Doido por mim

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Pra quem se importava tanto com a aparência, chega a ser estranho evitar olhar no espelho com tanto fervor, mas eu tentei o meu melhor por bastante tempo. Eu sei que estou perfeita agora. Não preciso de maquiagem para cobrir imperfeições na minha pele porque elas não existem mais, foram apagadas magicamente como se nunca tivessem existido. O problema é que eu não quero olhar naquele reflexo por tempo demais e ainda não me encontrar. Sei que meus olhos estão desconformes, sei que eles tem a cor escarlate agora e não quero ficar com essa imagem gravada em minha mente. Mas acabou acontecendo, eu acabei na frente de um espelho e me encantei perdidamente por ela, ainda que a morte marcasse seus olhos puxados.

Entrei no banheiro de Edward afim de tomar um banho e trocar de roupa. Apenas atravessei a porta e estagnei, focando-me no espelho grande diante da porta. A vampira me encarou de volta e arregalou os olhos vermelhos. Seus cabelos tinham um brilho natural, sua pele era impecável, a curva dos seus lábios era uma perdição. Me apaixonei por ela imediatamente e foi difícil sair daquele transe. Só Alice para me "acordar"

Ela ainda teve que dar umas batidinhas na porta do quarto para conseguir a minha atenção. Quando a olhei, ela sorriu e eu fiquei com vergonha de ter sido pega numa situação dessas, praticamente babando por mim.

— Hipnotizante, não é?— ela veio para o meu lado e ficou encarando meu reflexo. O cropped branco e rendado que Rosalie me vestiu me dava uma aparência meiga embora todo o resto mostrasse que eu não era uma boa mulher— Femme fatale— ela sussurrou, colocando meus cabelos para trás dos ombros.

Pisquei algumas vezes e dei as costas ao espelho.

— Hã, posso ajudar?— ofereci, já que todos sabiam que eu subi para tomar banho então ela veio até aqui porque queria alguma coisa.

— Sei que seu aniversário está vindo.— ela admite e eu uno as sobrancelhas, confusa.

— Como poderia saber? Nunca falei disso com Edward.

— Eu sei. Mas... é uma das coisas que seu pai vai falar para Edward quando o encontrar hoje à noite.

Separei os lábios, chocada. Edward vai falar com os meus pais e eu não.

— Ele já foi para a busca?— perguntei baixinho, sem força de vontade. Alice assentiu, me olhando com atenção, os olhos âmbar um pouco mais escuros do que os de Rosalie. Recuei até encontrar a cama e me sentei. Eu não posso me aproximar da minha família nunca mais ou acabarei os machucando.

O encanto que tive ao ver meu reflexo foi sugado e se perdeu no vazio que se abriu no meu peito.

— Na sua visão... eles choraram?

Alice hesitou em responder. Talvez se perguntando o mesmo que eu: eu quero mesmo saber disso?

— Seu pai e seu irmão...

COMO MATAR UM VAMPIRO, Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora