Caçada

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Poderia ficar afundada na inércia por muito mais tempo, o problema é que minha garganta ardia e arranhava sem parar, tirando minha concentração do abalo emocional. Aquela sensação era extremamente incômoda e eu sabia que precisava fazer alguma coisa.

— Você está com sede— Edward disse e eu franzi a testa, mas já? Ele desmanchou o abraço no qual me mantinha e nós nos olhamos. Não. Nunca vou me acostumar com a beleza dele— Vem comigo.

Edward segurou minhas mãos e se levantou, me puxando consigo.

— O que faremos?— quis saber, ansiosa.

— Nós vamos caçar.

Eu não fazia ideia de como isso funcionava. O vampiro sorriu para mim, querendo me tranquilizar. Isso é irônico, mas prefiro não comentar nada.

— Vem— insistiu. De dentro da mansão, seus irmãos haviam nos dado espaço, porém, eu sabia que eles ainda estavam em alerta. Podia sentir sua presença, mas não me preocupei tanto, incomodada com a sede.

Chamando minha atenção, eu ouvi uma coruja a vários metros de nós, na copa de uma das árvores que cercam a mansão Cullen. Eu ouvia seu coração pequeno batendo e a encarei. A coruja me encarou de volta, os olhos grandes e as penas castanhas, ela é linda. Lin ama corujas. Larguei a mão de Edward e me aproximei muito rápido do pinheiro em que a coruja estava. Eu queria pegá-la, por isso, comecei a escalar a árvore com uma facilidade que eu não teria nem nos meus melhores dias. Antes que eu a alcançasse, ela voou e foi embora sem mais nem menos. Fiquei pendurada no galho a uns quatro metros do chão, meus pés descalços encaixados sem que eu nem precisasse pensar em como tinha feito aquilo.

Por que eu vim até aqui? Foi como se eu despertasse de um estado de transe. Não fazia o menor sentido, eu apenas agi no modo automático.

— Vai descer?— o telepata me perguntou de lá de baixo. O olhei e de repente aquela altura me amedrontou. O chão se afastou muito, era um pouco mais alto do que a janela do quarto de Edward. Mesmo dessa bela distância eu conseguia enxergar os cacos de vidro da parede que destruí com tamanha ignorância se espalhando pela grama.

— Por que eu subi aqui?— questionei à meia voz como se ele fosse saber.

— Tá tudo bem— ele disse— Seus instintos estão aflorados, você vai caçar qualquer coisa que aparecer na sua frente.

Eu não tinha pensado em machucar a coruja, mas pelo que parece, eu iria.

Encarei o chão a tantos metros de distância e pulei. Foi tão emocionante quanto pular um degrau baixo. Eu encarei meus pés no chão de terra e não senti nada. Olhei para o pinheiro e depois para Edward, confusa. Ele sorriu, um pouco divertido.

COMO MATAR UM VAMPIRO, Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora