Zoya Potter

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- Venham jantar - chamou minha tia, Elphemia Potter, gritando do andar de baixo. - A propósito suas cartas chegaram!

Bem, antes de tudo, precisam saber da história trágica e triste da minha vida antes de conhecer todo mundo. Minha mãe, Beatrice Potter, cujo recebeu esse nome em homenagem a sua avó, conheceu um búlgaro de Durmstrang nas férias de verão após seu último ano em Hogwarts, ela se apaixonou por ele e desse romance eu nasci. Ela deu meu nome em homenagem a nacionalidade dele (provavelmente um nome comum por lá), nem seu nome eu sei e nunca me importei em descobri pois ele voltou para seu país e minha incrível mãe me criou sozinha. Ela era uma auror, e em uma missão contra bruxos das trevas ela e seus parceiros perderam a vida lutando, mas ela cumpriu sua missão. Feitiços a atingiram e mesmo assim ela acabou com eles, conseguiu aparatar de volta para casa dos meus tios onde eu a esperava. Eu ainda lembro do sangue que escorria da ferida no estômago, por entre seus dedos. Eu corri até ela assim que ela entrou, ela me abraçou e caiu no chão, me lembro de começar a chorar e gritar chamando meu tio. Ele desceu correndo, desesperado sacundindo-a nos braços, minha tia precisou acalmá-lo quando os outros aurores chegaram e contaram sobre a missão dela, como ela morreu sendo uma heroína, então cobriram e levaram seu corpo embora.

Eu tinha seis anos, uma criança ensopada com o sangue da própria mãe. Minha tia me ajudou a tomar banho, queimou minhas roupas para que eu não lembrasse, mas aquela cena não saia da minha mente. Ainda tenho pesadelos com o sangue dela em minhas mãos...

Desde então sou criada pelo meu tio e tia, sendo assim James é como um irmão para mim. Minha mãe é minha inspiração, minha heroína, eu quero ser como ela, se possível melhor, quero atingir todas as suas conquistas em Hogwarts, ser Capitã do time de quadribol, monitora chefe (esse não é minha prioridade) e solista no coral de sapos (essa última eu consegui no meu terceiro ano, e então sai), e ainda vou ser a melhor auror da história.

E um fato interessante sobre meu pai é que ele era um lobisomem, portando eu também sou de nascença e sempre gostei das minhas transformações, apesar de dolorosas eu me sinto livre em minha forma selvagem, talvez essa seja a razão de conseguir me controlar tão bem.

Frequento Hogwarts, é claro, por ter a mesma idade de James estamos no mesmo ano, quinto agora. Hogwarts é meu lar, sempre foi desde o primeiro dia quando vi aquele castelo pela primeira vez dentro daqueles botes, sua imagem refletida no lago. Aquele dia foi perfeito, exceto por uma coisa: Sirius Black.

Diferente dos montes de garotas que babam atrás dele o seguindo para todos os lugares como cachorrinhos, eu não gostei dele desde o momento que o conheci. Entrei na cabine onde ele e James estavam, tentei ser legal, mas ele foi um tremendo idiota, toda vez que eu abria a boca ele arrumava alguma desculpa para me ofender e me mandou sair pois aquela conversa era "de garotos" e ele não sabia porque eu continuava ali, "uma garotinha tão chata e feia como você, sai logo daqui". Desse momento até hoje e para sempre eu jurei o odiar com todo o meu ser e aparentemente eu sou a única pessoa que vê ele como realmente é: um garoto egocêntrico, babaca, idiota e arrogante que usa as pessoas. Ele passou a me ignorar depois disso, fingir que não existo, e eu também faço o mesmo é claro. Pelo menos agradeci ao sair daquela cabine, pois foi assim que conheci minhas melhores amigas: Lilian Evans, Marlene McKignnon, Mary Macdonald e Dorcas Meadowes, a primeira estava reclamando de dois garotos idiotas que foram muito rudes, pela descrição sabia que era daqueles dois, sentamos juntas na mesma cabine e ajudei Lily a encontrar palavras para xingá-los, desde então nunca nos separamos, principalmente quando fomos selecionadas para a mesma casa; Grifinória, meu orgulho (e da minha mãe, por mais que ela não se importasse se eu fosse para qualquer outra, mas eu queria representá-la).

Ainda no meu primeiro ano conheci Remus Lupin, senti seu cheiro a quilômetros e soube que ele também vivia com licantropia como eu. Ele estava sentado sozinho na escada após nosso banquete, eu sentei ao lado dele e começamos a conversar, ele se tornou meu melhor amigo, no segundo ano me contou que era lobisomem e quando disse que já sabia, ele berrou "o que?!" no meio do salão. Contei minha história para ele e nos tornamos mais amigos ainda, é claro que eu tinha um crush nele, afinal ele é belíssimo, inteligente e aquelas cicatrizes só o deixam mais atraente, mas depois de três anos de amizade soube que era só isso, por mais que já tenhamos nos beijado (e não só uma vez, geralmente em jogos de desafios na sala comunal).

Enemies - Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora