Toda sexta feira Sasuke e Suigetsu faziam a entrega dos produtos da fazenda para seus clientes, depois do almoço os dois enchiam a carroça com as sacas e começavam as entregas pelos lugares mais longes e terminavam nas fazendas mais próximas, ou seja fazendas Kurama e Ouro Verde. Normalmente Sasuke ia primeiro na Ouro Verde e depois na Kurama, já que ia ficar puto de qualquer forma, que começasse na menos pior e terminasse o dia socando o Uzumaki.
Mas dessa vez Karin o instruiu a fazer diferente, mandou que ele tomasse banho depois do almoço, vestisse a bota menos surrada, e uma roupa menos encardida, Karin até mesmo penteou o cabelo dele, coisa que ele odiava tanto quanto tomar banho.
- Óia, você vai lá, seja educado, se for falar merda fica quieto e tenta não brigar com ela, se der compra umas flores, mulher gosta.
- Num vô compra nada, pego umas no caminho, se tem de graça porque eu vô paga?
- Santo Deus, vai ser pão duro no quinto dos inferno - Karin odiava a paodurice do patrão, por esse motivo as vezes dava vontade de morar com o Itachi. - tanto faz, mas leva, ocê me entendeu ?
- Tá, tá, o que mais eu falo pra ela ? - ele não tinha noção do que fazer, lidar com animais era muito mais fácil.
- Se ocê conseguir se educado já vai se uma milagre, agora vai e tenta não se suja muito.
Seguiu para fora já ouvindo a risadinha de Suigetsu, o restante dos empregados que estavam por ali estranharam o quanto Sasuke estava limpo, parecia outra pessoa. Suigetsu e ele eram amigos desde quando eram crianças sendo assim ria abertamente dele, o deixando nervoso antes mesmo de sair da porteira.
- Pra que tudo isso? Vai faze exame de fezes ? - desnecessário eu sei, mas Sasuke começou a ignorar.
Passaram por todas as fazendas, quitandas, armazéns e algumas casas que compravam a feira deles e no finalzinho da tarde se aproximou da Kurama, não socar o Uzumaki seria a segunda tarefa mais difícil que Karin passou a ele. Já não estava muito fácil, afinal passaram na casa de Itachi minutos antes e o mesmo fez chacota com ele, mas para deleite de Sasuke Izumi deu uns belos tapas o fazendo se calar, sem contar que ela revelou que ele usava até a camisa dentro da calça pra tentar conquistar o coração da cunhada. Ele não seria o primeiro nem mesmo o último a tentar conquistar alguém ...
Entraram pela porteira da fazenda de Naruto, onde o gado era recolhido já, o próprio auxiliavam os funcionários tocando berrante, visto que eram muitos animais.
Mas o fato de estar trabalhando não impedia o mesmo de zombar do Uchiha.
- Ó quem chegou ? - gritou de longe. Suigetsu conseguia sentir a aura maligna do patrão. - A gente toca o berrante vem todos os boi do pasto, né? - riu e percebeu que o rival estava arrumado demais para fazer uma simples entrega - nossa o que aconteceu que tá arrumado ? Foi fazer exame de fezes? - por que essa pergunta sempre ? Sasuke pensou. A irritação fazendo saltar uma veia em seu pescoço. - não se arrumou assim pra me vê, né ?
Sasuke respirou fundo para não dar uma resposta atravessada ou acertar um soco na cara do mesmo, e tudo se tornar um pandemônio e chegar todo sujo de sangue na Ouro Verde. Mas antes de sair uma resposta da boca do Uchiha, Jyraia o capataz e praticamente um avô para Naruto surgiu em outro cavalo rindo.
- Engraçado Naruto... - ele começou a rir, Sasuke pensou que seria mais um para fazer escárnio com ele, mas não - semana passada vi você sair daqui pra fazenda dos Hyuuga, com um cabelinho de vaca lambeu e uma roupa toda engomada, tá rindo por que? - o Uzumaki começou a ficar vermelho de vergonha enquanto o Jyraia ria e diferente do pessoal da Mangekyo, os funcionários da Kurama riam junto. - espero que funcione com a garota Hyuuga. Mas não sei se ocê consegue enganar não .
Era um coro de risadas e Sasuke deixou de ser o centro das atenções. Seguiram até perto da cozinha onde deixaram a feira da semana com Tsunade que achou o rapaz muito apresentável.
Seguiram para a fazenda seguinte e antes de chegar Sasuke mandou parar.
- Pega umas flor ai - disse apontando as flores do no chão, lírios que estavam na estrada.
- Ah tá brincano né ? - Suigetsu estava inconformado - por que não compro na cidade um buquê descente? E outra pra que cê quer isso? Não me diga...
- Só faz o que eu tô mandano - já estava irritado com a insolência, Suigetsu rindo desceu e pegou duas flores de qualquer jeito, que saíram com raiz e tudo, deixando a flor com aspecto de arrancada de qualquer jeito.
- Seu burro, não era pra arrancar assim.
- Desce você aqui e pega então.
- Me dá essa droga aqui - com o facão que tinham na carroça, Sasuke cortou parte do caule para que ficasse menor e saísse a raiz e que ficasse mais apresentável - isso deve servir - Suigetsu revirou os olhos, a paodurice dele chega a a irritar o empregado.
- Vamos pra Ouro Verde.
🌸
Kizashi recebeu um telegrama no começo da semana que o deixou abalado, seu contador Rasa Sabaku havia falecido, o homem que cuidava das suas finanças. Contou a filha que pareceu preocupada, não só com o pobre homem como pelo pai que agora a preocupava que ele tivesse qualquer tipo de emoção forte.
- Sinto muito, papai - ela disse solicita ao ouvir a notícia - do que ele morreu?
- Não sei ainda, mas acho que causas naturais - Sakura estranhou, imaginou um homem com a idade de seu pai, padecendo de alguma doença. - como assim "causas naturais", papai ?
- Querida, quando atingimos certa idade nossos órgãos param de funcionar, acho que foi isso que aconteceu com o velho Rasa.
- Papai, quantos anos tinha seu contador ? - já imaginando uma resposta estapafúrdia, Sakura fez uma cara de poucos amigos.
- Ah Rasa já tinha 97, viveu bastante o bastardo...
- Papai você está brincando que a responsabilidade pelas contas da fazenda estavam nas mãos de um homem de 97 anos ?
- Ora filha ele era um bom contador.
- Papai mas ele devia ser muito decrépito, você tinha que ter contratado outro, deixar o homem descansar, se aposentar...
- Ora querida ele gostava do trabalho - sua voz estava triste - o filho dele virá na sexta para um café e acertar os honorários dele desse mês, verei se ele não conhece ninguém para substituir o velho Rasa. E você participa, afinal você será a administradora a partir do mês que vêm, então essa será uma tarefa sua. Encontrar um novo contador.
- Está bem papai - ela disse com empolgação, finalmente iria poder colocar em prática o que estudou na França.
Na sexta a tarde, um coche encostou na entrada da fazenda e de lá saiu um rapaz jovem que Kizashi reconheceu de longe, Gaara Sabaku se parecia muito com o pai, olhos verdes, cabelo ruivo, até mesmo as olheiras era eram iguais, a diferença obviamente era a idade, Gaara era no máximo dois anos mais velho que Sakura.
Ele entrou com sua feição séria, mas um sorriso timido se formou quando viu Sakura que entrou no saguão, como sempre altiva, e para quem não conhecia achava que ela já era a dona de tudo e Kizashi somente um mordomo. Um vestido verde água de musseline a deixava parecendo uma fada, os cabelos que vinham crescendo estavam com as mechas iniciais presas por grampos e como sempre usando uma bela maquiagem, o batom vermelho sempre presente .
A moça encantou Gaara, que ficou na dúvida se conseguiria fazer qualquer negócio com Kizashi.
- Oh meu rapaz, meus sentimentos pelo seu pai - Gaara voltou para o chão rapidamente e retribuiu o abraço de Kizashi - eu gostava dele de mais
- E ele do senhor - assim como Itachi, Gaara perdeu parte do sotaque e trejeitos do interior de falar, passou alguns anos na capital estudando o que ajudou. - acredito que esteja em um bom lugar.
- Sim sim, que Deus o tenha no reino de sua glória. - Kizashi fez a prece. - vamos ao escritório sim? A propósito, essa é Sakura, minha filha. - ela estendeu a mão para um aperto mas o mesmo não podia deixar passar esse galanteio, beijou as costas da mãos de Sakura
- Encantado - disse olhando para uma Sakura que ficou um tantinho encabulada e não respondeu nada.
- Bom, apresentados então agora vamos ao escritório sim? Kakashi aquele cafezinho. - kizashi teve alguma esperança de ver a filha se casando, mas sentiu pena ao se lembrar do Uchiha.
Entraram no escritório e Gaara puxou uma cadeira para Sakura e logo em seguida se sentou. Ela gostava do galanteio mas não cairia nas artimanhas do rapaz. Por que ? Não queria ninguém... Ou tinha alguém que a impedia de querer qualquer coisa ? ...
- Bem, seu pai fez a contabilidade da fazenda no último mês certo? Está com os livros aí ? - Kizashi começou a tratar o que o garoto fora fazer ali. Negócios.
- Aqui estão - uma pilha pequena de livros pretos foram postos na mesa - e eu vim aqui também para oferecer meus serviços ao senhor, assim como meu pai eu sou contador e seria uma honra continuar a trabalhar com o senhor.
- Mas isso me poupa de procurar outro. - Kizashi ficou animado e olhou para a filha - você aceita filha? afinal você ficará no meu lugar em um mês.
- Sim papai, por mim tudo bem - Sakura sabia algo de contabilidade mas claro, como todo negócio, era importante ter alguém formado em contabilidade, ela não era arrogante de achar que não precisava, e uma ajuda era sempre bem vinda.
- Temos um acordo então Gaara ?
- Sim senhor.
- Ótimo, ótimo vou fazer seu pagamento, ou melhor do seu pai. Vamos tomar um café na cozinha, certeza que Rin fez um belo bolo de cenoura.
- Pode elaborar um contrato para nós senhor Sabaku ? - Sakura pediu um documento básico, que todo administrador tem que ter com o prestador de serviços. Coisas que aprendeu na França.
- Ó sim claro, mas por favor me chame de Gaara.
- Sim, Gaara. - Sakura corou pela segunda vez, estava irritada consigo mesma parecia uma maldita adolescente, sem contar a sensação estranha dentro de si, como se alguém fosse se zangar com ela.
Rumaram para a cozinha onde o cheiro de bolo e café os atraia, Sakura conversava animadamente com Gaara, estava a vontade, como se o conhecesse a anos. Contava sobre a França e as viagens de navio para chegar até lá e vir embora, ele ria de algumas situações que ela passou na embarcação até chegarem a cozinha.... O coração não sente.
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Um pé de que ?
RomanceSe Sasuke Uchiha quer se casar com Sakura Haruno ele terá que domar essa fera antes. Mas será que ele consegue domar a Diaba Rosa ? " Quem sabe o que planta não teme a colheita"