3.2- ...lado da...

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Achava que sabia tudo o que precisava saber, como um barco e os navios funcionam, como lutar caso necessário e também me comunicar para evitar problemas desnecessários

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Achava que sabia tudo o que precisava saber, como um barco e os navios funcionam, como lutar caso necessário e também me comunicar para evitar problemas desnecessários.
Mas... Ainda não entendia como uma embarcação flutua dessa forma, era jovem para ter força física e tempo de treino como meu irmão mais velho, e além disso... só sabia falar o meu idioma nativo.

Era uma embarcação monumental.

Linda com sua madeira esculpida em entalhes fortes. As velas não eram simplesmente brancas, se tratavam de um tecido forte todo ornado feito pelas melhores tecelãs do reino que eram verdadeiras artistas. Pareciam até tapeçarias e não velas.

Eu me perdia no tempo olhando todos os detalhes do navio, que parecia uma grande escultura em madeira.

Passamos pelas corredeiras fortes e haviamos sido jogados no oceano calmo rumo a passagem por dentre os muros, a única que conhecemos mais próxima de nosso reino.

O povo se preocupava com essa ruptura e pedia que os reinos se unissem e fechassem os muros novamente por medo do desconhecido, mas o ser humano é assim... enquanto uns temem outros sentem uma intensa atração.

Era a eterna guerra entre segurança e liberdade.

Sem a densa armadura pesada, subir no caralho era fácil e permanecia todo tempo que podia ali observando toda a vastidão de nada ao nosso redor. E por conta disso, os dias e noites navegando pareciam incrivelmente longos. Parecia ser capaz de caber uma semana inteira dentro de cada hora, passada ali.

Um fato importante era que sempre precisava de alguém de olho no timão, e essa função era dividida entre os tripulantes. O navegador, guiava e os demais apenas precisavam manter o rumo revezando essa vigia até novas ordens e depois novamente revezando.

E assim chegamos a uma costa lisa, sem pedras onde continha areias brancas e macias apesar de escaldantes. Todos estranharam aquela beleza de lugar, enquanto não pude deixar de comparar ao nosso rei; um ambiente tão cativante e encantador assim tão caloroso. Parecia que aquela praia abria os braços para nos receber, tirando as pedras que poderiam naufragar a embarcação.

Acampamos na praia mesmo, e caminhamos um pouco cautelosos pela mata nos dividindo em grupos, um para cuidar do acampamento, outro para ficar de apoio e reforço e um para explorar.

Me sentia uma criança hiperativa olhando a tudo. Tantas frutas e folhagens novas, as catalogava uma a uma desenhando-as enquanto os demais coletavam amostras para testar, mas logo um odor maravilhoso nos cativou e preocupou. Alguém estava cozinhando.

Trocamos olhares e seguimos com cautela o odor, logo nos deparamos com uma vista assustadora e inacreditável. Ali dentre as folhas havia uma vila, tão antiga e perdida no tempo que não fazia sentido existir:

Afazeres das LuasOnde histórias criam vida. Descubra agora