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| capítulo um.

|Lívia, narrando.


Sinto a brisa gelada invadir meu rosto. Aqui da sacada a vista para o mar é perfeita. Copacabana e seus encantos.

Gosto de olhar essa praia e esse céu e me lembrar consequentemente do meu noivo.

Ansiosa? Eu diria preocupada, me caso daqui um mês. Se já escrevi meus votos? Não.

Não que eu não esteja empolgada o tanto que fiquei no dia do pedido em Paris, mas é que, me sinto vulnerável quando ele não está.

E pior ainda quando eu sei que Amanda estará tão próxima dele. Pois, não sei o que diabos ela aprontou, mas agora faz parte da comissão de imprensa e acessória do flamengo. Os dois estão viajando juntos. E mesmo que ele me ligue todas as horas perguntando como estou e dizendo que me ama, algo bem aqui dentro me diz totalmente o contrário.

E pra piorar,  a sogra está hospedada aqui em casa. E eu tenho que ouvir todos os dias ela me dizer que não sou boa o suficiente, que meu cabelo não é bonito, que homens gostam de mulheres que sabem cozinhar bem. E isso remove toda a minha barreira protetora, e eu me sinto uma frágil garota.

— O meu filho chega hoje, deveria pensar em algo para o jantar. — ela me interrompe.

— Sempre que ele chega de viagem nos vamos comer fora. — sorrio sem mostrar os dentes. — mas se for o caso, e a senhora quiser fazer algo. Fique a vontade.

— Patrícia sempre fazia massa. Ele ama massas. — assenti. Penso no quão sortuda é Patri por ter se mudado bem longe dessa gente.

— Vou estar ocupada e provavelmente quando ele chegar não estarei em casa. — explico. — tudo bem?

— Se você me permitir, posso fazer o jantar. — assenti.

— Por mim está ótimo.  Se caso precisar de algo, me ligue. — digo juntando as chaves do carro. Estava de saída.

— Impressão minha ou você está bolada com algo? — Ana pergunta, após sair de casa passei buscar ela e agora estávamos indo na costureira

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— Impressão minha ou você está bolada com algo? — Ana pergunta, após sair de casa passei buscar ela e agora estávamos indo na costureira.

— Digamos que, mais alguns dias com a minha sogra e eu surto. —  bufo. — ela me odeia.

— Não deveria pensar assim Lív. — a risada de Ana me tranquiliza. — em um mês se casa com o filho dela.

— Com o filho e não com ela. — suspiro. — ela só me rebaixa.

— Não quero te ver assim, anima! — abraço a minha melhor amiga.

— Como é bom lembrar que tenho você Anaju. — aperto seu corpo no meu. — Eu amo você.

— E como o Andreas está? — mantenho os olhos firmes na estrada.

— Empolgado, eu diria. — dou de ombros.

— Aquela cobra mal matada está viajando com eles, não é? — assenti. Não queria me recordar desse porém.

— A boa notícia é que ele chega hoje. — Sorrio. — pra variar, a mãe dele quer fazer um jantar.

— Ela é toda tradicionalizada né? — dou risada.

— Bem pior que isso. — reviro os olhos.

Após passarmos o dia ajustando os últimos detalhes do meu vestido, eu finalmente chego em casa

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Após passarmos o dia ajustando os últimos detalhes do meu vestido, eu finalmente chego em casa. E me alegra ver o carro do Andreas no estacionamento do prédio.

Rapidamente já estou na porta de casa. Assim que abro a porta acabo me aborrecendo pela cena que presencio. Amanda está na minha sala de jantar, ao lado do meu noivo e a mãe dele.

— Amor — ele vem em minha direção, não consigo evitar a bela cara de bunda que surgiu em minha face. Suspiro levemente quando sinto o cheiro do Belga. Ele está tão tenso quanto eu. — Quer jantar?

Olho mais uma vez para a mesa e depois pra ele.

— Acabei comendo algo na rua com a Anaju. Vou pro meu quarto. — nem me dou o capricho de deixa-lo responder, simplesmente saio pisando fundo até o quarto.

 — nem me dou o capricho de deixa-lo responder, simplesmente saio pisando fundo até o quarto

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Ligo o chuveiro na água gelada. Me conheço muito bem, acho que tudo posso curar com um banho gelado, mas não é bem assim.

Ignoro totalmente a presença de Andreas no quarto, eu estava chateada. Magoada, talvez.

— Não vai falar comigo mesmo? — ele para em minha frente, trancando a saída da porta do banheiro. 

— Quer falar sobre o que? — pergunto impaciente.

— Vida. — ele agarra minha cintura. — eu nem sabia que essa maluca viria pra cá.

— Já estou engolindo a seco essa história dela viajar com você. Agora, jantar na minha casa? Como se fosse uma íntima da família, me poupe.

— E que culpa eu tenho? — os olhos de Andreas lacrimejam todas as vezes que ele está com raiva.

— Nenhuma, a culpa não é bem sua. — digo um pouco mais calma. — desculpa.

Amo você. — a voz rouca entrega o cansaço de Andreas. — e estou morrendo de saudades.

● não importa o quanto o tempo passe

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● não importa o quanto o tempo passe.
Sempre haverá uma rapariga 🤣🤣
Continua 👆

𝐇𝐢𝐥𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 ² • 𝐀𝐧𝐝𝐫𝐞𝐚𝐬 𝐏𝐞𝐫𝐞𝐢𝐫𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora