75

42.9K 3.2K 1.8K
                                    

Gaspar 🕊

Dei uma corridinha pra sala de tortura e abri a sala, Coronel tava destravando a arma e apontou pra Alice, eu olhei pro Orelha que me olhou sem entender o Coronel virou pra me olhar.

Coronel: Qual foi? - Me olhou sério.- A Luana tá suave?

Gaspar: Não mata ela, tenho um bagulho pra resolver.- Falei indo até ela puxei ela pelo braço.

Coronel: Qual foi filho, não é assim que funciona.- Negou.- Por qual motivo?

Gaspar: Tu escutou ontem quando o velho disse que a mulher tinha um caso com o pai dessa aqui? - Falei com o Orelha que confirmou com a cabeça, voltei a encarar o Coronel que continuou sem entender.- Ela pode ter o mermo sangue da Luana, e a Luana tá precisando de sangue.

Orelha: Pra isso elas teriam que ser irmãs pra ser compatível.- Coloquei a Alice de pé e encarei ele.

Coronel: Cada dia mais esperto.- Orelha sorriu e eu neguei com a cabeça.- Não vai com ela sozinho, quero escolta e espera aí ela se limpar.

Gaspar: Jae, só não tenho muito tempo.- Falei indo pra fora e ele me deu a chave do carro dele, marolei no audi que ele quase nunca me deixava pegar e nem andava direito, por milagre tava aqui.- Tô com sorte? - Brinquei.

Coronel: É a única que tem agora.- Falou negando e apontou com a cabeça, fazendo o orelha entrar no carro.- Um arranhão no carro e eu corto tua cabeça fora.

Orelha: Tô precisando de novas emoções.- Brincou balançando as chaves perto do carro e eu encarei ele feio, vendo a mulher entrando na salinha pra limpar a Alice.

Coronel: Se tu abrir o bico, tu vai desejar nunca ter nascido.- Falou com a Alice que tava calada, se limpando na sala.

Quando ela tava mais apresentável, Coronel mandou a gente meter o pé e pegou o raidinho, me ajeitei e orelha que meteu o pé pra dirigir. Vi os moleques seguindo a gente so respirei fundo tentando falar com a Andressa mas não tive nenhum sinal.

Mas se não desse certo eu ia pegar aquela velha pelos cabelos e arrancar todo sangue dela, ela gostando do bagulho ou não. 

Quando a gente chegou no hospital, vi os moleques descendo das motos e encarei a Alice, me olhou.

Gaspar: Se tu fizer qualquer coisa que não seja o que eu mandar, eu vou te matar aqui mesmo, e tô pouco me fudendo pro que vai rolar depois.- Apertei o rosto dela.

Alice: Eu não queria que chegasse a esse nível com a Luana, se eu puder ajudar, eu só quero fazer isso...- Falou quase sem voz.

Orelha: É bom mermo, porque se for ao contrário eu vou atrás do corpo da tua mãe e desenterro só pra jogar em cima de tu os restos.- Falou descendo do carro.

Desci esperando ela e quatro moleques entraram com a gente, os outros dois ficaram la fora. Fui procurar a médica pra fazer o exame e ela disse que a Alice tava muito fraca, então a gente teve que esperar ela tomar soro e os caralhos.

Quando finalmente foi a hora, eu tava nervoso pra caralho, tinha passado alguns minutos esperando e quando a médica voltou sorrindo eu me aliviei, ia dar certo o bagulho.

A Alice foi levada e o Orelha foi junto, mesmo contragosto da médica. Fiquei marolando na vida enquanto trocava uma ideia com os moleques e uns dez minutos depois a Alice voltou sendo carregada pelo Orelha e a médica tava atrás.

— Ela precisa se hidratar, ela tá muito mal.- Falou me olhando.- Vou internar ela por alguns dias, até ela recuperar as forças, a qualquer momento ela pode desmaiar.

Orelha: Não, ela tá suavona! Só tá fazendo drama, odeia sangue.- Falou tentando andar com ela e a médica entrou na frente deles, fazendo um dos moleques que tava do meu lado colocar a mão na cintura.

— Desde que ela chegou não ouvi se quer uma palavra da boca dela, quem decide é ela! - Falou olhando pra Alice e a Alice me olhou, nessas horas várias pessoas já tinham parado pra olhar.

Alice: Eu só quero ir pra casa, odeio hospital.- Falou rouca.

— Tem certeza? Se precisa de ajuda, fala comigo.- Encostou no rosto da Alice e o Orelha afastou ela, passando pela doutora.

Gaspar: Tô pagando pra tu deixar a Luana bem, não se meter em outros casos que não tem nada a ver.- Chamei atenção dela que passou igual furacão saindo de perto.

Dgl: Ela não é boba.- O mano falou balançando a cabeça e foram saindo.- Qualquer bagulho, tá na linha...

Gaspar: Valeu! - Fiz toque com ele me sentando de novo.

Fiquei uns minutos no celular e me levantei pra tomar água, quando tava tomando água vi a Andressa entrando e me procurando, balancei a cabeça pra ela e quando ela chegou perto me mostrou o rosto machucado, me fazendo rir.

Andressa: Aquela filha da puta me bateu, acredita? - Falou indignada pegando um copo com água.

Gaspar: Essa marra toda pra apanhar pra velha.- Soltei uma risada e ela me olhou feio.

Andressa: E a velha tava arrumando a mala pra fugir quando eu cheguei.- Fechei a cara encarando ela que colocou o copo no lixo.- Então, eu tive que apanhar pra velha pra tentar colocar meu celular na mala dela, maior corre.

Gaspar Papo firmeza, Andressa? - Ela concordou.

Andressa: Eu joguei dentro da mala, rezei pra ela não perceber e tive que deixar ela me bater pra distrair.- Resmungou brava.- Então manda os moleques prestarem atenção, ela deve tá saindo de casa uma hora dessas.

Pedi pro Dgl voltar aqui pra buscar ela e ela ir ajudar os moleques a rastrear o celular dela, fiquei grato de uma forma maneira pra caralho a ela, talvez isso aí tenha apagado todo inferno que a gente já tinha vivido por causa dessa maluca.

A filha da puta realmente tava se esforçando pra ajudar nessa porra, então esqueci todas as marolas do passado e fiquei suave, só esperando algum bagulho da Luana.

•••

pretendo fazer um livro pra cada um dos outros três, (Coronel, Goiaba e Orelha.)

por isso não foco tanto neles, bobinhas.

Lance criminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora