1.3 - ... direção

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2466 Words

O dia enfim havia chego e como meu irmão profetizou eu estava com vontade de vomitar desde que acordei

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O dia enfim havia chego e como meu irmão profetizou eu estava com vontade de vomitar desde que acordei.

― Tudo parece estar perfeito não? ― Sua voz serpentinosa e doce me faz arrepiar.

Me viro deparando com esse homem que faz meu coração dançar valsa com os demais órgãos.

Minhas tias tinham apelidos derivados de estrelas por causa da mania maldosa de meu pai de as chamar de estrelas cadentes; e meus tios até o que não falamos sobre tinha um apelido derivado de meteoros; tudo para manter esta temática espacial acima de todos que meus pais adoravam ostentar.

E com isso me pegava imaginando que apelido daria a ele, como se algum dia eu pudesse assumir nossa relação ao ponto de fazer isso.

Talvez algo referente a um cometa, pois eu tinha vontade de fechar meus olhos e fazer pedidos, ou poderia cair destruindo tudo. O misto de um sonho e o pesadelo que me afligia.

― Como planejado. ― Correspondo caminhando até ele.

Não sou como minha irmã e entendo vagamente sobre os não humanos, mas o que sei é que ele é mestiço sendo metade Monster e metade Selkie e por isso ele tinha essa aparência e comportamento tão diferente. Sabe aquelas pessoas enérgicas, que "precisam" desesperadamente gastar energia se não surtam? Ele é exatamente assim.

Minha irmã dizia que sua violência exacerbada era algo da raça Selkie e que o fato de ser mestiço com um Beta agravou tal detalhe, mas eu não entendo nada disso nem para concordar ou discordar.

― "Tudo" mesmo? ― Me pergunta ao erguer uma sobrancelha de forma safada e eu já engulo seco.

Como em todos estes anos ele ainda não levava a sério o perigo que era sermos descobertos?

― Falta um detalhe. ― Murmuro sério olhando em volta procurando por uma pessoa em especial.

A festa de coroação mal havia começado e os convidados se aglomeravam no salão, agitados como o esperado; famintos pela minha chegada, mal esperando para começar suas bajulações tentando me convencer de coisas que já haviam desistido com meus pais.

Eu seria o que chama de peixe novo...

Até parece.

Eu não era nenhum garoto ingênuo fácil de ludibriar, não fui escolhido à toa; só tinha um problema a resolver:

Logicamente iriam exigir que eu tivesse herdeiros, entretanto isso não era algo que me parecia ser possível. Só a ideia de ser obrigado a me deitar com uma mulher me dava nojo. Eu não gostava e pronto, não dava para forçar.

Eu sei que tinham homens que conseguiam, outros até que chegavam a gostar. Mas como este não era o meu caso, pensei em um plano:

A pouco menos de um ano, um dos nobres que vivem dentro dos terrenos do castelo veio em pânico pedir socorro a meus pais. Ele revelou descobrir que sua única filha estava a se engraçar com um dos soldados.

Afazeres das LuasOnde histórias criam vida. Descubra agora