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Capítulo 01 - Distração

N/A: Salve, salve, minha gente! Chegay para começar de vez mais uma adaptação. E só porque hoje é o início de fato da história, estarei postando dois capítulos para vocês 🥰

Simbora.

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Fim de tarde de sexta-feira, bem dizer, quase início de noite mesmo. Em certo apartamento, uma Sarah entediada se encontra sentada, com as costas apoiadas a cabeceira da cama, castigando o pobre do controle remoto da TV de tanto que muda de canal na vã tentativa de encontrar algo divertido para assistir e se distrair, mas nada lhe agrada, nem mesmo os canais da TV fechada têm algo interessante que lhe chame a atenção.

Aquela é somente sua terceira tarde/noite de folga forçada e está sendo igual às anteriores... Um pé no saco!

Preferia mil vezes estar no Departamento de Criminalística da LVPD, onde trabalha no turno da noite como CSI Nível 3, especialista em materiais e análise de elementos, do que estar em casa sozinha!

Porém não podia estar onde gostaria!

Motivo?

Um acidente sério no trabalho, que lhe deixará fora do departamento por no mínimo três meses.

Na última terça enquanto analisava o quintal de uma casa em busca de alguma evidência que pudesse ser relevante ao caso em que trabalhava com seu colega de perícia Caio, CSI nível 3, Sarah acabou vendo um vulto de alguém fugindo em direção a mata que ficava situada logo atrás do quintal. Ela gritou pelos policias enquanto sem pensar duas vezes já saía correndo atrás do fugitivo. Nisso poucos metros à frente acabou virando com força o pé esquerdo para dentro. Imediatamente caiu no chão já se retorcendo e gritando de dor, até que Caio e alguns policiais que vinham logo mais atrás chegaram nela. Ao perceberem que o problema da perita era sério. Eles acionaram os paramédicos, que chegaram em questão de minutos e sob gritos de dor de Sarah, imobilizaram a perna da loira da coxa até o pé. Após tal procedimento, a perita foi levada ao hospital às pressas. O Capitão de Homicídios da LVPD Rodolffo Matthaus foi lhe acompanhando na ambulância, já que Caio não podia deixar a cena de crime abandonada.

Já no hospital, Sarah foi atendida prontamente na emergência. Após alguns exames feitos, o médico deu o diagnóstico: uma grave lesão caracterizada como entorse de tornozelo de eversão, com ruptura completa do ligamento tibiofibular anterior. Resumindo, entorse de tornozelo grau III, que lhe afastaria do trabalho por no mínimo 3 meses e ainda lhe renderia algumas sessões de fisioterapia segundo o médico.

Diante de tal diagnóstico coube ao Gilberto, CSI nível 4, a tarefa de afastar a colega de trabalho, porque o homem era quem estava fazendo às vezes de supervisor desde o dia anterior, já que Juliette, CSI nível 4 e supervisora do turno da noite, para surpresa geral havia tirado suas férias acumuladas e viajado para sabe-se lá Deus onde.

Juliette... Só a lembrança desse nome já faz Sarah suspirar enquanto encara a TV. Ontem havia recebido uma ligação dela, que soube por Gil sobre seu acidente. A surpresa de Sarah foi enorme ao ouvir a voz da morena levemente preocupada do outro lado da linha.

A ligação não chegou a durar muitos minutos, mas foi o suficiente para acalentar o coração de Sarah. E quando a chamada se encerrou, a perita ainda não conseguia acreditar que Juliette tinha realmente ligado para saber como ela estava. Ficou feliz por isso!

Sarah é completamente apaixonada pela morena desde que se conheceram em um curso de Criminologia que ambas participaram em um verão há uns anos, muito antes de o destino se incumbir de colocá-las frente a frente e trabalhando juntas.

A loira adoraria ter Juliette ali consigo como uma namorada cuidando dela, lhe mimando e paparicando, mas isso só em sonhos mesmo, já que na realidade sua chefe vive fugindo dela e pior, lhe rejeitando de todas as maneiras. Daí a sua enorme surpresa quando ela lhe ligou, demonstrando preocupação.

Sarah já havia perdido as esperanças de um dia Juliette se render a ela. Para falar a verdade, achava que sua chefe sequer sentia algo especial por ela e, que os momentos agradáveis que compartilharam durante o curso de verão na Universidade da Califórnia, em Berkeley, não significaram tanto assim para a morena como para ela. Porém, em determinadas ocasiões, ela cogitava o contrário, quando em raros momentos, a supervisora cedia aos seus flertes lhe dizendo frases ambíguas ou sorrindo daquele jeito amável o qual Sarah cansou de ver na época em que a morena foi sua colega de curso e parecia ser uma mulher muito mais ''aberta'' a sua aproximação.

Ao longo desses anos em que se encontra em Las Vegas convivendo com Juliette, Sarah já havia tentado várias vezes se aproximar da outra para, quem sabe, romper a barreira que no passado não foi possível. Mas aí a supervisora cortava sempre qualquer tipo de aproximação com segundas intenções da loira.

Às vezes, a perita loira queria poder arrancar Juliette de seu coração. Quem sabe até se apaixonar por outro alguém e assim deixar sua chefe para trás, mas quanto mais rejeitada é por Juliette, mais seu coração doentio não consegue deixar de amar sua supervisora. É uma droga isso! Masoquismo mesmo!

Por diversas vezes já se questionou até quando isso vai durar. Quando deixará de amar Juliette para amar a outra pessoa que lhe corresponda e principalmente, lhe queira junto a ela?

- Juliette... Juliette... Por que é tão difícil deixar de te amar, quando você já me deu razões de sobras para isso desde que nós reencontramos aqui em Las Vegas?

Se for levar em consideração todos os passa-fora sofridos, já dava muito bem para ter deixado de amar a morena há anos luz. Só que não é bem assim que a banda toca. As coisas do coração não se resolvem como ou quando queremos.

Para o bem da sua sanidade mental e sossêgo de seu coração, a perita resolve deixar para lá os pensamentos acerca de sua chefe. E já cansada de torturar o coitado do controle remoto, Sarah o larga sobre o móvel ao lado da cama após desligar a TV.

Pegando seu notebook que está do seu lado na cama, ela resolve ''navegar'' pela internet para vê se ao menos através dela, consegue achar algo que lhe distraía e lhe faça esquecer a supervisora que tomou seus pensamentos só para lhe deixar mais triste do que já estava.

Alguns sites de música, cinema, vídeos, artigos forenses e Sarah foi encontrando boas distrações. Uma hora e meia de ''navegação'' e ela acaba parando em um site de relacionamento.

Balança a cabeça sorrindo enquanto encara a página do site.

"Por que não se aventurar?", uma voz sopra em seu subconsciente.

Não custa nada explorar o site. Quem sabe não fosse até divertido?

Ainda sorrindo, ela começa seu breve cadastro, pois somente assim a pessoa poderá navegar pelo site e ''conversar'' com outras pessoais pelas diversas salas.

''Apelido?"... Que apelido ela usará?

Sem muita ideia e disposição de ficar pensando em um bom apelido, a perita opta por colocar "espiã", que era o apelido pelo qual uma amiga sua dos tempos de colegial costumava lhe chamar.

Depois disso escolhe uma cor para seu nome, monta um avatar engraçado para si, que em nada se parece com ela atualmente, mas sim com a Sarah adolescente e na versão morena.

Cadastro feito!

Ela agora poderia navegar a vontade pelas salas do site. Mas para iniciar uma ''conversar'' com alguém, primeiro é preciso escolher uma categoria e depois uma das trinta salas ao qual se subdivide as categorias.

As categorias são em um total de quinze. As principais são: amizade, cidade, idade, namoro, sexo e há uma denominada de ''gostos em comum''. Esta categoria em específico, se subdivide em: animais; artes (música, cinema, teatro e literatura); carros; culinária; esportes; e mais outros tópicos.

Sarah opta por artes, já que é uma amante delas.

Das trintas salas apenas 23 estão com pessoas nelas. Algumas têm muitas pessoas, outras nem tanto.

A loira escolhe uma com um número que a seu ver é razoável, 28. Então entra na sala sem grandes expectativas, porém com a vontade de encontrar boas conversas e distrações naquele "local".