capitulo dieciocho

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Camilo coçou a nuca e observou as fotos.

— Acho que até tem, hermosa. Mas quem deve saber melhor é a Abuela.

S/n abraçou a cintura do menino e o observou brincar com o seu cabelo.

— Amanhã eu venho aqui então. Vamos aproveitar enquanto isso! — Disse animada enquanto andava rapidamente para fora da casita.

Camilo a interrompeu e puxou ela até seus braços.

— Mas antes, você sabia que seus olhos brilham mais do que as estrelas? — Cantou a menina, fazendo a mesma dar risada.

— Essa foi a pior de todas, Camilo.

Os dois voltaram para a festa, com o objetivo de pegar o resto dos quitutes de Julieta.
A mesma observou os dois encherem o prato de comida, com graça brincou com eles.

— Sorte que a casita não está aqui para impedir você de pegar mais, Camilo !

— Eu tento, né ! — Riu o menino enquanto enchia a boca de quitutes.

Diante de todas aquelas pessoas, os dois adolescentes sentaram na beira da calçada, com dois pratos cheios de quitutes.

— Tô pensando em fazer uma pegadinha com a Isabela... — Falou Camilo de boca cheia.

— Por que você implica tanto com a Isabela? — Riu s/n observando o menino mastigar.

— Ela é chata...

A música foi a atenção dos dois, que continuavam comendo enquanto assistiam Antônio e Miguel dançarem sincronizado.

— Eles realmente se tornaram amigos, não é mesmo?

Camilo sorriu e respondeu:

— Sim, fico feliz em ver Tõnito se divertindo com alguém da idade dele.

A menina colocou o prato no chão e apoiou o rosto nas mãos, observando melhor os pequenos.

— É tão fofo o dom do Antônio, não é? Falar com os animais... é algo tão delicado.

Camilo que até agora estava concentrado em seu último pedaço de quitute, levantou um olhar confuso para a menina.

— você sempre baba no dom do Antônio...

S/n revirou os olhos, sorrindo para si mesma, e tentou tranquilizar o parceiro.

— Camilo, eu acho o dom do Tõnito uma graça, assim como o seu.
O seu dom também é incrível.

O metamorfo rapidamente se transformou em seu irmão mais novo, fazendo pose, assustou sua amada que até agora pouco estava focada em seus pensamentos.

— Viu?!, agora eu estou uma graça! — Disse arrancando uma risada da menina.

— Deixar de ser ciumento, Madrigal.

A garota levantou com dificuldade, ajeitando a saia e o cabelo estendeu a mão para o menino que a olhava atentamente. Sem presa, ele segurou a mão dela, ficando de pé ao seu lado.

— E se o resto da noite for apenas dança? — Perguntou s/n, colocando a mais esquerda do menino em cintura.

— Vou ver se Tõnito aceita isso... — Riu Camilo.

O casal dançava a noite inteira, e mais uma vez recebeu grandes olhares.
Mirabel e Isabela que assistiam de longe, sentadas em um banco perto da mesa de comida, conversavam sobre a relação dos dois.

— Acha que ele amadureceu mais? Tipo... depois que conheceu s/n? — Mirabel perguntou, analisando os dois com atenção.

— Não! A s/n é uma dama, agora o Camilo é apenas um garoto... Mas, acredito que eles realmente se gostem. — Isabela respondeu.

— Está na cara que Camilo está apaixonado, olha o olhar encantado que ele tem. — Apontou Mirabel.

A noite já tinha acabado, muitos já estavam em suas casas e com muita insistência Camilo voltou para a casita com o resto da sua família.

— Camilo dançou a noite inteira com s/n ! Meu filho é um galã! — Gritou Félix com uma grande felicidade.

Tõnito se aproximou do irmão e falou divertido:

— Viu só?! " Você é o orgulho do papai, mocinho! "

Ângela entrou em casa com Miguel em seus braços, cansada se jogou no sofá com o pequeno em seu colo.
S/n tirou os sapatos e sentiu um enorme alívio em colocar seus pés descalços no chão fresco.

— Oh!, meus pés estão me matando!

— Também, dançou a noite toda com Camilo. — Riu mamá.

— S/n tá namorando ! S/n tá namorando ! — Miguel saltitou pela sala com os bracinhos levantando em comemoração.

A menina revirou os olhos com vergonha e andou descalça até ao seu quarto, separando sua roupa fresca para um banho.

Ao se jogar em sua cama depois de refrescar o seu corpo, seu cérebro a levou para hoje a noite.

As mãos de Camilo rodeando a sua cintura, enquanto os seus cachos faziam cócegas em seu nariz; diante da fresca da noite iluminada. "

Ela brincou com a pequena fita em seu dedo.

— Abuela?

Camilo entrou no quarto da avó, avistando a mesma colocado a vela em seu devido lugar.

— Sim Camilo? Saiba que eu não quero dançar hoje — Riu a mais velha — Minhas pernas não aguentam nem andar!.

O menino sorriu, coçando a nuca e olhando para um dos espelhos.

— Na verdade, amanhã S/n vem aqui.
Parece que ela reconheceu alguém nas fotos antigas e gostaria de ver um álbum de fotos da família.

Abuela franziu o cenho e logo sentiu uma curiosidade subir a sua cabeça, fazendo ela lembrar de uma coisa do seu passado.

— C-claro Camilo, sem problemas. Agora, deixe-me descansar um pouco.

— Obrigado, Abuela.

O metamorfo saiu do quarto com cuidado, dando de cara com a sua irmã mais velha.

— você ouviu não ouviu ? — Perguntou Camilo com as mãos na cintura. — Você poderia colocar aquele fone de crochê que Mirabel fez para você.

— Ouvi. Hum. Eu uso eles para dormir... Hum.

Dolores entrou em seu quarto sem dizer mais nada para o irmão, que a olhou confuso e seguiu para o seu quarto.

O quarto estava amarelo e brilhante.
Ele estava muito feliz pela noite de hoje, pois conseguiu aproveitar o máximo com s/n.

A cama que nunca está arrumada foi preenchida por Camilo, que pulou nela assim que entrou, e nem demorou muito para o sono pesado chegar.

— CAMILO! PARA DE COMER E VEM AJUDAR ! — Gritou Mirabel com uma cesta enorme nas mãos.

Alguns da família madrigal estavam arrumando a casita após a decoração da festa.

— Já vouu... — Reclamou Camilo enquanto era empurrado pela casita.

Mirabel colocou a cesta no chão, fazendo bico cruzou os braços e encarou o primo, que simplesmente bocejou e a olhou de volta.

— Preciso de um José! — Apontou para o alto, mostrando uma decoração que estava fora do seu alcance.

— José! — Cantarolou Camilo enquanto se transformava em um cara super alto.

Ele ajudou Mirabel, que simplesmente agradeceu o primo com deboche.
Ambos estavam com enormes cestas nas mãos carregando para o andar debaixo, mas um deles arregalou os olhos em atenção.

— Camilo, sua girl chegou ! — Isabela gritou da porta da casita, zombando com a cara do primo.

— Vai plantar coqueiro, Isabela !

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Adíos!

Con Flores  •Camilo Madrigal•Onde histórias criam vida. Descubra agora