Acordei sem entender bem o que estava acontecendo, em um quarto branco e arejado, mas aos poucos minhas últimas lembranças foram recuperadas e eu me sentei desesperada na cama.
Pouco me importava com onde eu me encontrava, a questão era:
Onde Gemma estava e como ela estava?Olhei para os lados e identifiquei o ambiente como uma espécie de mini hospital. Suspirei com dificuldade e então recordei-me de minhas costas. Passei os dedos ali e senti um curativo sob o corte. Estava confusa e certamente o fato de estar viva era o que mais me espantava, apesar de tudo eu não iria ficar desprotegida ou sentada esperando por respostas. Por isso, tirei o acesso que se encontrava em minha veia, por onde eu aparentemente estava recebendo soro e lentamente me coloquei de pé
Levantei sofrendo com a dor e a tontura, me apoiando nas coisas em volta da cama e peguei da mesinha mais próxima um bisturi. Planejava sair quando notei passos e vozes se aproximando da porta. Me posicionei para que eu pudesse render a pessoa que ali entrasse e assim fiz.
Agarrei por trás e coloquei o objeto cortante rente ao pescoço de uma mulher, loira e de óculos. A mantive como refém, diante ninguém mais ninguém menos, que o cara que me golpeou, que acompanhava a mesma naquele momento.
— P-por favor, calma! — a mulher disse claramente nervosa, com sua gagueira denunciando sua surpresa e medo.
— Onde que a minha filha tá? Quem são vocês?! — berrei e o homem a minha frente levantou as mãos em sinal de rendição.
— Larga ela, Denise quem te ajudou. Você não tá em condições de fazer esforço. Somos do bem. Gemma está ótima! Confie em mim... — ergui uma sobrancelha. Como ele podia me pedir aquilo naquelas circunstâncias.. — Eu sinto muito pelo o que eu fiz. Me assustei contigo atrás de mim e acabei disparando! — se mostrou arrependido como se lesse meus pensamentos.
A minha visão estava ficando novamente borrada e fraca, realmente, eu não sabia de onde estava tirando forças para ainda estar de pé. Sem muitas escolhas e com meu corpo tremendo, pronto pra ir de encontro ao chão, larguei a tal médica e novamente o desconhecido me segurou antes que eu desmaiasse novamente.
Depois disso não tenho noção do tempo que levei para acordar, só sei que despertei com o sol batendo em meu rosto.
Abri os olhos incomodada com a claridade e pisquei um pouco para me acostumar. Sentei-me lentamente, sentindo meu corpo latejar. Eles haviam modificado minha cama de lugar, eu estava bem debaixo de uma janela.
— Você nos assustou, espero que dessa vez tenha mais calma... — O cabeludo de novo. Bufei. — Sou Daryl Dixon, como está se sentindo?
— Estou ótima! — Fingi plenitude e olhei para os lados, procurando por Gem.
— Ela está dormindo, é muito cedo ainda. Depois que você desmaiou de novo eu a trouxe aqui, mas você acabou não acordando. Está tudo bem! — como se tivesse lido minha mente, ele respondeu minhas perguntas. Assenti processando as informações .
— Onde é que estamos? — indaguei.
— Alexandria.. Antes de despertar ontem, você dormiu por quase dois dias...
[...]
— Mãe! — Gemma veio correndo me abraçar. Quase perdi o ar com o impacto e Daryl que me acompanhava a segurou.
Após eu ter despertado novamente fiquei algum tempo ainda me recuperando, até que Denise me deu alta para ir encontrar Gem.
— Calma, ela ainda não tá 100%!
— Que bom que você está bem, fiquei com tanto medo. Aqui é tão legal, você viu?? — a pequena me disse com os olhos brilhando e eu sorri fraco, assentindo. Eu apenas tinha andando o suficiente para vir pra casa de uma tal de Carol e o pouco que vi da comunidade me impressionou. Não posso negar que os muros altos aqueceram levemente meu coração.

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All Alone (TWD-Dixon)
FanfictionHelena costumava ser uma garota feliz, acesa como fogo. Seu nome trazia um pouco de sua essência consigo, tinha como significado tocha em grego. Porém, toda essa alegria foi deixada para trás no "mundo pré-apocalíptico". Antes dos mortos vagarem pel...