No domingo Sakura se arrependeu amargamente da bebedeira do sábado, Rin abriu as janelas de seu quarto a despertando, a claridade agredindo os olhos sensíveis.
- Bom dia senhora Uchiha. - Rin riu e Sakura que já estava de cara amarrada por ter sido acordada e pela ressaca, ficou ainda mais carrancuda.
- Rin, você tem muita sorte de eu te considerar uma irmã.
- Nossa quanta hostilidade para alguém que acabou de fica noiva - Sakura não se lembrava direito do que houve na festa até Rin mencionar seu novo estado civil. Bateu com a mão na testa. Precisava consertar essa confusão. Fez exatamente o que prometeu a si mesma que não faria. Deu esperanças ao Uchiha. Se odiou por isso.
Levantou e já tomou um banho para tirar um pouco da ressaca enquanto Rin deixava um suco de laranja na cabeceira da cama. Rumou para a mesa de café, sentindo uma dor de cabeça infernal, viu seu pai sentado lendo um jornal e tomando seu cafezinho.
- Bom dia filha ! - ele disse todo animado - seu noivo deve aparecer hoje, não acha? - Sakura só olhou para o pai irritada. Ele parou com a brincadeira na hora percebendo que a filha não estava boa para isso. - eu estive pensando, o que vai fazer nos dez hectares que ganhou?
- Nem me lembrava disso papai- ela usou a voz pela primeira vez a mesa - e não consigo pensar no momento.
- Seria interessante fazer algo para você, o que acha ? Pensei em você fazer um canteiro de flores.
- Ótima idéia - ela disse sem animação, até gostou da ideia mas a dor de cabeça não deixou ela ter uma reação melhor, terminou o café preto e amargo que colocou na xícara e rumou para o quarto - não me acorde, a não ser que seja uma emergência.
Voltou para o quarto, fechou as janelas e deitou na cama, mas não conseguiu dormir de volta, o que fizera com o Uchiha martelava em sua mente até se lembrar que um rabo de saia o visitava, ele era um sem vergonha em lhe fazer uma aposta daquelas. O remorso que sentia pelo olho roxo que ele devia estar ostentando hoje, se esvaiu.
- Espero que a assanhada tenha gostado. - disse a si mesma e dormiu.
Acordou com batidas na porta. A dor de cabeça ainda presente e o barulho de batidas pareciam fazer mais estrago em sua mente.
- Entre logo quem quer que seja! - disse ríspida.
- Hum ... Você tem visita Sakura - Rin disse com receio.
- Aí diga que eu morri.- ela respondeu irritada, visitas sem avisar ? Que deselegante!
- É o seu noi ... Quer dizer o Sasuke, disse que precisa te ver. - era a chance de resolver esse assunto de uma vez, ela se levantou muito rápido e se arrependeu.
- Diga que já vou. - ela saiu e Sakura correu até a penteadeira, arrumou os cabelos que pareciam um verdadeiro ninho de passarinho, vestiu um vestido simples e por costume passou seu bendito batom vermelho.
Saiu do quarto e seguiu até a sala de visitas, encontrando um Sasuke do jeito mais simples possível. Calça rasgada, camisa suja de terra e com três botões abertos, a botina furada e o chapéu de palha na mão, realmente ele só queria conversar, nem mesmo se arrumou para vê-la. Isso deixou o coração da Haruno triste, afinal isso podia significar que ele arrumou outra para impressionar.
- Boa tarde Sasuke ! - ela disse para trazê-lo de volta a sala, pois o mesmo estava longe. O olho roxo.
- Boa tarde. - ele disse do mesmo jeito seco de sempre.
- Pediu para me ver. Estou aqui.
- Eu... - ele começou apertando a aba do chapéu em uma das mãos - vim pidir desculpa por ontem. Eu tava beudo e não divia ter apostado nada.
- Então você não quer? - ela perguntou cruzando os braços, achou que ele estava ali para exigir o pagamento da aposta. Kizashi, Rin e kakashi estavam atrás da porta ouvindo conversa, Suigetsu embaixo da janela a mando de Karin pra saber o que seria conversado.
Sasuke respirou fundo pensando em tudo o que ele queria, a começar por borrar aquele batom vermelho dela, mas também lembrou de que queria que ela o amasse e do porquê ele estava ali.
- Não vim aqui pra fala do que eu quero. Tô aqui só pra desfazer o mal entendido de ontem e para que ocê se desobrigue de qualquer coisa comigo.
- Ah sim claro, mesmo porque você já tem outra pretendente ... - Sakura disse como quem não quer nada, mas o ciúme ficou explícito.
- Quem ? - Sasuke estava confuso. Não tinha ninguém.
- Não se faça de desentendido - disse irritada.
- Não estou entendendo mesmo.
- Samui o nome dela não é?
- Quem é Samui ?
- Não minta Uchiha, ouvi Karin falar dela - revelou que ouvirá conversa.
- Não conheço nenhuma Samui - ele disse chegando perto o cheiro que lembrava laranjas chegando em suas narinas. Sakura entendeu que caiu na armadilha de Karin e que se corroeu de ciúmes atoa. Não admitiria isso nunca na vida. - cê está com ciúmes Sakura ?- ele disse o nome dela com a voz mais arrastada. Fazendo o coração da Haruno pular uma batida.
- Claro que não, seu convencido. Só estou te livrando de casar com quem você não quer.
- E quem disse que eu não quero ?
- Eu estou dizendo, vive dizendo que eu sou uma Diaba. Quem quer se casar com uma diaba ?
- Eu quero.
- Por que?
- Porque eu amo ocê desde menino. - Sakura corou, se lembrou de quando ouviu isso pela primeira vez e do quanto ficou constrangida depois de ter faito acusações contra ele. - eu quero conhecer ocê, cuidar d'ocê, ter um monte de ranhentinho de cabelo rosa. Mas se cê não quise casar comigo eu vou entende.
- E se eu não quiser tudo isso ? Ranhentinhos ...
- Cuida d'ocê já me basta. - nesse momento o coração de Sakura amoleceu como uma menininha apaixonada.
- Eu não sei o que eu quero. - foi sincera.
- Eu posso te ajudar a descobrir.
Os dois se olharam por alguns minutos, a distância que não era tão grande parecia imensa para os dois. Na cabeça de Sakura uma briga entre seu orgulho, que queria manter a palavra de não se casar com ninguém, ser independente, não precisar de marido, e seu coração que batia forte por ver o Uchiha em sua frente lhe fazendo um pedido para ser sua para todo sempre. E no fundo ela queria isso.
Já Sasuke estava tenso, a expectativa estava acelerando o coração do Uchiha, que queria uma resposta, queria conseguir respirar direito, a espera estava tentando mata-lo, as mãos suavam.
- Sakura qué casa comigo ? - ele fez o pedido formalmente, como deveria ter feito a semanas atrás.
Ela refletiu, e no meio de mil pensamentos em sua cabeça se imaginou dizendo "não" e o Uchiha se casando com qualquer, uma daquelas que lhe enviaram correio elegante na festa, ou ele fazendo outra feliz e ela eternamente amarga de ter dito não por capricho.
- Eu... Aceito... - ela disse baixo e olhou para ele séria, mas por dentro estava feliz.
Quando achou que estavam sozinhos Sakura ouviu algo cair e se partir no corredor e alguém reclamar de dor, a voz desconhecida vinda da janela. E então entendeu que a conversa deles tinha plateia. - pode os conversar no escritório ? - ele assentiu a seguindo. Entrou e ela fechou a porta.
- Meu pai estava ouvindo conversa e havia alguém na janela, não identifiquei.
- Era o Suigetsu, certeza.
- Sente-se - ela apontou a cadeira, os dois sentaram nas cadeiras para visitas de frente um para o outro - é isso então ?
- Se ocê realmente quiser sim.
- Eu quero - ela respirou fundo e admitiu.
- Então não precisa mais ficar com ciúmes.
- Eu não fiquei com ciúmes...
- Huhum - o joelho dele tocou no joelho dela. Sentiu a pele queimar, Sakura não podia mais negar que sentia desejo por ele e que ficou enciumada, não só pela história de Samui mas também pelo correio elegante que pareceu ir inteiro para ele. Os dois trocaram olhares, a vontade de morder os lábios vermelhos de Sakura ardendo dentro de Sasuke. - futura senhora Uchiha ? - ele disse arrastado, deixa do a voz mais grossa. Ela se levantou e não resistiu ao impulso de se aproximar dele, sentado na cadeira era quase de sua altura, inclinou a cabeça para frente e tocou os lábios dele com os seus, matando a vontade de duas semanas atrás, trocaram um beijo quente, as mãos dele na cintura dela e as mãos dela no rosto de Sasuke, fazendo carinho na barba rala, que crescia tímida. sua língua abria passagem na boca dele devagar, o Uchiha interrompeu o beijo para beijar lhe a bochecha e depois ir descendo até chegar no pescoço delicado deixando uma mordida fraca ali, fazendo ela ceder um gemido manhoso, Sakura era má, o privava de seus gemido que o deixavam com o pau doendo.
- Você aceita Diaba Rosa ? - disse com a voz arrastada perto do ouvido dela.
- Sim - ela disse em meio a um gemido, voltou a beijar lhe a boca e sem perceber se no colo de Uchiha, que colocou uma mão mais assanhada no seu quadril, deu uma mordida de leve na boca de Sakura que gemeu mais uma vez, fazendo seu membro latejar. Sentiu a mão grossa do Uchiha em sua coxa uma fisgada no baixo ventre e se não parasse ali não sabia onde terminaria. Ou melhor até sabia ...
- Ótimo vamos marcar a data - ela disse soltando dele que ficou com uma cara de cachorro pedinte - nada de assanhadesa antes do casamento Sasuke.
- Lembrei porque ocê é uma diaba. -Ele disse cruzando os braços, ela tinha se levantado e sentado na cadeira atrás da mesa, sentindo-se molhada no meio das pernas, ela queria continuar mas não podia, apesar de não ser muito religiosa Sakura não queria comer o bolo antes do casamento, sem contar que com certeza havia alguém ouvindo atrás da porta de novo.
- Calma querido, vai ter para a vida toda, só tem que aprender a esperar.
- Acho bom limpa o rosto, se não seu pai vai tê certeza de que a filha dele não tá tão disposta assim a esperar. - claro o batom vermelho. Procurou um lenço na primeira gaveta e se limpou emprestando ao Uchiha que fez o mesmo a diferença era que guardou o lenço com as inciais dela no bolso - meu.
- Pode ficar. - ela disse séria agora. - quando será?
- Não sei, pensamos nisso com o tempo pode ser?
- Como quiser.
Chegaram na sala e Kizashi e kakashi fingiam conversar um assunto aleatório, disfarçando a curiosidade.
- Pronto Papai, seu desejo foi atendido - ela disse sorrindo de leve - eu e Sasuke nós casaremos em breve.
- Mas que notícia maravilhosa querida - o homem estava feliz. - parabéns Sasuke espero que vocês sejam muito felizes.
- Obrigado - ele disse timido. - eu preciso ir, até mais. - acenou e saiu.
Subiu na carroça onde Suigetsu sorria para ele.
- Vai entrar para o time ? - ele estava feliz pelo amigo, sabia o quanto Sasuke era solitário e uma mulher devia melhorar o humor dele.
- Parece que sim.
- A família vai crescer mais um pouco.
🌸
- Cê vai casa ? - Karin estava de boca aberta - fácil assim ?
- Cê achou fácil ? - Sasuke contava a ela. - e outra, você é uma futriqueira, fica espalhando mentiras por aí ... - ele fingiu irritação.
- É mas se não fosse por isso ela ia achar que não tinha concorrência e ia fazer você correr atrás dela mais um pouco.
- Tá tá,tanto faz, mas agora temos que preparar as coisa.
- Nóis? - Karin agora estava com cara de tédio, o serviço ia sobrar pra ela
- Sim, cê vai me ajudar, e ela vai vim morar aqui.
- AQUI !? - Karin se espantou - ela sabe disso ? Ela concordo com isso ?
- Não, mas ela vai querer.
- Huhum claro, em alguns meses vamo mora na Ouro Verde.
- Claro que não.
- Ei nóis vamos mudar de casa ?
- Não - Sasuke respondeu.
- Sim - Karin respondeu junto.
- Decide! preciso saber onde vou me ferrar se é arrumano uma festa ou fazeno uma mudança ou os dois.
- Ninguém vai se ferra, para com isso os dois. - ele sentou na mesa se servindo de uma dose de cachaça. Precisava relaxar um pouco, tinha passado por muitas emoções naquele dia.
- Veja o que ela que logo. E lembra vamos gastar um bom dinheiro. - mexer no bolso do Uchiha doía mais que o olho roxo.
- Aí não me lembra, já vou começar diminuindo a lista de convidados. Não quero gente que eu não conheço comendo da minha comida.
- Pão duro - Karin respondeu saindo da cozinha, iria jogar milho as galinhas.
🌸
O tempo passou e claro os preparativos do casamento foram começando a tomar forma.
Como uma boa orgulhosa e Sasuke um bom pão duro os dois dividiram os gastos da festa, fizeram uma lista pequena de convidados afinal não tinham uma família grande, seriam mais os amigos da cidade. Sakura mandou fazer o vestido na modista de Konoha mesmo e Sasuke só iria reutilizar o terno do jantar de apresentação.
No fundo estavam se dando bem, a atração física era forte mas os dois se entendiam bem também, se não tocassem em alguns assuntos específicos como a residência de ambos.
Sakura queria morar com seu pai e Sasuke não abria mão da Mangekyo e da companhia de Suigetsu e Karin. Os dois até poderiam ir morar na Ouro Verde mas a Mangekyo ficaria abandonada, já que Itachi e Izumi teriam um bebê em breve e não queriam morar afastados do centro da cidade.
- Eu não vou morar aqui. - Sasuke disse no meio de uma discussão acalorada com uma Sakura irritada
- Você vai sim - a discussão começou cedo nesse dia. Nenhum dos dois queriam ceder e a data do casamento se aproximava. - eu nao saio daqui.
- E eu num vô deixa a minha fazenda - ele disse cruzando os braços. Pareciam duas crianças mimadas. - nem tudo é do jeito que cê que. Parece uma criança birrenta.
- E você parece uma mula empacada.
- Cê vai casar com a mula, se acostuma .
- Ei ei vocês dois - Kizashi interferiu. Antes que os gritos tomassem conta do lugar - se o problema é onde morar eu resolvo. Sakura vá morar com seu marido.
- Não ! - como se ela fosse ceder fácil assim.- Mas e você... Não quero te deixar sozinho... - ela disse com a voz levemente embargada.
- Eu nunca estou sozinho querida, Rin e kakashi estão aqui, e eu vou ficar bem - na verdade ele não queria vê-la sofrer conforme a doença o levava.
- Mas papai ...
- Faça o que eu estou dizendo.
- Mas e a fazenda? Não vou abrir mão de comandar tudo isso !
- E não irá. Você pode vir para cá todos os dias e aos finais de semana você descansa, fora que de uma fazenda a outra da menos de dez minutos andando. Logo vocês podem unir as duas e ...
- Não mesmo - disseram juntos. Para os dois seria marido e mulher e negócios a parte.
- Acho que resolvemo esse problema não ? - Sasuke assentiu silencioso.
Depois que seu, agora noivo, foi embora Sakura chamou o pai para conversar a sério, sabia que ele fazia muitas coisas para contraria-la, mas isso não tinha da a ver com ser contrariada, tinha a ver com a saúde dele.
- Papai - ela bateu na porta dos aposentos dele, onde o encontrou sentado na escrivaninha procurando alguma coisa. - podemos conversar ?
- Achei ! - ele exclamou antes de responder a filha - sim querida, diga o que lhe aflinge.
- Mudar daqui - ela foi categórica, não tinha porquê fazer rodeios - não me sinto confortavel de sair daqui e deixar você.
- Ora não se preocupe, eu estou bem e acho que ainda vou demorar pra te deixar...
- Não fale assim - ela disse já sentindo os olhos arderem.
- Ora vamos encarar a realidade Sakura - ele disse sério, precisava deixar claro o que poderia acontecer e que ela estivesse pronta. - eu vou partir, talvez não tão cedo quanto eu achei mas irei, e quero que você esteja pronta para isso, não só nos negócios da fazenda mas também na sua vida, quero que você saiba como é dividir um lar com outra pessoa, alguém de fora da família e que não seja empregados, Rin e Kakashi são como da família mas se um dia resolverem partir você não os deve prender, será uma escolha deles. E o meu intuito de casar você sempre foi que você tivesse alguém, além de mim. Alguém que, assim como você foi minha rocha de salvação quando sua mãe morreu, quero que alguém seja a sua. Alguém que te abrace quando se sentir sozinha.- uma lágrima solitária caiu no rosto do velho homem, ele podia ser um velho fuxiqueiro mas Sakura o amava incondicionalmente, e pensar nele partindo para sempre a deixava triste demais. Os dois se abraçaram e ficaram assim por um tempo. - vamos ainda quero um cafezinho antes do jantar. E acho que você irá gostar do que eu achei - ele entregou uma caixinha de veludo de formato retangular. Dentro havia uma corrente de ouro e um pingente de flor, feita de ouro e quartzo rosa. - dei isso a sua mãe quando você nasceu. Achei a cor parecida com a cor do seu cabelinho, acho que ela ficaria feliz te vendo usar no dia do seu casamento. - num impulso Sakura abraçou o pai forte, chorou, e em meios aos soluço disse
- Eu te amo papai.
🍅... quer comprar.
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Um pé de que ?
RomanceSe Sasuke Uchiha quer se casar com Sakura Haruno ele terá que domar essa fera antes. Mas será que ele consegue domar a Diaba Rosa ? " Quem sabe o que planta não teme a colheita"