All Alone (TWD-Dixon)

11

Foi decidido então quem ficaria e quem iria para as ruas. Eu iria permanecer no hospital junto com Maggie e Michonne, cuidando do restante dos moradores junto a mais algumas pessoas que haviam chegado no recinto. Já Rick, Daryl e Abraham, iriam até o arsenal com o objetivo de pegar o máximo de armamento que conseguissem.

Era estressante estar prestes a abrir aquela porta novamente. Denise tinha feito um curativo descente em Maggie e eu estava apenas ajudando as pessoas pelo local, como a médica havia me orientado a fazer.

— Se precisarem de algo, me chamem! — Avisei a uma mulher e me levantei de onde estava abaixada, indo em direção aonde Carl estava em repouso. Ele ainda não havia recobrado a consciência, mas parecia estar estável segundo Denise.

— Já vamos ir! — o Grimes avisou, dando um beijo na testa de seu filho que se encontrava deitado dormindo, em seguida o homem arrumou uma mochila nas costas.

— Cuidado! — Foi o que Michonne disse pra este que parecia extremamente inquieto.

Na verdade, eu não o julgava. Seria estranho se ele estivesse em paz diante a toda aquela situação.

— Tenham cuidado e não abram essa porta! — Daryl falou, me olhando por breves segundos antes de seguir o outro homem, que estava a se aproximar da barreira feita por uma estante em frente a porta.

— Logo voltaremos! — Foi a vez de Abraham.

Aquilo tudo soava como uma fúnebre despedida. Era agonizante e aos poucos senti que o peso da tensão havia voltado para minhas costas. Foi aí que eles finalmente abriram a porta.

Rapidamente os homens estavam na rua e nós tapamos novamente a passagem. Foi por bem pouco tempo que conseguimos os ver, já que logo eles desapareceram novamente da visão qual a janela conseguia nos dar.

Esperar talvez seja a pior parte. Enquanto a pessoa está na sua frente, você sabe exatamente sua situação. Mesmo que ela esteja mal, você pelo menos tem noção do que está acontecendo. Quando ela sai do seu campo de visão é que a ansiedade começa a agir.

Além disso, o que poderia ter acontecido com Sasha e Glenn? Ainda não fazíamos ideia e Maggie seguia com um semblante atordoado, que se intensificava conforme as horas iam se estendendo.

Por ora, dentro das paredes do hospital tudo estava bem. Bom, pelo menos foi o que pensei por alguns segundos. Um burburinho se iniciou em um canto da sala. Observei atentamente os olhos assustados de uma mulher em direção ao seu marido. Me aproximei sorrateiramente enquanto os via se entreolharem com uma expressão triste.

Foi aí que no ombro do homem, notei uma mordida. Em meu campo de visão pude notar que Michonne também havia se aproximado e identificado o mesmo que eu.

— Temos que prender ele! — Ela foi direta. Todos então passaram a focar naquele assunto. Era como se o clima do recinto tivesse se tornado ainda mais denso.. bom, se isso era possível.

— Não podemos esperar mais um pouco? — A mulher aos prantos questionou abraçando o homem. Suspirei, eu conseguia imaginar sua dor, mas entendia o lado de Michonne e ela estava certa.

— Não sabemos quão rápido pode agir e vocês nem sequer nos avisaram. Entraram no hospital cheio de sobreviventes e nõ se preocuparam com o bem estar geral! — Foi curta e precisa. — Maggie, Helena, chequem o restante do pessoal. E vocês, venham comigo! — Foi tudo o que ela precisou dizer para que com a ajuda de sua esposa, o homem levantasse do chão e a seguisse.

Michonne prendeu o pulso deste com uma algema à grade da janela. Nessa posição ele conseguia ao menos ficar deitado em uma maca. A janela obviamente estava fechada e com as cortinas da mesma forma.