Capítulo 03 - Amigas

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N/A: Salve, salve, minha gente! Chegay com duas atualizações novas.

Bora dá aquela confundida na mente?!

⭐⭐⭐

— Serviço de quarto especial chegando.

Sarah sorri ao ver sua amiga Pocah entrar no cômodo equilibrando uma bandeja de café da manhã.

— Sério, Pocah, não tem necessidade de você vir pra cá depois do trabalho e servir de minha babá. Você deve estar morta de cansaço e ainda vem bater ponto aqui.

O médico que atendeu Sarah, um velho conhecido seu, sugeriu uma enfermeira para ficar com a loira nesses primeiros dias dela com o pé imobilizado, já que sabe que ela mora sozinha e no seu estado não pode fazer qualquer esforço, pois o repouso nesses casos são de suma importância para a reabilitação da paciente. Mas a perita loira cabeça dura recusou a oferta do médico, alegando ser um exagero isso. Diante desta recusa, Pocah tomou para si a incumbência de enfermeira, sem sequer perguntar a amiga se ela aceitava.

— Primeiro... - Pocah anuncia enquanto já deposita sobre o colo de Sarah a bandeja que havia preparado à amiga logo que chegou a casa dela há meia hora. - ... Que babá soa bem estranho. Vamos colocar como "enfermeira particular" que fica muito melhor e mais bonito. - sorrindo, conserta a morena colega de trabalho de Sarah ao se sentar na cama e de frente para a loira. - E segundo, eu estou só um pouco cansada, mas você é minha amiga e só estou fazendo por você o que fez por mim quando fiquei em casa de 'molho' depois da explosão em uma das sala do laboratório. Lembra?

— Sim. - Sarah afirma sem titubear.

Aquele episódio foi um susto danado. Um pequeno descuido de João, técnico de laboratório, que colocou uma substância inflamável perto de uma máquina de calor na sua sala, acabou por causar uma explosão a qual destruiu o laboratório de DNA, ferindo gravemente o técnico e Pocah, além de destruir muitas evidências.

Enquanto Pocah esteve internada por conta deste episódio, Sarah foi visitá-la inúmeras vezes. E quando sua amiga e colega de trabalho foi para casa, a perita loira passou alguns dias sendo presença constante por lá, ajudando sua amiga no que foi preciso. Agora é a vez de Pocah de retribuir o carinho a sua amiga.

— Então, pronto. Além do mais, não serei sua única enfermeira.

— Como assim? - franzindo a testa Sarah encara confusa sua amiga que exibe um sorriso matreiro.

Pocah explica então que, os outros peritos colegas delas, a chamaram para avisar que haverá um revezamento. Cada dia um colega será o enfermeiro de Sarah até que ela já esteja liberada pelo médico para trocar a cadeira de rodas pelas muletas e assim começar a se movimentar pelo apê sozinha, o que será dali a cinco dias mais ou menos.

Sarah acha um exagero da parte dos amigos aquilo de revezamento.

— Isso não é preciso, Pocah. Pode avisar aos outros para não virem.

Não quer dar trabalho aos amigos. Eles têm suas vidas para cuidar, ao invés de ficarem ali cuidando de uma colega de trabalho que está com o pé imobilizado.

— Sarah somos sua família e família cuida um dos outros quando é preciso, sabia?

Família! Sarah nunca soube bem o que é ter uma. Nascida em Tomales Bay, uma hora e meia ao norte de San Francisco, a loira cresceu em uma família desfuncional onde seu pai era um alcoólatra abusivo e foi morto pela mãe esquizofrênica de Sarah quando a perita tinha seis anos. Depois dessa tragédia, a loira passou um tempo no sistema de assistência social, o que não a impediu de se formar no ensino médio como oradora oficial aos 16 anos. Ela frequentou Harvard com uma bolsa de estudos, passando para a pós-graduação na Universidade da Califórnia, Berkeley. Quando veio para Las Vegas há pouco mais de quatro anos, não imaginava que ia ganhar amigos tão especiais a ponto de vê-los com uma família de verdade.

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