Suíte cara

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Nossa mala está no chão ao meu lado e eu juro que queria me impressionar com o lobby de entrada daquele hotel caro e fino à beira da praia, descrevendo-o minuciosamente para deixar clara a sua nobreza, no entanto, nada ali me importa realmente, porque meus olhos estão fixos na atendente bronzeada a poucos passos de mim e eu lutava contra o forte impulso de pular no balcão e cravar meus dentes no pescoço fino dela por pura gula.

Não teve jeito, nós temos que nos esconder do sol em algum lugar e na cabine da picape não daria nada certo por conta do pouco espaço e as janelas não serem escuras o suficiente.

Isso aqui não me parece uma boa ideia também.

Eu estou imóvel atrás de Edward e nós temos dois seguranças atrás de nós, além, é claro, da recepcionista excessivamente prestativa com o meu Masen. É o único jeito, eu repito em pensamentos. Você não vai matá-los, então vê se para de pensar na ordem em que gostaria de fazer isso.

Os planos se montavam na minha mente de jeito frenético e eu só continuava os destrinchando para não correr o risco de pô-los em prática. Nenhum deles é muito elaborado ou criativo, pra ser franca. Eu só preciso destruir as câmeras de segurança antes e dilacerar a carótida do segurança à esquerda, depois, imobilizar o da direita, dando-lhe um chute na coluna. Sei que Edward daria um jeito na mulher antes que eu tivesse a oportunidade de ir silenciar ela também. Só não tenho certeza de quem ele estaria realmente poupando, porque eu genuinamente não fui com a cara dessa mulher do momento em que pisamos aqui. Olha só o feminismo saindo do meu corpo.

Ouço os corações batendo, cada um em um ritmo diferente, esbanjando de uma saúde diferente. O ar condicionado está ligado e infelizmente os cheiros encantadores dos seguranças são empurrados para mim, praticamente me obrigando a senti-los. Enquanto resisto ao seu charme, sinto um aperto sufocante na garganta e acabo cerrado os punhos na desesperada busca pelo autocontrole. Não ajuda nada. Eu devo estar parecendo uma estátua bem esquisita, com cara de dor e óculos de sol quando ainda está apenas amanhecendo.

Edward olha para mim por cima do ombro e me pede para esperar só mais um minuto, voltando a sussurrar para a loira que ele quer sim o melhor e mais alto quarto. Ela não acredita que tenhamos dinheiro por conta — provavelmente — do meu estado deplorável de quem acaba de ser resgatada de se afogar no mar, mas Edward puxa sua carteira e o tom dela se torna mais agradável ainda. Um minuto é muito tempo. Estou pingando no carpete e vez ou outra a loirinha bronzeada me lança um olhar e um sorriso falso, deixando claro seu desagrado com a poça que formo em meus pés.

Melhor um pouco de água do que o seu sangue, sua cadela atirada.

Edward olha para mim de novo e arregala os olhos escuros. Estou tão tensa que não ouso me mexer nem para revirar os olhos pra ele.

COMO MATAR UM VAMPIRO, Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora