8. My crazy and amazing family

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— O quê? — eu disse o olhando surpresa e descendo as minhas pernas até o chão. Me afastei de Justin para poder olhá-lo fixamente nos olhos — O que você disse?

                — Eu disse: Oi, meu amor. — ele sorriu, mas eu fiquei perplexa o olhando. Era possível que ele estivesse se lembrando de mim ou era só mais um joguinho desse novo Justin?

                — Você... — eu tentei começar a pergunta, mas ela se cortou no meio da frase e eu fiquei apenas o olhando incrédula.

                — Não de tudo. Mas as cartas virtuais me ajudaram, me lembrei daquele nosso primeiro encontro e da minha partida, e sinto muito por ter sido apenas isso. Quer dizer, eu vou me lembrar de tudo ainda, né? — ele disse, mas aquilo era bom demais, quer dizer que suas memórias poderiam retornar para si. E eu teria o homem da minha vida novamente. Não notei sua pergunta, mas concordava o tempo todo com a cabeça.

                Abracei-o apertado e chorei em seus ombros, ambos ainda estávamos com os corpos nus e molhados do chuveiro. As lágrimas que caiam de meus olhos por toda a extensão de seu corpo, nem faziam diferença para ele, mas Justin me apertava contra seu peitoral esculpido pelos deuses e dizia palavras reconfortantes em meus ouvidos.

                Eram coisas singelas, palavras doces, apesar do nosso sexo dentro do banheiro de um hospital. Justin afagava meu cabelo enxarcado e continuava a sussurrar palavras em meus ouvidos para me acalmar. E, de verdade, é desse Justin que eu gostaria de me lembrar para sempre e gostaria que ele fosse.

                Quando as lágrimas cessaram, me afastei de seu corpo e dei-lhe um selinho rápido. Ele sorriu para mim, o sorriso mais lindo que eu não via em dois anos. Sorri grande e completamente feliz.

                Ia beijá-lo, mas me auto interrompi de meu ato, para lembrar-me de que Patrícia e minha mãe viriam aqui querendo uma explicação do porquê me encontrava em solo estadunidense tão breve de minha viagem e porque pedi que elas me encontrassem em um hospital e não em casa.

                — Temo que sua mãe esteja chegando e seja melhor nós sairmos daqui — eu ri em sua boca dando-lhe um selinho, que logo foi retribuído por ele com tantos outros.

                — Temos mesmo? — ele perguntou olhando-me dentro dos meus olhos e eu concordei com a cabeça.

                — Você se lembrou da Clara ou de nossas mães também, ou ainda não? — retruquei com uma pergunta, um pouco exasperada para saber a resposta.

                — Não, sinto muito. Só tive alguns flashes. Acho que se nós ficássemos no banheiro, transando por mais algum tempo, eu poderia me lembrar de como fizemos a nossa filha. — ele ironizou safado, aproximando seu corpo do meu e me prensando contra a parede.

                — Não, Justin Bieber! Vamos sair, sua mãe logo vai estar aqui com a minha mãe e a nossa filha. Depois eu te lembro como fizemos ela. — eu ri e abracei seu pescoço.

                Demos um beijo, de meu lado cheio de paixão, do lado de Justin cheio de desejo e vontade por muito mais do que um simples beijo. Felizmente, ele, hesitantemente, me soltou de seus braços. Olhei para as minhas roupas ensopadas no chão e suspirei.

                — E agora? — perguntei.

                — Diz que eu te dei trabalho no banho. — Justin disse simples dando de ombros. Eu ri de sua capacidade de ter um raciocínio tão rápido para essas coisas.

Through Chance [reescrito]Onde histórias criam vida. Descubra agora