Coloca para fora

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Não se enganem com o banner abaixo, esse capítulo não tem nada de fofo :)

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EDWARD CULLEN

Quando as chamas tomam conta dos corpos e de meu antigo carro, eu entro na picape e saio dali o mais depressa possível. As janelas abertas trazendo o odor repulsivo de queimado.

Minha garganta arde e parte de mim, aquela parte que eu odeio, me questiona por que eu não me juntei à minha amada enquanto ela se enchia da vida daquele homem inocente. Pode não ter sido eu quem o matou, mas a culpa me assola da mesma forma. Por que eu saí da frente dela?

Alysson está sentada no banco do passageiro, encarando as próprias mãos cobertas de sangue seco com nada em mente além de cenas repetidas dos assassinatos que cometeu. Escolho não falar nada, embora ela provavelmente precise ouvir alguma palavra de conforto. Nós dois ainda estamos processando o que acabou de acontecer.

Não tenho certeza do que poderia querer ouvir no seu lugar. Toda a minha esperança se foi na primeira vez em que eu tirei uma vida humana. Quando o frenesi acabou, restou-me a agonia e o arrependimento. Me arrependi de estar vivo. Lembro que tentei até massagem cardíaca, mas não tinha como trazer aquele rapaz de volta. Queria ao menos poder me esquecer do seu rosto...

— Me desculpa— ela murmura, de repente. Eu a olho sem me importar de prestar atenção na estrada. A garota passa a unha no sangue impregnado na sua pele, tentando se limpar— Me desculpa, Edward. Por favor, me desculpa.

— Alysson, o que aconteceu...

— Eu não queria fazer aquilo.... e-eu não sei como aconteceu. No começo eu só queria proteger você, mas... mas o que eu fiz... foi cruel. Foi monstruoso.— ela me olha, seus olhos mais vermelhos do que nunca, pisquei algumas vezes e tive que lutar para manter o contato visual. Me vi nos seus olhos e quem dera tivesse sido apenas o meu reflexo, tinha também a imagem daquele Edward que matava sem parar, como se tivesse o direito de julgar os outros por seus pecados— Eu arranquei o coração dele com a minha mão. Ai meu Deus, eu matei duas pessoas— ela estremeceu de extrema repulsa e começou a esfregar os braços, agitando-se no banco— Eu não quero... Tira isso de mim. Tira isso de mim. TIRA ISSO DE MIM!

Eu meti o pé no freio e Alysson não hesitou em descer do carro, tirando o meu moletom e o jogando na mureta. Desci do carro depois de desligá-lo e corri para ficar na frente dela. Ela está só de sutiã e calça jeans, mas ainda tem respingos de sangue no seu rosto todo. Alysson começa a se arranhar e tem dificuldade para respirar, coisa que ela sequer precisa, mas vai levar um tempo para se acostumar a parar de fazê-lo. Eu a seguro quando ela se curva para frente, quase caindo. Seu desespero me deixa de mãos atadas. Não está tudo bem, não tenho como dizer isso pra ela.

COMO MATAR UM VAMPIRO, Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora