Capítulo 13

19 5 0
                                    

Tamara

Depois de muito tempo se ter passado e de termos milagrosamente conseguido a combinação correcta dos números que afinal era a data em que o seu único filho nasceu e como foi algo recente e eles compareceram a festa de boas vindas ao recém-nascido, lembraram imediatamente dessa data e a porta foi aberta. Logo que entramos nos deparamos com uma sala cheia de papéis envidraçados e escrituras em quadros, a sala era imensa, tinha uma zona de destaque que ao que parece estavam as coisas mais importantes que ele tinha.

_Tamara, posiciona o smartwatch que está no teu pulso para frente da zona de destaque. _Grego avisa-me e eu faço imediatamente o que ele mandou, assim que ligo a lanterna um cruzamento de linhas vermelhas transparece, lasers ao que parece.

_E agora? _Pergunto para ele nervosa, já estava a ficar exausta de tanto tremer.

_Eu consegui invadir o sistema, o problema é que é de 5 em 5 segundos que ficará encerrado. _Grego calmamente anunciava e o Kenário metia qualquer coisa no seu smartwatch.

_Grego, conseguiste detectar a Carta? _Pergunta Kenário encostando um pouco mais na zona de destaque.

_Última à esquerda. _Grego avisa-o e ele dá um suspiro.

_Vou colocar o meu relógio a contar de 5 em 5 segundos, vais acompanhar-me a partir das câmeras e dizer especificamente os quadrados certos que devo pisar. _Kenário diz e eu fico burra de como não me tinha passado aquilo na cabeça, os lasers nem eram muito juntos. _ Toma. _Ele entregou-me uma arma e eu fiquei apavorada ao receber.

_Não sei usar isso, o que é que eu faço? _Pergunto com uma notória aflição na voz.

_É para caso uma emergência aconteça e eu não te poder defender. _Ele diz e eu apenas assinto e volto a me posicionar iluminando o lugar. _Grego, não vamos perder tempo.

_Vou desligar agora. Dá 10 passos para frente e baixa o teu tronco. _Ele diz e os lasers desapareceram, o Kenário apressa-se em dar os 10 passos cuidadosamente e logo o seu relógio apita, dando visibilidade novamente aos lasers. _Outra vez 10 passos porém quando chegares ao décimo quadrado, um dos teus braços não pode estar baixo, eles são muito grandes para o pequeno espaço que irás ficar. _Grego avisa e desliga novamente os lasers, e Kenário faz tudo o que ele recomendou novamente erguendo um dos braços para cima. _ Estás quase lá. Dessa vez terás que ser ágil e rápido, 15 passos para a esquerda e dois para o lado direito. _Em uma rápida corrida, ele faz exatamente o que o Grego disse mas o seu relógio apita antes dele se posicionar diretamente.

_Merda. _Kenário diz, ele ficou em uma posição que era quase impossível não perder o equilíbrio e cair, e o seu apertado fato não ajudava no processo, de longe via-se a aflição dele. _Grego, desliga rápido essa merda. _Ele em uma birra comunica e o Grego volta a desligar o sistema e o Kenário corre rapidamente até ao vidro em que estava a escura e enraizada carta porém não toca no vidro, os lasers ainda estavam ligados, mas perto de cada vidro era praticamente seguro estar.

_E agora? _Pergunto e as luzes logo se acendem e uns 6 homens armados aparecem.

_Foda-se. _O Kenário diz e dá 3 tiros no vidro resistindo aos cacos como se não fossem aleija-lo e tira a carta colocando no bolso do casaco. Eu estava estática, a arma que estava na minha mão parecia um objecto desconhecido, não sabia o que fazer, eu estava a um bom nível de distância dos homens, porém era questão de segundos para uma bala me atingir, tentei correr até ao Kenário mas ele disparava contra os homens e uma troca de balas era feita, eu praticamente estava perdida aí, sem saber onde ir ou correr. Ouço um gemido alto e vejo o Kenário no chão com a mão na barriga coberto de sangue, levantei rapidamente do vidro em que me tinha escondido e disparei contra um homem nas costas e ele caiu para frente, dois deles ainda estavam em pé e vieram na minha direcção, eu logo comecei a suar sem saber o que fazer, eles aproximavam-se disparando e logo dois tiros altos ouviram-se ecoando por toda sala. Kenário tinha disparado contra eles mesmo estando a se contorcer em cima de uma pocinha de sangue. Levantei e corri para ele desesperada, os meus olhos estavam com lágrimas por cair e eu não sabia ao certo como tirá-lo daí. Rasguei um pouco do tecido da camisa preta dele e pressionei para tentar estancar o sangue.

A Garantia do TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora