Ruptura e Encontro

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Pense em demônios
Como seus primogênitos
Porém, sem fala alguma
Entregam somente a estímulos físicos

Reze pelas ruas cobertas de sangue
Sob teu triunfo hereditário
A vitória mordida por teus dentes
Digerida em fenômenos do azulejo

A rosa é uma espada
Em seu corte nefasto
Não fere a pele
Entrega doenças em sua lâmina

Pensem nos rosários
Como substituições
Não seriam mais ânforas
Mas cada uma das contas, seus males

A antiaparição
Sem perfume
Sem rosto
Sem virtude

O teu fígado no teatro devoto
Entregando seus joelhos
Prostrados no sal afrodisíaco
E instrumentalizado de teu fato

Cogite, o amante como banheiro
Encontre a si mesmo, maldizendo à monogamia
Que tanto relutara em teus monólogos
Com ênfase na quebra de acordo de olhos

Tudo se converte em estúpido
Toda a fome faz valer chacinas
Toda a mediunidade se faz valer
O temor por assombros da culpa 

Pensando AltoOnde histórias criam vida. Descubra agora