Crystal Frost [Snowbarry]

110 - The Dempsey

Barry não tinha mais o seu emprego como CSI, portanto restava-lhe apenas organizar o Flash Museum para assim arrecadar fundos.

— Eu nunca vou entender isso. - Diz ela olhando o local empoeirado. - Pessoas normais são muito burras ou eu que sou muito inteligente? - Ela passa o dedo em um móvel deixando um rastro em meio a poeira na parede.

— O que você quer dizer? - Pergunta Barry desempilhando as caixas atrás da menina.

— Como as pessoas não te associaram ao flash ainda? - Barry encara a menina que ainda olhava ao seu redor. - Você sempre sumia de seu trabalho, sempre aparecia nas cenas segundos após acontecerem. E você sumiu por meses, assim como o Flash.

— As pessoas estão assustadas demais para repararem nisso. - Ele responde pegando uma caixa e colocando na mesa. - E como sabe dessas coisas? - Não houve resposta.

— Essa aqui me assusta. - Diz ela encarando o manequim coberto por um lençol branco. Barry tirou uma arma dentro da caixa e a colocou em cima da mesa, em seguida se aproximou da menina.

— Você nem ao menos viu. - Crystal puxou o lençol revelando uma réplica exata do uniforme que Zoom/Hunter costumava usar.

— Zoom. - Seus olhos se tornam violeta. - Ele sequestrou minha mãe. - Imagens borradas de momentos entre Zoom e Caitlin passavam na mente da menina. - Ele a enganou. - seus olhos voltaram ao normal. - Ela ainda tem pesadelos. - Barry suspira.

— Vem... - Barry segura a sua mão. - Vamos arrumar isso aqui.

— Você tem super velocidade e eu telecinese, não vai demorar muito. - Barry ri.

— Eu tenho super velocidade, você tem telecinese e o museu tem portas de vidro. - Crystal resmunga. - Vamos... Com sorte terminamos tudo antes do almoço, o que gosta de comer?

— Yakisoba. - Cantarolou.

— Então iremos almoçar Yakisoba, depois de pelo menos arrumarmos as armas dos vilões. - Crystal sorriu para Barry.

Os dois começaram a arrumar e desempacotar as coisas no museu, Crystal sempre curiosa perguntava sobre as armas e se funcionam, elas não funcionavam, afinal, seria perigoso, tudo o que tinha ali eram réplicas exatas de armas e uniformes dos vilões.

Perto das onze da manhã, os dois já estavam cansados e Barry pediu a comida para almoçarem. Crystal estava sentada em uma mesa, folheando um livro com imagens tiradas dos arquivos da cidade.

— Aqui é quase que um bíblia contando todos os acontecimentos feitos pelo salvador de Central City, o Flash. - Ela diz como se Barry não soubesse sobre. — Esse livro é único? - Ela pergunta encarando Barry. O livro era grande, parecia livros de feitiços, a capa era de couro e as folhas grossas, como um livro antigo.

— Sim... - Ele responde. - Esse livro foi escrito por H.R.

— Ele morreu no lugar da Iris. - Barry suspirou, quantas vidas foram perdidas e arruinadas na tentativa de salvar apenas uma? Ele criou uma tremenda bagunça e agora percebia o estrago que havia feito ao longo desses anos. A verdade é que Barry só teve a noção da gravidade de seus atos, ao ver Crystal e a tamanha injustiça que uma criança passava. - Meu favorito. - Ela mostra para ele a página onde havia coisas sobre Shawna Baez. - Se transportar deve ser muito legal. - Ela volta a observar a página.

— Você não tem teletransporte? - Crystal nega.

— Eu posso enganar seu cérebro e fazer você me ver em um lugar, mas na verdade eu estou em outro, tipo um holograma. - Ela tira os olhos do livro. - Mas apenas isso. - O celular de Barry toca e ele vê uma mensagem do amigo "Venha para o laboratório agora. É urgente." Ele guardou novamente o celular no bolso e avisou que precisava ir ao laboratório, Crystal fechou o livro o deixando em cima da mesa e com impulso pulou da mesa para as costas de Barry, que a levou para o laboratório.