Capítulo 12

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Tamara

Assim que entramos na rua deserta do local o motorista entrou no meio da floresta e logo pára entre algumas árvores escondendo o carro. Nós estávamos todos juntos no banco de trás com um homem que trabalha para os rapazes, que trouxe todos os equipamentos necessários para a operação funcionar devidamente.

_Bom meninas, todos nós teremos uma escuta, e essas são as vossas. _Fredic começa a falar e coloca-as em nós. _Eu estou a controlar o sistema de segurança humano a partir do smartwatch , terá um momento em que eu vou desaparecer talvez e ouvirão a minha voz derrepente ou a do Grego, estejam atentas. _Ele diz e nos concordamos.

_Nós entraremos com vocês, mas vamos fingir que são apenas mulheres de diversão que vieram acompanhar. Se for necessário encenar, não exitem. _Grego diz e nós duas assentimos.

_Eu entrarei primeiro, por ser a pessoa que ele quer. Vocês entram com o Grego e o Fredic a seguir. _Diz Kenário ajeitando o casaco e nos colocando a par das coisas.
Fredic finalizou com algumas considerações finais e apenas nos limitamos a ouvir atentamente e aprender o plano para que tudo corra bem.

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Entramos no grande jardim do local com um cartão próprio de acesso deles, não entendi o porquê de ter tantos seguranças espalhados, parecia mais uma ida a prisão do que a uma festa. Assim que o motorista parou em frente a casa, fiquei mais confusa ainda, estava tudo muito calmo e sem muita movimentação na parte externa, eu nunca estive em uma festa de mafiosos, então não tenho ideia de como seja e como devo agir aqui.

Um homem abre a porta para nós e o Kenário é o primeiro a descer, o seu terno preto e branco reluzia a luz das grandes iluminarias daquela mansão. Nós descemos logo após isso, e seguimos o homem que abriu a porta até dentro de casa. Assim que as portas foram abertas eu tive um susto imenso ao ver o interior da casa, parecia um strip club por ter tantas mulheres nuas e homens de todos os tipos e tamanhos, tantas bebidas e notas de euros espalhadas pelo chão. Eu esperei estar enganada mas vi também uma área onde tinham crianças de uma faixa etária equivalente aos 12 ou 14 anos. Apertei na hora o braço do Fredic e tentei disfarçar a minha cara de nojo, homens que tinham idades de serem pais delas, iam lá e riam-se felizes enquanto as pobres coitadas ficavam só a olhar para eles sem saber o que fazer ao certo.

Chegamos a um compartimento da casa afastado da festa na sala principal, subimos as escadas de lá e logo que chegamos ao último degrau nos deparamos com mais seguranças, Kenário apenas andou na direcção deles sem dizer uma única palavra e eles imediatamente abriram espaço para que passássemos. Vários homens cercados por mulheres e até por outros homens estavam reunidos em uma área onde jogavam jogos do azar, todos aqueles homens eram muito mais velhos, e não vi um único que não tivesse aliança no dedo. Seguimos o Kenário até um compartimento que dava para ver a festa lá de baixo, porém nessa parte, era com menos movimento que a anterior. Eu estava agarrada ao braço do Fredic e a Val estava apoiando no peito do Grego assim que paramos.

_O melhor chefe de facções do ramo de armas, Kenário. _Aproxima-se um homem não muito velho mas com o rosto totalmente em fase de decomposição, um pouco mais baixo que eu, o que o fazia desaparecer ao lado do Kenário e dos rapazes, revestido por várias fios e anéis de ouro que eu me perguntei se aquilo não lhe estava a pesar.

_Dave Eduard. _Ele responde sem esboçar qualquer tipo de expressão e o homem ri-se.

_A tua cara intimidadora é uma excitação para o mundo dos negócios. _Dave responde e o Kenário ri-se. _Grego, Fredic. _Ele aproxima-se deles. _Vejo que têm aqui umas belas mulheres. _Ele diz passando a mão no peito da Val e depois na minha bunda, fazendo com que eu ficasse com uma grande vontade de empurra-lo para cair na parte de baixo da festa, mas tive que me conter.

A Garantia do TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora