Emília POV
Sábado, 02:38 a.m.
Andi ainda não conseguia acordar, mas soltava diversos grunhidos de dor. Eu estou com ela deitada em meus ombros á levando para enfermaria, para nossa sorte o atendimento médico do acampamento era 24 horas por conta de atividades noturnas. E como Andi é mais alta que eu, estou com algumas dificuldades de manter o equilíbrio, mas sigo em pé.
O horário nos permitia a vantagem de ninguém estar acordado, então a levaria para enfermaria e não contaria a nenhuma pessoa. Para não fazer alarde nestas horas da madrugada, e também amanhã Andi estará melhor e mais disposta, creio eu.
Com muita dificuldade bato na porta da enfermaria, que prontamente é aberta pela enfermeira Melanie, que se assusta com o estado em que estamos. Ela me ajuda a passar Andi para uma cama e começa a procurar remédios e outras apetrechos para cuidar dela.
- Aonde você a encontrou? É a menina desaparecida, não é? - Melanie questiona enquanto começa a limpar o rosto de Andi
- Sim, ela mesma - respondo - Estava vasculhando algumas áreas, e a encontrei
- Essas horas na madrugada? Coragem - diz - Importante que a encontrou, pois tem muitos ferimentos no rosto e principalmente nesse tornozelo, que eu acredito ter sofrido uma torção feia. Vou demorar um pouquinho aqui, porque estou sozinha hoje e tem bastante coisa pra fazer
- Tudo bem, vou ficar aqui esperando - digo indo me sentar em uma cadeira próxima a cama
- São amigas? - ela pergunta
- Mais ou menos, é complicado...
- Entendo. Parece que a situação aqui não foi nem um pouco boa - Melanie diz - Se assemelha com uma agressão física, como se tivesse em uma briga com alguém - disse - Também seu corpo estava bem gelado, pode significar sinais de que uma possível hipotermia encontrava-se a caminho...
Murmuro em concordância com a enfermeira. Eram muitas informações para processar.
Melanie nada mais diz e eu fico ali sentada esperando ela terminar seu trabalho. Vejo que ela limpou todo o rosto de Andi, aplicou alguma quantidade significativa de analgésicos para ir cessando a dor na medida em que ela fosse acordando. Ao finalizar os procedimentos, Melanie verificou se não havia mais nenhum vestígio de agressão ou fratura pelo corpo, por sorte a resposta era negativa.
- Pronto, Andi só precisa descansar - ela diz guardando as coisas - Quando ela acordar vai ter que explicar toda a situação, que não me parece se nem um pouco agradável
- E quando ela vai acordar? - pergunto
- O analgésico que eu injetei nela, vai deixa-la bem sonolenta, então provavelmente só de manhã - diz tranquila - Pode ir descansar na sua cabana, vou ficar por aqui observando ela, você parece cansada
- Não, estou sem sono, vou ficar aqui esperando ela acordar
- Tudo bem, vou ficar ali na recepção, qualquer coisa me avise - diz saindo da sala onde estávamos
Andi carregava uma expressão serena, talvez porquê a dor havia cessado e agora deveria estar se sentindo melhor. A cadeira não é nem um pouco confortável, mas eu não saio daqui até vê-la acordada e bem.
(...)
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Amor de Verão (Andi e Emilia)
Teen FictionDurante todos os anos nas férias, Andi é obrigada por sua mãe e padrasto a participar de um "acampamento de verão", onde ela e Emília Alo se encontram durante os meses da estação para uma ficada casual no acampamento de verão para adolescentes. Enta...