se você pedisse.

Coloco uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, sorrindo gentilmente enquanto tomo um gole do café. –"Tenho cerca de mil perguntas em minha mente. Eu quero saber tudo sobre Mike."

– Mike... De onde você é?

– Eu sou de Paris, sim. Meus pais me criaram fora dos subúrbios do Norte.

– Você fala inglês perfeitamente. Seu sotaque é tão leve que quase não consigo pegar.

– Passei muito tempo nos Estados Unidos. Minha mãe garantiu que eu aprendesse as duas línguas.

– Então você teve uma criação bilíngue?

– Mais ou menos. Grande parte da minha família fala estritamente inglês, então eu o uso com muita mais frequência do que o francês.

Mike dá um gole no café. Há uma pequena pausa antes que ele limpe a garganta. – Eu respondi sua pergunta. Acho que é minha vez, Arielle.

– Opa. Aí vem o interrogatório.

Encontrando um amor em ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora