Não conhece o cavalo ...

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Ser de uma família abastada tem seus prós, na verdade muitos mais prós do que contras.

Em 1920, que é quando essas histórias começa, a vida de agricultores de café poderia ser chamada de farta, com o cultivo e a exportação quem tinha terras cultivadas tinha uma mina de ouro e é aí que começamos nossa prosa.

Sakura havia acabado de voltar de uma longa temporada em Paris, onde tudo acontecia, diferente de sua terra Natal, a França era o centro do desenvolvimento e da moda, tudo era moderno e sofisticado, a comida divina e as pessoas era educadas e graciosas, berço da arte moderna, Sakura estava nas nuvens com um lugar desses, na verdade vivendo um sonho, sem contar os estudos ligados a administração que vinha fazendo para um dia ser a dona da fazenda do pai.

Ela era filha de um grande fazendeiro de café, porém o pai Kizashi Haruno não começou com cafezais. Ele morava na capital e com muito trabalho do pai dele se formou na faculdade de Direito. Se tornou doutor e após ganhar uma causa quase impossivel para um político, ele ganhou alguns hectares de terra, que deixou sem supervisão por alguns anos até se casar, ter sua filha e a esposa adoecer.

Ele se tornou um advogado famoso na capital, Suna, após ganhar o caso para o político acusado de improbidade, consequentemente também se tornou muito requisitado pela alta sociedade para casos difíceis, e perdendo poucos deles formou parte de sua fortuna. Realmente ele era um ótimo profissional, que estudou muito para chegar onde chegou. Quando jovem era cobiçado por várias moças que adorariam desposar o advogado charmoso, mas ele só tinha olhos para Mebuki, a moça de lindos olhos verdes e cabelos loiros que mais pareciam brancos ao sol.

Ele a conheceu em um jantar oferecido pelo prefeito de Suna e se encantou pela donzela, e com poucos minutos de conversa se encantou, não só com a beleza, mas também com a inteligência da recém formada professora.

Ele descobriu onde ela morava e não sossegou até conseguir falar com o pai dela, de modo a engajar um enlace com a mesma.

O pai dela era muito rígido, mas conhecia a fama do advogado e achou uma boa ideia casar uma de suas filhas com alguém tão influente.

E assim se concretizou o matrimônio entre Mebuki e Kizashi. Um ano após o casório Mebuki concebeu uma criança, que nasceu em plena primavera e assim como as flores sua pequena flor nasceu florescendo com belos cabelos rosados e os olhos verdes da mãe.

Ele a chamou de Sakura, a flor de cerejeira.

Com o passar dos anos a menina cresceu e Mebuki adoeceu, quando ela tinha nove anos descobriram a doença, e a recomendação do médico foi específica : Mebuki precisava dos ares do campo, pois uma tuberculose pleural a acometia, e o melhor a se fazer era partir para o campo.

Mas para onde ir ? E então ele se lembrou do " pagamento" do político que o tornou famoso no meio jurídico.

Ele tinha cem  hectares de terra, e nesse espaço todo havia uma casa.

Numa sexta feira Kizashi partiu para o interior para conhecer a propriedade que ele tinha, mas nunca havia ido até lá conferir.

Chegou na pequena cidade do interior de trem, Konoha era a típica cidade interiorana, em que o progresso chegava a passos lentos e a vida era pacata, em frente a estação de trem havia um praça e uma igrejinha, onde alguns transeuntes passavam, crianças corriam e alguns idosos jogavam dama nas mesas, abrigadas pela sombra das árvores, o lugar perfeito para uma mulher enferma e uma criança viverem.

As terras adquiridas obviamente eram distantes do centro da pequena cidade, então kizashi pediu a um homem que tinha uma carroça para levá-lo até a fazenda. O lugar com certeza nunca vira um carro passar por aquelas bandas, o jeito era usar os meios de locomoção disponíveis.

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