Brothers mc 1.5: Escuridão sem fim

Por Max

Por Snake

Escuto o barulho da grade se abrindo e passo por ela. O sol quente bate em meu rosto. Fecho os olhos e enfim posso dizer que estou livre. 8 anos preso por matar aquele maldito do Puck.  Vejo um impala preto e caminho até ele, abro a porta e vejo Galã no banco do motorista e Ruivo no banco do passageiro.

_ Vai atrás. - Diz Ruivo com a voz cansada. Alguma coisa aconteceu.

Galã da partida e vamos quase a metade do caminho em silêncio.

_ Ainda bem que estão felizes em me ver.

_ Desculpa Snake, mas infelizmente você não voltou em um bom momento. - Ele começa a me explicar tudo que aconteceu e sinto meu coração apertar pela pequena Luna. Ruivo me mostra o celular com uma foto da pequena. Ela era uma graça e dava pra ver que era feliz. Seu sorriso era largo. O meninho também é lindo.

_ O clube inteiro está em luto. A gente não sabe como ajudar.

Ruivo está com a voz trêmula. Perder um filho não é fácil, ainda mais de forma tão repentina. Mas barão não pode se deixar cair assim.

Depois de horas o carro para em frente ao portão cinza que um dia foi tão familiar para mim. Lar. Esse lugar sempre será meu lar e eles meus irmãos.
Saio do carro e caminho para dentro do complexo. Passo pelo canil e vejo Dona deitada em silêncio. O clube se encontra em total silêncio. Assim que passo pela porta da sala vejo um menino de mais ou menos 4 anos desenhando em cima de uma mesa em um pedaço de papel. Quando me aproximo vejo que ele é o menino da foto, então ele deve ser o Max. Olho para o papel e tem um círculo desenhado. Apenas isso um círculo torto, mas ainda sim é  um círculo.

_ Oi Max. - Ele levanta a cabeça. Ele estava chorando.  Seus olhos estão enchados.

_ Oi. Quem é? - Pergunta ele.

_ Meu nome é Kevin,  mas pode me chamar de Snake.  - ele sorri,  mas não diz nada. - O que você está desenhando.

Ele simplesmente começa a pega seu caderno e seus lápis, depois de pegar tudo ele sai. Ruivo me olha sem graça. Caminhamos  em direção a sala de reuniões e assim que a porta se abre vejo John. Ele está magro. Seu semblante é de uma pessoa cansada que  não dorme a dias. Ruivo sai da sala e nos deixa a sós. 
Me aproximo dele e o abraço. Sinto algo molhar minha camiseta. Ele está chorando.

_ Sinto muito. - Digo e me afasto dele. Ele tinha se levantando. Vejo ele se aproximar da janela e ficar ali.

_______________ Por Barão ___________

_ Max vai se sentar. - Digo quando vejo ele cruza os braços.

_ Eu quelo ir pra casa. Eu quelo minha lua. - Diz ele. Sinto meus olhos se encherem de lágrimas novamente. Ele pergunta dela o tempo inteiro e eu simples não sei o que dizer.

_ Max  não podemos ir pra casa. - Digo e ele começa a chorar.

_ Maiz lua tá sosina. - Diz ele entre soluços. Eu não aguento mais.

_ CHEGA. - Digo pegando seu braço e levanto ele no ar. - Chega de falar da Luna. CHEGA.

_ Pai. - Connor pega Max que está chorando assustado. - Você tá ficando louco. - Diz Connor tirando Max da minha sala. O tempo passa e só volto a mim quando vejo Snake parado na porta junto de Ruivo.
Quando ele me abraça não consigo mais segurar e choro em seus ombros. Ele se afasta e diz que sente muito. Vou para perto da janela e fico vendo o movimento no pátio do complexo.

_ Você não pode ficar assim - Diz ele me olhando.

_ Você quer que eu pulo de alegria. A minha filha morreu. - Digo me sentando no chão e olhando para meus pés.

_ John. O que aconteceu infelizmente foi uma fatalidade.  A missão da Luna aqui na terra foi curta, mas ela sempre estará aqui de alguma forma. - sinto a mão dele em meu ombro. - Por Max.  John, Max precisa de você assim como Olivia.

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