80

39.8K 3K 1.6K
                                    

Luana 🧚‍♀️

Chegamos no morro indo direto pra minha casa, o caminho foi num silêncio confortável só com as músicas dele tocando. Quando chegamos em casa eu fui abrindo, porém quando eu abri a porta vi que o Coronel estava dentro da minha casa, junto do Goiaba e Orelha.

Sorri feliz ao ver eles, principalmente o Coronel que eu não via porque ele não foi ao hospital. Eu entrei em casa indo em sua direção mas o Orelhou apontou a arma pra mim me fazendo parar de andar e fechar o sorriso.

Gaspar: Baixa essa porra irmão, tá maluco? - Entoou na minha frente, colocando as mãos pra trás e me empurrando pra trás dele.

Coronel: Sai da frente dele.- Falou sério e eu olhei pro Goiaba sem entender, vendo ele virar a cara pra mim.

Gaspar: Não vou caralho, manda ele abaixar esse caralho! - Apontou.- Qual b.o irmão, o que tá rolando?

Orelha: Ela traiu a gente caralho, para de ser otario! - Olhei pra ele sem entender.- Não vem me olhar com cara de sonsa não, filha da puta.

Gaspar bateu na arma dele fazendo cair no chão e empurrou ele indo pra cima, eu segurei ele por trás e o Coronel empurrou ele, continuei segurando ele firme e o Coronel jogou o caderno de anotações no chão, me fazendo olhar pro caderno.

Meu coração parou, senti minha vista escurecer e dei um passo pra trás negando, Gaspar era o único que olhava tudo sem entender e eu soltei dele aos poucos.

Luana: Isso foi no começo de tudo, Coronel. Eu juro! - Apontei.- Eu nunca pensei em fazer nada com isso.

Gaspar pegou o caderno abrindo e passou pelas páginas lendo cada uma, prendi o choro respirando fundo e ele me olhou com uma cara de nojo e decepção, eu neguei deixando as lágrimas caírem após seu olhar, que foi o que mais me machucou.

Ele se agachou pegando a arma do orelha que tava no chão e colocou na minha cabeça, após isso todas as lágrimas começaram a cair de forma involuntária me fazendo encarar isso, mas ele não me olhava, porém de qualquer forma mantinha a arma na minha cabeça e o dedo no gatinho, por um fio, por uma milímetro de puxar aquele maldito gatilho.

Lance criminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora