Uma de nós

2.8K 461 1.4K
                                    

META DE COMENTÁRIOS: 90

META DE COMENTÁRIOS: 90

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

╔══ ≪ ❈ ≫ ══╗

Aquelas caixas pareciam ter sido tiradas de um cenário de guerra, para condizer com a nossa realidade atual. Tinham seis delas, de tamanhos diferentes para comportar partes diferentes do corpo do meu nemesis. Elas eram fortes, como aquelas maletas a prova de balas.

— Talvez...— começa Edward, no entanto, eu ignoro ele e sua possível sensatez e me aproximo da caixa menor sobre as outras, abrindo-a sem hesitação. Queria ter esperado e me preparado um pouco.

É diferente ver uma cabeça decepada na vida real do que nos filmes. Eu paro de me mover e aqueles olhos vermelhos de Dexter se voltam para mim, arregalados e jurando vingança. Tenho vontade de vomitar, mas sei que é coisa da minha cabeça. Mortos não choram, mortos não vomitam. Viro o rosto por uns segundos e fecho os olhos, tentando me recompor. Eu nunca vou me esquecer disso. Está gravado na minha mente como uma foto que se mexe e não pode ser destruída.

Então, me lembro do porquê eu vim aqui e volto a encará-lo com nojo. Teria pena se fosse qualquer outro. Mas não é. Ele trouxe os Volturi para Forks. Ele trouxe a morte para aqueles que eu amo.

Ele me queria morta e agora eu estou morta.

Parece que nós dois estávamos na mesma página, porque no instante seguinte ele invadiu minha mente e me mostrou Peter, meu amigo ruivo e descompromissado, mas eu não estava assistindo aquilo pelos meus olhos, e sim pelos dele. Dexter estava encostado em um poste, esperando aparecer alguém. Foi quando Peter deu as caras, caminhando despreocupado e sem dar atenção à frente. Ele estava lindo com sua jaqueta verde militar e os cabelos vermelhos bem penteados. Seu rosto, apesar de indiferente, mostrava que tinha vida. Não demorou até que isso mudasse.

Peter ergueu os olhos e ficou surpreso com Dexter, afinal, eles se conheceram em Port Angeles no halloween. Ele não tinha motivos para estar ali. Apareceu a dúvida no rosto do Kyle, como se ele não tivesse certeza se deveria cumprimentar o homem ou não. Ele estava intimidado com aquele contato visual e desviou os olhos para o chão outra vez, lutando contra um sorrisinho. Ele estava feliz, pensou que era só mais um dia normal. Talvez um dia bom, porque um cara muito bonito tinha o notado.

Depois, uma vampira loira pulou do telhado e agarrou-o pelas costas, cravando os dentes no seu pescoço.

Aquela ilusão some e quando percebo, Edward está do meu lado, segurando um fósforo perto do rosto de Dexter.

— Não me teste— alertou o telepata. Ele deixou o fósforo cair ao lado da cabeça e os olhos de Dexter tentaram localizá-lo, sem sucesso. Ele não conseguia virar o rosto. O fogo se apagou e Edward olhou para mim, preocupado. Fingi não reparar e aproximei a mão da boca de Dexter.

— Ainda gosta do meu cheiro?— perguntei a ele em um murmúrio. Era a primeira vez que eu olhava no fundo dos olhos dele e não era a vítima. Eu não era mais a presa, ele que está sob o meu domínio. Aquela sensação boa que tive mais cedo quando pulei do penhasco voltou com muito mais força. Aquilo era poder.

COMO MATAR UM VAMPIRO, Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora