SERKAN
Abro os olhos e a luz clara me incomoda, fecho os olhos por mais um tempo e volto a abri-lo novamente. Olha em volto e vejo paredes brancas, ao lado da minha cama tem um aparelho que faz barulhos irritantes. Logo percebo que estou em um hospital. Busco na minha mente o porquê de eu estar ali e aos poucos à memória vai voltando.
Lembro que saí tarde do escritório e que quando estava no estacionamento fui atacado com socos por 2 homens encapuzados que depois me empurraram para dentro de um veículo. Forço a mente tentando lembrar de mais coisa, mas não adianta. Sinto uma pontada forte na altura da costela - MALDIÇÃO! - exclamo. Tento levantar minhas mãos para ver o que é, mas não consigo, estou muito fraco. Sem contar que tem uma dezena de fios conectados em meu corpo.
A porta do quarto se abre e uma enfermeira aparentando ter uns 30 anos me olha e exclama:
- Sr. Bolat, que bom que o senhor acordou. Como se sente?
- Péssimo - digo
- Vou chamar o médico para examinar o senhor.
- Obrigada - digo.
Minutos depois o médico entra no quarto acompanhado da enfermeira, é um coroa alto de uns 60 anos.
- Boa tarde, Sr Bolat! Eu sou o Dr. Halil e vou examiná-lo agora. Você poderia me dizer se sente alguma dor? - pergunta.
- Estou com uma dor na altura da costela e um pouco de dor de cabeça. - Repondo
- Essas dores são normais. A enfermeira Nora te dará uns analgésicos. - Diz enquanto examina meus olhos. - O senhor se lembra do que aconteceu?
- Só uma parte, no qual fui agredido com socos e empurrado para dentro de carro.
Ele me observa atentamente
- O senhor levou um tiro, é um milagre que esteja vivo.
- Um tiro? - pergunto surpreso - Você sabe de mais alguma coisa?
- Sei, mas estou proibido de falar sobre isso antes de você falar com o delegado. - Diz levantando os ombros em sinal de desculpa.
- Como é que é? - Digo incrédulo - Eu exijo saber o que aconteceu!
- Eu sinto muito, mas não posso falar nada. - Diz o médico.
- Chama então o delegado logo. - Grito em frustração
- Vou ligar para ele, mas acho melhor você receber a sua namorada. Ela está aflita no lado de fora.
Olho incrédulo para o médico
- Eu não tenho nenhuma namorada. Agora por favor ligue para o delegado.
- Está bem, Sr. Bolat - diz sem se alterar e vira para enfermeira - Liga para delegacia e avisa que o Sr. Bolat acordou e que ele deseja ver o delegado imediatamente. - ela assente com a cabeça e sai praticamente correndo do quarto.
- Eu acho que dar tempo de você falar com sua namorada antes do delegado chegar.
Mas que porra! Qual a parte de não ter namorada ele não ouviu? Desisto de discutir com o médico e concordo com a cabeça apesar de não está muito a fim de receber Selin. Eu tinha terminado com ela 4 dias antes do acidente. Não aguentava mais suas crises de ciúmes. Sem contar que o tesão tinha acabado há meses.
Olho na direção da porta e lá está ela com uma calça Jean, camiseta e tênis. Seu cabelo loiríssimo está preso em rabo de cavalo. Era raro ver Selin em trajes tão básicos, ela sempre estava com o que era de mais caro e elegante.
- Amor, que bom que você acordou. Está se sentindo melhor? - diz com aquela voz fina que no último mês tem me irritado profundamente.
- Estou bem, mas acho que você esqueceu que eu terminei o nosso namoro. - Digo com impaciência.

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Recomeços
RomanceEda Yıldız teve uma vida muito difícil desde o falecimento de seu pai quando ainda era criança, e por consequências do destino acabou virando garota de programa. Um incêndio no local em que trabalhava foi a oportunidade que viu para reescrever...