XXXIV. Sentidos

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Oi gente, bom dia/boa tarde!

Como vocês estão? Tudo bem?

Confesso que eu estou morrendo de ansiedade! Espero que vocês gostem do capítulo, ele é o maior da fic até o momento hehehehe

Obrigada pelo apoio de vocês, escrever Servante tem sido uma experiência incrível. Quem puder usar a tag da fic, é a #ServanteTK no twitter.

Eu sugiro fortemente a leitura junto com as músicas (principalmente a última). O link da playlist está na minha bio :)

 O link da playlist está na minha bio :)

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Música: Ex Cop - Hans Zimmer

Taehyung passou a ponta do dedo sobre a boca da jarra delicadamente, traçando a circunferência, sentindo um pouco de poeira grudar em seus dedos.

Diferentemente de Taehyung que usava a jarra e os copos que tinha para beber água ou — raramente — vinho, Edmund parecia ter as peças apenas para expô-las.

Com usos diferentes ou não, os objetos eram quase idênticos. Salvo pelas diferenças naturais que um trabalho artesanal tinha de outro, o conceito e formato eram os mesmos.

Taehyung poderia alegar uma coincidência… Afinal, eram peças simples, que poderiam facilmente ser replicadas. Mas ele já tinha as suas por alguns anos, e conhecia cada ranhura que compunha a argila delas. Estava certo que tinham sido moldadas pelo mesmo artista.

Lembrava-se bem de quando as ganhara.  Estivera na biblioteca de Kauput's Wolf, estudando filosofia como parte de seu treinamento. Fazia uma leitura de Platão, que relatava o último dia de vida de seu mestre, Sócrates. O mestre falava com seus discípulos sobre a imortalidade: a morte, para ele, era apenas uma separação entre alma e corpo. A alma era imortal.

Depois do diálogo, Sócrates tomaria um cálice de veneno feito de cicuta para cumprir sua sentença de morte.

A leitura de Taehyung havia sido interrompida por um homem puxando a cadeira em frente a sua ruidosamente. Taehyung levantara os olhos para encontrar um rosto meio coberto por uma máscara: o lado esquerdo do homem desaparecia debaixo de uma barreira de couro preto. A máscara também era descoberta nos lábios, olhos e narinas. Ele não exalava cheiro, então Taehyung supusera que tratava-se de um beta também.

A parte exposta da sua pele no rosto revelava uma constelação de cicatrizes. Vestia uma túnica marrom longa e surrada nas barras, dando pistas de ser um viajante.

Fédon — o desconhecido falou, referindo-se ao nome do livro. — Um dos meus prediletos.

Taehyung ficara estatelado, intimidado pela presença por um instante, procurando uma resposta para dar. O homem dera uma risada rica e acolhedora.

— Eu ensino filosofia.

Taehyung havia ajeitado a postura, fechado o livro com delicadeza. Personificando o estudante aplicado, ele havia direcionado toda sua atenção ao professor.

Servante (jjk + kth) (ABO) - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora