Capítulo 7

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Eda

Olho para o Serkan  que se mantém em silêncio desde o momento que entramos no carro.  Eu ainda não conseguia acreditar na coincidência em ter a empresa dele responsável pela o projeto da cafeteria.  Como contratei o Anil para ficar a frente de tudo relacionando, não me prendi a detalhes como nomes das empresas contratadas. Ele me passava os orçamentos, os prós e o contras e eu tomava a decisão.

É claro que eu tinha ouvido falar da Artlife, e também sabia que o Serkan era o presidente da empresa, mas nunca considerei que ela, por ser considerada a melhor empresa de arquitetura da Turquia, ficaria responsável pelo projeto da minha cafeteria.

Foi um choque me deparar com Serkan ali, fiquei realmente desconcertada com a presença dele, mas depois que começou a apresentar o projeto consegui relaxar. Ele era realmente bom, o projeto  conseguiu captar tudo o que eu havia passado para eles.

Ver o Serkan no modo trabalho me deixou ainda mais encantada por ele, o que é um grande erro. Suspiro frustrada e decido acabar com o silêncio.

- Serkan, o que você quer falar comigo?

- Prefiro conversar quando chegar na sua casa.

-Eu disse que não posso ficar muito tempo, tenho um compromisso depois.

- Prometo que será rápido - diz e desisto.

Minutos depois estamos estacionando na frente da minha casa. Assim que abro a porta a minha gata Gece vem em minha direção e se esfrega em minhas pernas.

- Não sabia que você tinha um gato. - Serkan diz.

- Eu não tinha. Um dia cheguei em casa e a encontrei deitada no meu sofá. Até hoje não sei como ela conseguiu entrar aqui. Tentei colocá-la para fora, mas a bandida voltava. Então desistir, pois percebi que ela havia me adotado, então a batizei de Gece.  Falo e dou uma risada

- Os gatos aqui na Turquia fazem o que quer, se acostume. Não duvide nada em qualquer dia desses você chegar em casa e se deparar com uma quadrilha de gatos.

Ele diz rindo e se abaixa para fazer carinho na Gece, que na mesma hora vai para seu lado.

- Você quer beber alguma coisa? - Pergunto

- Uma água, por favor!

- vou pegar para você, pode ficar a vontade.
 

Assim que volto para a sala,  encontro Serkan  mexendo em alguns portas retratos disposto em cima de um aparador.

- Quem são?

- Na primeira sou eu com  minha amiga Gisele com sua filha Mariana que também é minha afilhada. Já na segunda sou eu quando criança abraçada com meu pai, e na terceira estou com a minha afilhada.

- Ela é uma graça - Ele diz

- É sim - Concordo.  - Então Serkan, estou esperando você começar a falar.

- Ele pega o copo de minhas mãos e da um gole na água.

- Eu quero conversar sobre o nosso último encontro. Sobre a forma que sai daqui, quero me desculpar.

- Olha Serkan, não  tem nada com o que se sesculpar. Nós somos dois adultos que resolveram  transar e depois cada um seguiu o seu caminho. - Digo, embora minha vontade era dizer que que fiquei magoada sim, mas eu era orgulhosa demais para assumir.

- Eu não penso assim. Aconteceu algo entre nós e tenho certeza que você também sentiu. Confesso que fui idiota na forma que agi no dia seguinte, mas eu estava confuso demais com os sentimentos que eu estava sentindo naquele momento. Porra, eu havia acabado de te conhecer.

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