Um pé de que ?

Não conte com os ovos ...

Os primeiros dias de um bebê são complicados, porque obviamente ele não fala e não tem como adivinhar o que eles precisam.
Por isso Sakura, Izumi e Karin passaram a primeira semana juntas e quase enlouqueceram, não fosse por dona Fuzaka, elas provavelmente teriam ficado malucas.
O bebê tinha muitas cólicas e Izumi estava exausta, pois o mesmo não dormia a noite, chorava a noite toda.
Até Sakura ter a brilhante ideia de deixá-lo dormir de bruços.
Quando estavam só elas uma delas ficava com o pequeno no colo, aquecendo a barriguinha do mesmo, e quando Itachi chegava do escritório era vez dele de ajudar com as cólicas. Normalmente ele deitava e o bebê ficava em cima dele, achava estranho no começo, mas fazia, tinha medo de Sakura e ela sabia ser mandona como ninguém.
Mas uma das coisas que a deixava brava era as superstições, desde banhos com ervas a deixar tesoura aberta embaixo do berço, motivo esse que Sakura não havia entendido, mas tentava manter a calma para que Izumi não ficasse nervosa. E sabia que ela não tinha nenhum tipo de experiência e que não podia dar pitacos.
Após a primeira semana Sakura voltou a sua rotina normal, entre a Mangekyo e a Ouro Verde, procurando estar sempre com seu pai, ele disse certa vez que não tinha muito tempo de vida, mas agora ela percebeu que ele não parecia tão mal assim.
O tempo passava rápido e o pequeno Hideki já ia fazer dois meses, Izumi havia se recuperado e dormia um pouco mais a noite, Karin havia voltado e Sakura deu graças a Deus pois a comida de Sasuke e Suigetsu não era tão boa quanto a dela e andavam dando indigestão pela manhã, talvez por eles exageraram na gordura.
Seu pai estava bem , melhor do que ela imaginava, para quem achou que ele não estaria vivo até a próxima colheita o homem sentado a sua frente transbordava saúde, pelo menos por fora e pelo que ela andou sondando Rin ele não havia passado mal depois do dia que ela sumiu. Talvez a doença tenha regredido. Ela tinha esperanças.
- Papai - ela disse séria olhando para ele - como está a sua saúde ?
- Eu estou ótimo, querida. Nunca estive tão forte. - ela o olhou irritada, teve certeza de que ele mentiu pra ela, para que ela se casasse ou sabe-se lá o que.
- Tem certeza? Pois você me disse uma coisa a alguns meses atrás...
- Sim querida, eu disse mas uma coisa mudou. Procurei um novo médico em Suna e ele me receitou um remédio novo e eu estou testando a alguns meses e parece que está resolvendo. Calma eu já vou morrer, não precisa ficar brava.
- Não fale assim, isso não tem graça - ela respondeu irritada a brincadeira dele.
- Não fique brava, querida - ele disse sorrindo como se ela fosse uma criança. O mesmo biquinho de quando era uma menina. - como está seu afilhado ? - perguntou sabendo que falar de Hideki a faria esquecer o assunto. Realmente estava fazendo um tratamento novo, que Mebuki não chegou a ter a chance de fazer. Apesar de caro estava fazendo efeito.
- Ah ele está bem, lindo e fofinho, cada dia mais gordinho. Você precisa ir conhecê-lo, vai amar.
- Eu imagino. - ele disse pensativo. - e como está a vida de casada, filha ? Você e Sasuke estão se dando bem ?
- Sim, estamos nos dando melhor do que eu imaginei, apesar da paodurice e da cabeça dura dele.
- Claro que você não é cabeça dura não é querida?
- Claro que não, sou totalmente flexível.
- Sakura, Sakura, você também tem que ser maleável, a vida de casada funciona assim.
- Eu não sou tão peste assim papai.
- Não disse que você é uma peste. Você só é um pouco ...- não terminou a frase pois Sakura se levantou correndo, o deixando falando sozinho, pegou o primeiro vaso de flor que havia ali e vomitou todo o almoço. - filha, tudo bem ? - ela tossiu, e Kizashi foi até a cozinha buscar água para a filha. Voltou acompanhado de Rin que quis saber o que houve.
- Eu estou bem ... - disse sofrega, a comida gordurosa de Suigetsu estava a incomodando o dia todo. - comi muita bobagem ontem a noite, estou me sentindo mal o dia todo.
- Tem certeza querida, Rin vai preparar um chá para você, tudo bem ?
- Sim mas eu estou bem e a Karin volta hoje, a comida volta a ser normal, não só toucinho e carne de porco.
- Tem certeza? Você está pálida. Quer que chame um médico ?
- Tenho papai, não preciso de médico. - nesse momento Rin entrou com uma bandeja com chá e biscoitos amanteigados. Sakura comeu com o se eles fossem fugir.
- Calma filha tem mais na cozinha.
- To calma, só queria uns biscoitinhos.
- Hum... Vou deixar você trabalhar mas se sentir mal me diga peço para Kakashi te levar para casa.
- Pai eu estou bem. - ela foi categórica, para que parassem de se preocupar. O homem saiu carregando a planta vítima do vomito para fora.
Voltou para casa naquele dia um pouco mais cedo, seu pai e Rin estavam preocupados com ela e paparicos em excesso a estava deixando irritada. Quando chegou Karin estava começando a fazer o jantar, o café já estava na mesa porém nem Sasuke nem Suigetsu tinham chegado ainda.
- Sakura, chego cedo - Karin se surpreendeu - tem café aí. - disse sem prestar atenção nela.
- Eu aceito. Obrigada por voltar, a comida gordurosa dos meninos estava começando a me fazer mal. - sentou na mesa e se serviu de um pedaço generoso de bolo, e uma bela xícara de café. Comeu e observou Karin por alguns minutos, ela picava uma carne provavelmente faria carne com batatas, sua boca se encheu ao pensar no jantar. - Karin tem goiabada com queijo ?
- Tem sim Sakura, já pego pr'ocê. - foi até a dispensa e voltou com o queijo, o doce e uma cebola. - já pegou a mania do Sasuke né.?
- É gostoso e me deu vontade - Karin riu e começou a descascar a cebola, porém o cheiro forte começou a deixar enjoada e isso a irritou, fez o Romeu e Julieta e saiu sem falar com Karin, não queria ser grossa com ela apenas por estar irritada com seu pai. Fora a vontade de vomitar de novo, deduziu que estava ficando doente.
Entrou no quarto, tomou um banho e decidiu ficar de repouso até a hora do jantar, achou em meio as suas coisas um creme de pepino que comprou na França, passou no rosto e uma máscara verde se formou. Deitou na cama afim de deixar o produto fazer efeito e acabou cochilando.
🌸
Após separar o que seria entregue no dia seguinte Sasuke e Suigetsu voltaram para casa. sasuke viu o queijo e a goiabada na mesa e deduziu que Sakura já tivesse chego.
- Cadê a Sakura Karin ?
- Num sei, ela tava sentada aí, derepente sumiu, mas não vi pra onde ela foi não.
- Estranho, ela chegou mais cedo hoje ?
- Sim. Falou que passou mal porque vocês só fizeram comidas gordurosas nesses dias. - ela olhou para os dois irritada. Ela gostava de deixar sakura bem alimentada.
- Ah ela é fresca Karin, num cai nessas frescura não.
- Num fala assim dela, e vá vê como a sua mulher tá.
Sasuke saiu da cozinha bicudo com a bronca, chegou no quarto e acendeu a luz encontrando uma massa verde na cama, deu um grito que acordou Sakura com brusquidão.
- O que aconteceu !?! - Sakura perguntou nervosa, pelo susto.
- É você ? Que coisa esquisita é essa?
- Quem você tá chamando de esquisita?
- Esse negócio aí que tá na sua cara.
- Você me acha esquisita ! - chegou a conclusão sozinha. - você só sabe caçoar de mim, e meu pai me trata como uma criança birrenta - ela começou a chorar, um choro sentido que Sasuke nunca viu antes, Sakura não chorava, nunca, no máximo soltava lágrimas tímidas mas nunca de chegar a ficar com os olhos inchados e o nariz entupido. - você não liga pra mim.
- Não diz isso, eu sempre me importo c'ocê, vim te vê porquê Karin falou que cê tava passando mal.
- Pode ir embora, você nem quer saber de mim.
- Sakura pelo amor de Deus para de frescura.
Como se tivesse sido agredida Sakura começou a chorar copiosamente, chorava tão alto que alarmou Karin que chegou correndo no quarto.
- O que cê fez com ela? - Karin começou a ralhar com Sasuke até ver o rosto verde ela - meu Deus que isso ? - só serviou para ela chorar mais ainda - calma Sakura por que você tá chorando? - ela apontou para Sasuke que fez que não com o dedo.
- Eu não fiz nada só assustei igual a você, mas daí ela começou a dizer que eu tava rindo da cara dela. - ele se defendeu.
- Sakura fica calma, quer um cházinho? - Karin ofereceu e antes que ela dissesse sim ela levantou correndo e foi até o banheiro para vomitar tudo que havia comido naquela tarde.
- Viu cês fizeram muita gordura para ela, ela não é acostumada com isso. - Sasuke revirou os olhos - vou trazer uma chá de camomila pra ela, ajuda ela a tomar outro banho. Ela vai vomitar até por toda a comida pesada de vocês para fora.
Sasuke se sentiu perdido, ela não estava bem, imaginou se Seu Kizashi estava mal, porque ele nunca havia visto ela chorar. Algo devia estar de errado. Entrou no banheiro e viu ela se levantar com dificuldade.
- Eu te ajudo - Sasuke a pegou pela mão, encheu a tina com água quente. - entra aqui e toma um banho. Cê deve tá doente.
- É, pode ser - ela disse com a voz rouca. - eu amo você.
Sasuke olhou para ela que continuou limpando o rosto, como se não tivesse dito nada, foi a primeira vez que ela disse isso. E aí que Sasuke desconfiou que tinha algo de errado.
Ele saiu e voltou com uma toalha de banho, ela saiu e ele a enrolou na toalha, ajudou ela a se vestir e fez ela deitar na cama, ia pedir pra Karin preparar o jantar dela e ele levaria para ela comer no quarto.
Alguns minutos depois voltou com a bandeja de comida e serviu a ela que já estava deitada.
- Obrigada - ela disse tímida, Sakura sabia que tinha alguma coisa de errada com ela, pois a mesma não chorava, mas atribuiu ao sua regra do mês que já deveria estar chegando.
Ambos jantaram juntos no quarto e ela dormiu cedo ao lado de Sasuke, um sono pesado.
Na manhã seguinte ela levantou se sentindo muito mal e a primeira coisa que fez pela manhã foi vomitar e antes que ela pegasse uma única peça de roupa para se trocar, Sasuke a impediu.
- Não vai a lugar nenhum. Cê tá muito doente para sai, ainda mais de cavalo.
- Eu não estou doente, eu não fico doente. - Sakura sabia ser mais teimosa do que Sasuke imaginava. Provavelmente havia voltado ao normal.
- Está sim, cê nem me deu bom dia ainda e já vomitou, claro que ocê não tá bem. - disse de uma forma que não pudesse ser rebatido por ela - eu vou fazer entrega no seu pai hoje e aviso que cê tá doente.
- Ele vai ficar preocupado. - tentou argumentar.
- Não vai se eu explicar direito. - saiu em direção a cozinha, dando a orientação para Karin e informando que ela ainda estava doente.
- Uai ainda ? - Karin colocou as mãos na cintura - o que cês deram pra ela ? Porque não é normal vomitar tanto assim.
- Acha que eu tenho que chamar o médico?
- Se ela vomitar de novo sim. - Sasuke pareceu perdido, uma coisa era uma animal doente outra era uma pessoa. Qualquer bicho que ficasse doente Sasuke sabia cuidar mas uma pessoa era complicado para ele.
- pode deixar que eu fico de olho nela. Qualquer coisa eu te aviso. - ele assentiu e seguiu para fora onde Suigetsu já tinha tudo pronto para partir.
Seguiu para a Ouro Verde primeiro conforme havia dito a Sakura, imaginou se ela não estava assim por causa do pai e da doença, antes de chegar já imaginou um Kizashi muito mal e de cama, e se preocupou ainda mais com ela, se o velho morresse Sakura ficaria desolada.
Chegou na fazenda e encontrou Kakashi orientando os funcionários da fazenda, provavelmente no lugar de Sakura e de Kizashi. O que só confirmou a teoria dele.
- Sasuke! veio cedo. - Kakashi estranhou. - Sakura veio com você?
- Não. Na verdade vim avisar que ela tá doente - afirmou para que soubesse o porque de estar tão cedo ali - seu Kizashi tá aí ?
- Tá sim, deve tá tomando café. Entra lá
Sasuke entrou e encontrou o homem sentado a mesa de café, e para surpresa de Sasuke, o homem era a saúde em pessoa. Então por que ela tava doente ? Será o toucinho? Mas ela nem comeu tanto assim...
- Sasuke, tudo bem garoto? Cadê a Sakura - o jeito de falar como se ele fosse uma muleque não mudava.
- Ela tá doente, isso que eu vim avisa.
- Ainda ?
- Como assim ainda?
- Ela passou mal ontem aqui foi embora mais cedo até. Aconteceu alguma coisa ?
- Ah ontem ela teve uma crise de choro e achei... - não concluiu o raciocínio achou que deixaria o homem triste, ou qualquer coisa do tipo.Mas o velho era astuto e adivinhou o que se passava na cabeça de Sasuke.
- Não, ontem falamos sobre isso,estou fazendo um tratamento que está me deixando mais forte. Ela passou mal e eu mandei ela ir embora mais cedo.
- Então vou chamar um médico.
- Faça isso, mas não deixe ela saber se não é capaz dela fugir de casa - o homem riu da própria piada.
Sasuke seguiu para as outra entregas e pediu ao médico que fosse até a Mangekyo. Explicou o caso da esposa e disse que ela e Karin estariam lá.
Doutor Orochimaru prometeu que iria assim que terminasse os atendimentos que tinha marcado, Sasuke confiava nele desde quando a mãe ficou doente e ele fez o diagnóstico, mesmo não conseguindo salva-la Sasuke criou uma amizade com o mesmo só pela atenção que deu a ela e sempre deixava frutas e legumes de graça para o médico.
🌸
Sakura tomou o café da manhã com Karin que passou o dia todo vigiando os movimentos dela, ela não parecia doente, pelo menos na havia vomitado mais e estava firme e forte como sempre. Preparou o almoço e a mesma comeu como se não houvesse amanhã.
Comeu mais goiabada com queijo e tirou a tarde para cochilar. Até chegar o médico já conhecido pelo pessoal da fazenda.
- Boa tarde Karin ! - Doutor Orochimaru cumprimentou uma Karin curiosa em saber o porquê do médico ali. Sakura já tava bem não precisava de médico. - Sasuke falou que a esposa dele está doente onde ela está ?
- Bom dia doutor, ela tá tirando um cochilo vou chama.
- Certo, eu espero.
Karin entrou no quarto onde Sakura estava dormindo e a acordou.
- Sakura você tem visita.
- Ah sério? diz que eu não tô.
- Não dá. Já disse que cê estava aqui. - Sakura revirou os olhos, levantou, lavou o rosto e seguiu até a sala. O médico a esperava paciente com a maleta ao lado da poltrona em que ocupava.
- Sakura, não sei se você se lembra de mim mas sou o Doutor Orochimaru. - Karin ia saindo mas Sakura balançou a cabeça para que ela ficasse. Achou que podia ser uma notícia ruim. - o Sasuke me mandou aqui, falou que você passou mal.
- Ah isso ...!? - falou aliviada por não ser nada grave - eu já estou bem não precisava ter vindo.
- Bom ele e seu pai estão de acordo com a minha presença aqui. Vou só fazer uns exames e verificar se você está bem realmente.
Sakura respirou fundo, já que os dois mandaram, ela ia provar aos dois que estavam errados.
- Tudo bem doutor pode fazer seus exames, Karin pode nos acompanhar? - queria uma testemunha para esfregar na cara dos dois que ela não era um bebê frágil.
- Claro que pode, só precisamos de um lugar mais reservado, sim ?
- Vamos até meu quarto, Karin venha conosco.
Entraram no quarto, o médico pediu para que ela se deitasse na cama, primeiro auscultou o coração, verificou, ouvido, garganta, narinas, fez perguntas como quantas vezes vomitou, se sentiu outros sintomas e Sakura só se lembrava do enjôo.
- Preciso pedir para que você erga o vestido, Karin pode chegar mais perto. Tem uma única coisa que preciso checar para que eu confirme meu diagnóstico, sim? - ele pediu receoso sabia que as moças ficavam emcabuladas. Mas Sakura queria provar que não tinha nada de errado com ela. Ergueu o vestido até a altura das costelas onde o médico disse que seria o necessário.
O médico tocou o ventre que estava anormalmente endurecido e mais alto também.
- pode baixar. - ele disse sorrindo. - Sakura quando foi que teve sua última regra? - ela parou para pensar e se lembrou que foi antes do bebê de Izumi nascer na verdade fora mais de uma semana antes. Seus olhos se arregalaram e a boca não fechava mais. Ela fez a conta errada? Não. Na verdade ela nem fez conta nenhuma. Se lembrou do bendito pomar, e colocou a mão na boca - só pela sua reação já sei que posso dar os parabéns a vocês. - o médico disse sorrindo
- Não... Pode ... Ser... - e a última coisa que se lembrou foi da vista escurecer.
- Aí meu deus, Sakura acorda ! - Karin falava alto - doutor faz alguma coisa! - só faltava Karin arrancar os próprios cabelos.
- Calma foi só choque, em meia hora ou menos ela acorda. - ele sorria, um sorriso bobo. - bom diga a ela que ela deve tomar as vitaminas dessa receita e que se for possível passar no meu consultório essa semana.
- Claro doutor, pode deixar.
🌸
Conforme o médico disse Sakura acordou meia hora depois com a feição de quem estava perdida. Chamou por Karin que logo apareceu, com um copo de água em mãos
- O médico já foi. Precisa de alguma coisa?
- O médico ... - ela disse aérea tentando se lembrar porque a presença do médico era importante. - Karin ... me diz que eu sonhei.
- Sonhou com o que Sakura?
- Com o médico
- Ahhh isso ... - ela ficou apreensiva - acho que você vai ter que explicar para o Sasuke que ele vai ter um ranhentinho. - Sakura começou a chorar, se sentia perdida, precisava de alguma coisa. Não sabia dizer o que era, estava com medo. Medo do futuro e de não saber o que fazer. - Sakura fica calma, você não pode ficar nervosa por causa do bebê - com essa frase Sakura chorou mais ainda. - meu Deus eu vou fazer uma chá pra você. Pera aí
Karin saiu correndo e bateu de frente com Sasuke, que ficou preocupado com a feição assustada da ruiva.
- Karin o doutor Orochimaru veio aqui hoje ? - perguntou antes de ouvir Sakura chorar copiosamente - o que tá aconteceno? - ele ficou preocupado.
- Fica calmo, você também, não posso acalmar todo mundo nessa casa! - ela já estava brava, deduziu que até ela precisava de um cházinho de camomila.
- Karin me explica o que está aconteceno, por que a Sakura tá chorando desse jeito? - ela respirou fundo para por as ideias no lugar, contou até dez e começou.
- O médico veio aqui hoje sim, examinou ela e descobriu uma coisa que só ela pode te contar. Ela tá nervosa e muito assustada. Eu vou fazer uma porcaria de uma chá pra ela e você não me apurrinha. - Sasuke achou melhor não irritar mais Karin e seguiu para o quarto do dois onde Sakura chorava em posição fetal na cama. Isso o assustou porque a mesma era uma diaba e não chorava de jeito nenhum. Pelo menos não na frente de outras pessoas.
- Sakura ? - ele a chamou e muito rapidamente ela se levantou e correu até os braços dele. Chorando mais ainda e tremendo muito ela se aninhou no peito dele. - me diz o que aconteceu. - ela apenas balançou a cabeça em negativa. - tá tudo bem. Pode me dizer. - ela o olhou os olhos inchados de tanto chorar e o nariz vermelho, os cabelos bagunçados.
- Eu tô grávida. - disse em meio a um choro sentido. Sasuke demorou alguns segundo para processar a informação e começar a sorrir. A abraçou forte e sentiu vontade de chorar. Não disse nada só a abraçou, ela e o filho agora eram seu mundo. E nada no mundo o faria se sentir mais feliz do que estava sentindo agora. Não conteve as lágrimas e chorou.
Karin bateu na porta e ambos olharam para ela com uma bandeja com uma xícara de chá e duas doses de cachaça.
- Toma seu chá. - entregou a xícara a Sakura e estendendo uma das doses a Sasuke - e toma isso, é bom - Sasuke riu da atitude dela e do quanto ela o conhecia. Para relaxar um pouco a tensão só mesmo um gole de pinga.
- Ao bebê - Sasuke sugeriu um brinde
- Ao bebê. - Karin respondeu e os dois viraram a dose de uma vez. E sorriram.
Sakura olhou para eles, ambos pareciam felizes e foi impossivel não se sentir feliz também.
- Vou deixar vocês dois conversarem - Karin saiu levando a bandeja e os copos de dose, Sakura ainda tomava seu cházinho.
- Como se sente? - ele perguntou preocupado com ela.
- Com medo - foi sincera, ela tinha medo de tudo, de dar conta do bebê, da fazenda do pai de ter q abandonar tudo, de não saber cuidar direito. Sentiu as lágrimas vindo. Ele sorriu olhando para ela.
- Eu sempre vou estar com você. - Sasuke a tranquilizou - não importa o que aconteça. Vou cuidar de você e desse filho que você carrega. - ela sorriu para ele e o abraçou se aninhando em seu peito. - eu amo ocê.
- Eu também te amo - ela disse devagar e Sasuke sorriu. Colocou a mão na barriga ainda sem volume. Fazendo carinho nela. Eles estavam ansiosos, então seriam longos nove meses.
🌸
Três meses depois, Sakura já exibia uma barriguinha redondinha de cinco meses, ia trabalhar todos os dias de charrete, Sasuke fazia questão de levá-la cedo e buscá-la a tarde. Kizashi era só sorrisos por causa do neto.
Sakura era uma oscilação de humor terrível, as vezes estava feliz e animada, arrumando o quarto do bebê e as vezes chorosa pensando se ela iria dar conta do pequeno. O médico havia orientado que é normal, visto que o bebê mexia com o corpo da mulher e a mente também.
Mas isso tudo era tranquilo comparado aos desejos, ela sentia vontade de comer tudo até tijolo, o que gerou um dilema entre Sasuke, Karin e Suigetsu. Sobre dar a ela uma pedaço de tijolo ou não.
- Gente isso é um absurdo, ela não pode comer tijolo. - Karin te tava tirar isso da cabeça de Sasuke.
- E se meu filho nascer com cara de tijolo.
- Pelo amor de Deus Sasuke! - Karin já estava brava - é só um desejo de grávida.
- Se ele nascer com cara de tijolo vai ser mais bonito que o pai.
- Ah Suigetsu vai a merda. - os dois disseram juntos quando Sakura apareceu na cozinha procurando por goiabada com queijo.
- Mudei de ideia. - ela disse vendo que o motivo da discussão era vontade louca dela de morder um tijolo. - acho que eu quero bolinho de chuva.
- Viu, isso é de comer - disse Karin a Sasuke que ficou estarrecido com a mudança da Diaba.
- querido descasca laranja pra mim? - disse manhosa.
- Claro ... Diaba - disse bem baixinho.
🌸
Quando Hideki ia até a fazenda era uma verdadeira festa, o bebê era paparicado por todos e Sakura sempre se derretia por ele, mas nos últimos meses ele não queria nem saber dela.
- Izumi ele não gosta mais de mim. Só vai no colo do Sasuke - disse vendo o pequeno esticar a mãos para ir no colo do padrinho que o pegou prontamente. Por enquanto só existiam duas pessoas no mundo que dobravam Sasuke e eram Hideki e Sakura.
- É por que seu bebê é uma menina. - disse sorrindo.
- De onde você tirou isso ?- As três estavam sentadas a mesa conversando depois do almoço de domingo, Sakura de sete meses vendo o marido interagir com o sobrinho.
- Dizem que o bebê sente - Izumi explicou - se o bebê fosse menino ele iria querer ir com você mas como é menina ele sente ciúmes.
- Não acho que tenha a ver não - Sakura respondeu sem acreditar na crendice popular - mas espero que ele volte a vir no meu colo. - ficou chorosa.
- Calma Sakura logo tudo se ajeita - Izumi a acalmou - como alguém com experiência eu digo que você vai sentir saudade da barriga.
- Duvido.
- Te digo que vai. A sensação não volta mais e você vai sentir saudade de algo se mexendo dentro de você - Sakura fez uma cara de espanto. Olhou sauke de longe brincando com o sobrinho e imaginando ele brincar com uma menininha de cabelos pretos e vestidinho vermelho. Um sorriso se abriu e sentiu vontade de morar nesse pensamento.
Naquela mesma noite Sakura acordou na madrugada, levantou foi ao banheiro e depois ficou agitada na cama acordando Sasuke que já imaginou um pedido inuzitado.
- O que cê que hoje ? - perguntou sonolento colocando a mão na barriga e sentindo o bebê se mexer, ele gostava, era como dar bom dia ao filho também.
- Ambrosia.
- Onde eu vou arrumar isso Sakura ?
- Não sei, eu só sei que eu quero.
Sasuke levantou, vestiu suas roupas e foi até a cozinha procurar leite qualhado para começar a fazer a receita. Duas horas depois lá estava Sasuke esfriando o doce.
- Hum parece ótimo querido - ela disse numa voz animada comendo cono se fosse a última comida do mundo. - obrigada.
- Espero que goste, a Karin faz melhor claro, mas eu acho que ficou bom. E com canela fica melhor mas oce não pode.
Quando ele percebeu já estava clareando o dia e ainda estava com sono. Gemeu baixo e olhou para a mesa onde Sakura havia terminado de comer a ambrosia e cochilava com a cabeça apoiada na mão.
Apesar do cansaço Sasuke se sentia feliz em ver Sakura feliz, mesmo que no começo ela se sentisse perdida e com medo, ele fez o máximo para que ela se sentisse segura e apoiada.
Sakura havia entrado no nono mês de gestação e todos estavam com os nervos a flor da pele, podia ser a qualquer momento e teriam que correr com ela para o hospital, pois a mesma queria que o bebê nascesse no hospital.

... que a galinha não botou.