5175 Wards
Guerras sempre serão guerras, não há uma única diferença.
Mortes, perdas e dor. É isso que elas trazem; e eu não consigo imaginar um único ponto bom com elas. Fico imensamente feliz que meu querido irmão mantenha nosso povo longe deste tipo de coisa, e depois de voltar da minha primeira, espero que realmente esta seja a única.
Foram dias extremos, onde a fome e a dor eram nossas maiores companhias e o pavor nosso guia.
Olhava o semblante vazio daquelas pessoas, sentindo como se todo aquele ambiente me tomasse as esperanças e a vontade de fazer qualquer coisa; quase mergulhando na mesma desistência pela fraqueza de meu corpo.
Sempre me considerei o mais poderoso e imbatível guerreiro de meu reino, e me via como uma força incapaz de ser derrotada perante meus rivais e tentativas falhas, entretanto jamais concebi um pensamento tão sádico como os que testemunhava em combate.
As estratégias usadas pelos generais daquela terra eram grotescas, valia mais a pena perder e morrer do que ser vitorioso desta forma. Parecia... Não. Era errado. Extremamente errado.
Não era atoa que este lugar estava queimando...
oOoOoOo
Ela estava estática, enquanto ele olhava tudo com certo encanto.
O reino estava a um galope de distância, alcançável aos olhos mas distante o suficiente para não ter noção de nossa presença.
Olhava ao meu redor e percebia que os draconatos estavam próximos, nos ignorando como inimigos mas curiosos com nossa presença. Afinal viemos do mar, sem o mínimo de armamento; sem um imenso navio ou uma frota deles, sem nada.
E portanto não demorou até que um deles se aproximasse de nós.
Apenas um.
Acredito que esta atitude seja por não desejarem nos intimidar... entretanto tinham completa noção de que apenas um deles já fosse um problema para lidarmos, mesmo que os demais não viessem o ajudar.
— O que fazem na costa, humanos? Estão perdidos? — o ser reptiliano de escamas avermelhadas com tons dourados comenta em um tom marcial.
Se trajava com armadura leve e localizada em partes sortidas de seu corpo, quase como se fosse um traje cerimonial elegante e não algo para sua defesa pessoal em combate. Os tecidos da roupa se mesclavam ao coro e a pele de uma forma tribal, entretanto elegante; me dava vontade de ter uma roupa daquela.
— Eu sou o príncipe Los do reino de S-top.m. — Me apresento com uma mesura e logo ela me olha surpresa, havia esquecido de a revelar sobre quem eu era. — Vim tentar resgatar o povo, que é inocente perante os atos de seu rei. — Me curvo a fim de não demonstrar imposição, e percebo olhar para traz e fazer um sinal chamando alguém de seu bando.
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Afazeres das Luas
CasualeUm reino mágico cheio de histórias que enriquecem o imaginário; onde os cinco herdeiros dividem os holofotes revelando não apenas seus pontos de vista, mas ângulos que apenas eles poderiam. Acompanhe a mudança da coroa e o que essa nova geração é ca...