É a porra do meu aniversário

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ALYSSON CHOI

Toco o vidro da janela e encaro a paisagem através dela, abismada. Eu estou aqui. Eu estou aqui, porra.

Quando eu era uma menininha, era obcecada por praias, mas nenhuma me encantava mais do que Miami Beach que eu conheci pela primeira vez graças ao filme besteirol de Jim Carrey, Ace Ventura. Eu me apaixonei por esse lugar e agora estou aqui, vendo tudo em primeira mão. Ele está realizando meu sonho.

Volto-me para Edward. Eu acabei de matar dois homens friamente e arruinei a nossa viagem. Ele queria me trazer para cá. Ele se lembrava que eu queria vir para cá e me trouxe, apesar de tudo.

Não me senti merecedora.

Eu não mereço realizar um sonho depois de acabar com quaisquer que fossem os sonhos daqueles homens.

— Alysson.— o telepata me repreende. Não me permito ficar feliz por finalmente estar em Miami— Você precisa parar de pensar.

— Tem muito barulho agora?— quis saber e Edward sacudiu a cabeça.

— Não estou pedindo para ter piedade de mim. Mas de você.

Eu olho para frente e meu coração se enche quando vejo a praia tão perto. O cheiro da maresia penetra minhas narinas, mas como também posso sentir o cheiro de outras carnes frescas, decido trancar minha respiração. As ondas quebram na areia branca e o som é quase uma terapia. A água tem uma cor limpa que parece feita de esmeraldas. É ainda mais perfeito do que eu havia imaginado. Luto contra a empolgação o melhor que posso.

Eu não mereço, não mereço, não mereço.

Quando vejo, Edward está estacionando diante de uma placa de pare. Como não há carros ou câmeras atrás de nós, não há preocupação em ter pressa.

Ele se volta totalmente para mim e eu abaixo a cabeça, envergonhada. Tenho vergonha por tê-lo julgado tão mal no começo. Quem sabe eu não fiz pior do que ele na sua primeira vez?

— Alysson, olhe para mim— Edward pede com o tom de voz firme e eu obedeço, cercada de melancolia— Você merece tudo de bom que acontecer com você.— ele me diz e eu até tento desviar o olhar, mas o rapaz não permite que minha atenção seja tirada do seu rosto perfeito— Me ouça com atenção. Você não é um monstro. Você é uma vampira e a sua nova natureza... o instinto que faz parte de você agora é a vontade de matar.— eu me curvei para frente, e Edward segurou meu rosto firmemente— Não é algo que nenhum de nós pediu, mas, infelizmente, somos bons até demais nisso. Não tem que amar essa parte de você, mas as vezes é melhor aceitá-la.

— E quanto as outras partes?— sussurrei, fraca— As que me fazem humana?

— Meu amor— ele olhou no fundo dos meus olhos com tanto carinho que por um momento pensaria que ele estava prestes a me fazer uma declaração— Você não é mais humana.

COMO MATAR UM VAMPIRO, Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora