PRÓLOGO

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            Às vezes nesse mundo tão sombrio, me pego pensando como as pessoas conseguem ser tão podres umas com as outras. Como não tem a responsabilidade afetiva de que há outro ser humano ali que tem vivências, medos, vontades, SENTIMENTOS.

            O que faz as pessoas acharem que são melhores do que outras? Ou que usá-las durante um tempo e depois jogar fora é melhor do que pegar na mão, assumir, e ter aquela pessoa pra sempre?

            A minha mãe diz que nós LGBT's passamos por isso porque isso não é de Deus. Mas o que seria algo de Deus?

            No meu ver, é tudo aquilo que é amor, que você sente algo sobrenatural. Você não entende, nunca vai entender. Mas é isso que nos mantém de pé.

            Acho que as pessoas focam tanto no que elas acreditam que é errado ou não, que esquecem que existe uma outra pessoa aqui. Um outro ser humano. Com sentimentos, com gostos, e isso que faz uma sociedade.

            Imagina se todo mundo fosse igual. Que bosta seria! Acho que antes de qualquer coisa, de religião, deva existir o amor. O amor em primeiro lugar.

            E a partir disso, cada um se reconhecer da forma que ela sente. Sem se importar com nada, com o resto. Prezo pelo um mundo onde o que mais irá importar são as relações, os afetos, a vida.

            O que me sustenta, é isso. Da glória que há por vir. Não do sofrimento momentâneo. Creio num amor que virá. Seja homem, seja mulher, quero a felicidade! E eu sei que acontecerá. Então esperarei pacientemente e calmamente. Sofrer de novo no amor, não me cabe mais.

O Garoto de ÓculosOnde histórias criam vida. Descubra agora