73

40K 3.1K 1.7K
                                    

Goiaba 🦅

Eu nunca tinha visto o mano dessa maneira, a única vez que eu vi ele surtar dessa maneira foi quando perdeu a mãe, vi o maluco se transformar em bixo pra cima de qualquer um que encostasse nele.

Eu tomei um susto do caralho quando vi a Luana caindo no chão, tirei a pistola da cintura mirando no Fábio que estava com a arma na mão olhando pra aquilo e quando eu puxei o gatilho ele já estava correndo, disparei mais três vezes e vi um acertando o braço dele, mas vi ele entrando no carro e saindo.

Gaspar: Coloca ela no carro, caralho! - Gritou comigo e eu guardei a arma olhando pra ele.

Ajudei ele a pegar a Luana no colo e colocar no carro, ele montou na moto e eu encarei ele antes de subir na minha moto

Gaspar: Tá esperando o que? - Gritou comigo e olhou pro orelha.- Sai logo daqui caralho.

Orelha: Irmão, se tu não levar o pai dessa garota junto com ela pro hospital, ela nunca vai te perdoar.- Apontou com a cabeça.

Gaspar: Minha mãe também falou que não ia me perdoar por eu pagar a porra do tratamento, mas hoje ela nem tá aqui pra reclamar. Leva ela pro hospital agora.- Gritou com o orelha que me olhou.

Balancei a cabeça vendo ele ligar o carro e sair, tirei a arma da cintura jogando no mato dali e Gaspar me olhou, ignorei ele indo na direção do velhinho e ele saiu cantando pneu da moto. Fui na direção do coroa e chequei os batimentos, aliviei quando vi que tava batendo e tirei o celular do bolso pra chamar a socorro pro maluco.

— Eu já liguei pra ambulância.- Escutei uma voz de mulher e virei vendo uma ruiva que me olhou com o celular nas mãos.- Liguei assim que escutei os tiros, eles já devem tá vindo.

Goiaba: Jae.- Falei encarando ela, se ela resolvesse contar que me viu atirando eu tava fudido.

Só precisava sair daqui, sabia que iriam cuidar do velho e a loirinha iria ficar feliz quando soubesse que ele tá bem de vida, não podia dar o vacilo dessa garota abrir a boca, então me levantei e fui andar,

— Não se preocupa, não irei falar nada.- Chamou minha atenção e eu encarei ela.- A única coisa que eu vi foi o policial maluco que mora ali atirando em todo mundo.

Goiaba: É porque essa realmente foi a única coisa que aconteceu aqui.- Joguei verde e vi ela abrir um sorriso gostoso de se ver, ela revirou os olhos e soltou o ar pela boca.

— Exatamente isso.- Estendeu a mão pra mim e eu encarei.- Eu sou a Ana, satisfação.

Goiaba: Valeu por isso, Ana.- Apertei a mão dela e ela se aproximou beijando minha bochecha.

Ana: Não mereço saber seu nome? - Questionou me olhando de perto e eu sorri fraco.

Goiaba: Não vamos nós ver novamente, então passa em branco! - Falei olhando pra ela.

Ana: Poxa, achei que teria esse prazer novamente.- Me soltou.- Então tudo bem, tenha uma ótima noite.

Goiaba: Igualmente, gatinha.- Fui caminhando na direção da minha moto.

Procurei minha pistola colocando na cintura e vi que ela me encarava de braços cruzados e uma cara de pensativa, com um meio sorriso e depois do corpo e do cabelo, eu poderia afirmar que o sorriso era a coisa mais bonita que ela tinha.

Escutei a sirene se aproximando e ela mandou um beijo quando eu olhei pra ela pela última vez. Soltei uma risada e fui pro morro com aquela garota na minha mente, cheguei na casa do Coronel rindo e ele só me encarou sério.

Coronel: Luana tá em estado de vida ou morte num hospital e tu chega aqui rindo? Qual foi, irmão? - Fechei o sorriso aos poucos.

Goiaba: Qual foi pergunto eu.- Falei bolado.- Tá com a ideia da Alice em mente? Achando que eu sou o traidor? Resolveu meter essa agora?

Coronel: Mentira não deve ser. A polícia chegou aqui direto numa casa, não invadiu nada nem foi atrás de ninguém além da Luana, eles já sabiam aonde encontrar.- Continuei olhando pra ele.- Não tô falando que é você, filho da puta. Só que se dedurou ela, dedura nós quatro fácil.

Goiaba: Fora a gente, só tem três pessoas que sabem aonde a Luana mora.- Ele balançou a cabeça.- Andressa, Tt e novinho, que são os seguranças e de alta confiança.

Coronel: Não acho que tenha sido a Andressa.- Olhei pra ele.- Ele já fez a merma parada com ela, eu vi como ela ficou lá dentro daquela sala. Ela nem tem motivos pra isso também.

Goiaba: Só a loirinha chegar do nada e arrancar o cargo de fiel que ela nem tinha direito, de um dia pro outro, né? - Dei os ombros.- Pouca coisa.

Coronel: Caralho irmão, se ela quisesse fazer isso teria feito desde o começo! - Eu encarei ele e meti um sorriso.

Goiaba: Tu tá é querendo meter pica nela, tô pegando a tua ideia.- Gargalhei e ele fechou a cara.

Continuei rindo pegando o bagulho no ar e ele ficou mais bolado do que já tava, até me expulsou maneiro da casa dele. Eu sai rindo mas com essa ideia em mente, então fui atrás dos três pra trocar uma ideia de leve.

Lance criminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora