24

41.8K 3.2K 1.1K
                                    

Luana 🧚🏼‍♀️

Eu estava em êxtase, era muita informação de uma vez só, era muita cara quebrada pra uma só Luana.

Descobrir que eu havia me envolvendo com alguém que namora minha prima, que é alguém envolvido com coisas erradas e que, se ele era envolvido, provavelmente um dos outros três moleques deveria ser o tal do Coronel, aquele que meu pai e o pai da Alice queriam tanto pegar.

E eu só precisa descobrir qual dos três, porque o Gaspar era um tanto faz pra mim, mas se eu descobrisse quem era o Coronel, com toda certeza teria todo orgulho do meu pai em mãos.

Mas como eu iria saber? Nunca me envolvi com pessoas desse nível pra ao menos achar que sei.

Gaspar: Eu não vou deixar essa garota sair daqui, tá maluco? - Falou com o "Fabrício.- Ela pode sair daqui direto pra porra da casa do Tenente e dar o rosto de vocês tudinho, pra ele descobrir quem é quem é questão de tempo!

Coronel: E tu quer fazer o que? Prender as duas aqui até a morte? - Falou e eu olhei pra ele, nem parecia o que tinha sido legal comigo, porque ela falava da mesma maneira que o Gaspar.

Goiaba: Ou garota.- Continuei quieta, nem olhei pra ele.- Ta surda?

Luana: Para de gritar.- Olhei pra ele e ele me encarou.

Goiaba: Vamo fazer o acordo maneiro, pode ser? - Continuei calada.- Tu some da nossa vida e a gente some da tua, simples!

Luana: Eu não sei qual tipo de problema você tem na cabeça, mas foi exatamente isso que eu sugeri. Eu não me importo com vocês, eu não tô nem aí pra o que vocês são. Eu só quero ir pra minha casa em paz.- Falei olhando fixamente pra ele.

Gaspar: Então quer paz? Eu vou te dar.- Me puxou pra cima pelo braço e eu encarei ele.- Tu sai daqui intacta, junto com a outra aí. Mas, se eu ou qualquer um aqui, tiver o rosto vazado, sabe o que acontece? Eu corto a cabeça do teu pai na tua frente, e ainda te deixo trancada numa sala olhando pra ela.

Ele me soltou e eu apenas continuei encarando o nada, senti meu corpo se arrepiar pela sensação ruim e quis começar a chorar, tentei passar por ele e ele continuou na minha frente.

Luana: Então me deixa em paz, me deixa sair daqui.- Falei alto.

Gaspar: Para de gritar, tava até pensando em ser teu amigo, mas desse jeito da não. O foda é me ter como inimigo.- Falou debochado.

Luana: Você não entendeu que eu só não quero você na minha vida? Tá fazendo tanta questão por que? Tá carente? - Falei tudo de uma vez empurrando ele e passei subindo as escadas, peguei minhas malas e desci de qualquer jeito junto com a da Alice.- Vamos embora.

Coronel: As ruas daqui não são maneiras, Luana. Acontece muito bagulho ruim aqui, chama o motorista, ele não tava vindo? - Falou me impedindo de passar.

Luana: Eu só quero que você saia da minha frente.- Olhei pros olhos dele, que encarava.

Andressa; Ele tá certo, pede um carro aqui a porta.- Falou tocando em mim e eu respirei fundo.

A Alice veio pro meu lado e o homem saiu da porta, eu passei com ela e a Andressa pro lado de fora da casa e fiquei tentando chamar um uber, um táxi ou qualquer coisa. Mas no final, tivemos que apelar pro motorista novamente.

Eu estava pensativa e triste, era estranho ver o mundo com outros olhos, ver que existiam realmente pessoas assim.

Talvez eu não estivesse triste nem por descobrir que tava numa casa da bandidos, mas sim porque todos mentiram pra mim, foi como se eu tivesse no centro do espetáculo e todos rindo de mim, como a maior palhaça que já existiu...

Lance criminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora