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Aquelas caixas pareciam ter sido tiradas de um cenário de guerra, para condizer com a nossa realidade atual. Tinham seis delas, de tamanhos diferentes para comportar partes diferentes do corpo do meu nemesis. Elas eram fortes, como aquelas maletas a prova de balas.
— Talvez...— começa Edward, no entanto, eu ignoro ele e sua possível sensatez e me aproximo da caixa menor sobre as outras, abrindo-a sem hesitação. Queria ter esperado e me preparado um pouco.
É diferente ver uma cabeça decepada na vida real do que nos filmes. Eu paro de me mover e aqueles olhos vermelhos de Dexter se voltam para mim, arregalados e jurando vingança. Tenho vontade de vomitar, mas sei que é coisa da minha cabeça. Mortos não choram, mortos não vomitam. Viro o rosto por uns segundos e fecho os olhos, tentando me recompor. Eu nunca vou me esquecer disso. Está gravado na minha mente como uma foto que se mexe e não pode ser destruída.
Então, me lembro do porquê eu vim aqui e volto a encará-lo com nojo. Teria pena se fosse qualquer outro. Mas não é. Ele trouxe os Volturi para Forks. Ele trouxe a morte para aqueles que eu amo.
Ele me queria morta e agora eu estou morta.
Parece que nós dois estávamos na mesma página, porque no instante seguinte ele invadiu minha mente e me mostrou Peter, meu amigo ruivo e descompromissado, mas eu não estava assistindo aquilo pelos meus olhos, e sim pelos dele. Dexter estava encostado em um poste, esperando aparecer alguém. Foi quando Peter deu as caras, caminhando despreocupado e sem dar atenção à frente. Ele estava lindo com sua jaqueta verde militar e os cabelos vermelhos bem penteados. Seu rosto, apesar de indiferente, mostrava que tinha vida. Não demorou até que isso mudasse.
Peter ergueu os olhos e ficou surpreso com Dexter, afinal, eles se conheceram em Port Angeles no halloween. Ele não tinha motivos para estar ali. Apareceu a dúvida no rosto do Kyle, como se ele não tivesse certeza se deveria cumprimentar o homem ou não. Ele estava intimidado com aquele contato visual e desviou os olhos para o chão outra vez, lutando contra um sorrisinho. Ele estava feliz, pensou que era só mais um dia normal. Talvez um dia bom, porque um cara muito bonito tinha o notado.
Depois, uma vampira loira pulou do telhado e agarrou-o pelas costas, cravando os dentes no seu pescoço.
Aquela ilusão some e quando percebo, Edward está do meu lado, segurando um fósforo perto do rosto de Dexter.
— Não me teste— alertou o telepata. Ele deixou o fósforo cair ao lado da cabeça e os olhos de Dexter tentaram localizá-lo, sem sucesso. Ele não conseguia virar o rosto. O fogo se apagou e Edward olhou para mim, preocupado. Fingi não reparar e aproximei a mão da boca de Dexter.
— Ainda gosta do meu cheiro?— perguntei a ele em um murmúrio. Era a primeira vez que eu olhava no fundo dos olhos dele e não era a vítima. Eu não era mais a presa, ele que está sob o meu domínio. Aquela sensação boa que tive mais cedo quando pulei do penhasco voltou com muito mais força. Aquilo era poder.
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COMO MATAR UM VAMPIRO, Edward Cullen
Fanfiction|| PARTE DOIS || Meu mundo se virou de cabeça para baixo a partir do momento em que escolhi amá-lo. Tantas coisas mudaram e eu acho que nem me reconheço mais, afinal, como poderia? Alysson Choi está morta. Meu nome agora é Alysson Masen.