chapter 20 | little sick

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Quando eu acordei, dada não estava na cama. Eu estava me sentindo fraquinho, não quis levantar e continuei a dormir, acho que o dada estava na sala ou na cozinha fazendo alguma coisa e me esperando acordar. Mas depois ele entrou no quarto e me deixou um beijinho, e eu me virei para ele.

— Dada, tô' com sono. — falei, me abraçando á suas pernas.

— Amor... Você está um pouco quente. — ele falou com a sua mão na minha testa, e como eu estava de olhinhos fechados, talvez ele estivesse com a própria mão na sua testa.

Ele se levantou e eu abri os olhinhos bem pequenos, vendo ele trazer depois de um tempinho: um termômetro e aquele remedinho amargo que ele me dá. O Yoongi grande consegue tomar aquele remédio, eu não sei como, porque o Yoonie não gosta de tomar aquele remedinho ruim.

— Nem adianta reclamar, você tem que tomar. — ele colocou o termômetro debaixo do meu bracinho, e fiz bico com seu comentário, já que eu não queria tomar aquele remédio.

— Mas dada, esse remédio não... — choraminguei, eu já estava aparentemente dodói e ele queria me dar um remédio ruim, iria me deixar pior, não é?

— Então posso te dar um banho frio, não posso? — ele me perguntou tirando o termômetro debaixo do meu braço, eu neguei com a cabeça e fui olhar o termômetro junto com ele. Eu não entendia aquilo, porque tinha números e letras juntos?

— Dada, o que é trinta e nove "cê"? — perguntei o que aparecia na telinha do termômetro.

— É trinta e nove graus, você está quase queimando de febre amor. — ele balançou de novo o termômetro e e deixou na cama. Me deitei de volta e escondi a boquinha quando eu vi ele pegar o remédio e a colherzinha, não ia tomar, não não e não! — Yoongi...

— Dada, no no. Eu não quero. — ele ficou parado olhando para mim, sem me responder. Sempre que ele fazia esse "ar misterioso" eu ficava irritado, pois não sabia o que ele iria fazer.

Mas logo ele levantou e foi até o banheiro, e eu entendi que ele iria preparar um banho frio para mim. E eu também não queria, banho frio seria pior do que o remedinho, pois eu ficaria tremendo e ia demorar para entrar na água.

— Dada não! Eu tomo o remedinho, mas banho não. — pedi e ele parou na porta, se virando e voltando com a colherzinha.

Abriu a boca indicando para eu abrir também. Ele colocou a colher na minha boca e eu bebi o remédio, resmungando logo em seguida. O gosto não era nada bom, engoli a pulso. Era muito ruim, reclamei colocando a língua para fora, e logo o dada me deu um copinho de água, que só deixou pior!

— Dada, muito ruim... — comentei, vendo ele rir de mim.

— Vamos comer alguma coisa lá em baixo, ai tira o gostinho ruim da boca. — ele se levantou e estendeu os braços para mim, me fazendo estender de volta e ir junto com ele no colo.

Descemos as escadas e ele deixou eu andar até a bancada onde a gente almoçava. Ao me sentar e ver o fogão cheio de comida boa, bati palminhas. A comida do Tata era muito, muito boa, e tinha muita comida favorita minha no fogão, eu estava louquinho para comer logo.

— Dada, eu quero o bulgogi e o arroz com ovos. Eu também quero aquele ali, tem sopinha? — perguntei de uma vez, e ele se aproximou do fogão com o meu pratinho na mão.

— Calma meu amor, tem muita coisa aqui para você comer, mas devagar e um de cada vez. — ele falou e eu assenti, se eu comesse muita coisa de uma vez eu poderia ficar dodói de novo.

— Então... Então eu quero o arroz e o bulgogi. — respondi apontando para as panelas. Ele colocou tudo no meu pratinho e pegou meu suco na geladeira, deixando sobre a mesa. — Você não vai comer dada?

— Não, eu ainda preciso fazer algumas coisas antes de comer. — ele respondeu, se sentando na minha frente enquanto juntava um pouco do arroz na colherzinha. Ele não tinha percebido que eu estava irritadinho até levantar o rosto para mim. — Que cara é essa?

— Dada, tem que comer a comidinha. — falei apontando para a comida. — Você fala que o Yoonie vai ficar dodói se não comer direitinho, então você também vai!

— Mas amor... Eu não posso agora, mas eu vou comer, te juro. — ele respondeu.

— No no, dada. Tem que comer no horário certinho, olha. — apontei para o relógio na cozinha, que marcava o horário de meio dia, e ele suspirou sorrindo, e olhando para mim. — A gente pode comer juntos, não pode?

— Você está certo, eu vou comer então. — ele se levantou e pegou o pratinho dele, começando a colocar a comida.

— Dada, você também é o bebê do Yoonie. — comentei, colocando uma colher de arroz na boca. — Hm... Dada é só um nenê'.

— Quantas vezes eu vou repetir que você é o bebê? — ele perguntou indo em direção a mim e apertando minhas bochechas, devagar mas apertou enquanto eu mastigava.

— Por que o dada não pode ser bebê do Yoonie? — cruzei os braços e fiz bico de novo, era injusto, completamente injusto.

— Você quer que eu seja o seu bebê? — ele me perguntou, começando a comer junto comigo.

— Mas o dada já é o meu bebê, hm! — disse irritado, por que ele não queria ser meu bebê? Ser um bebê é bom, e o dada sempre parecia um bebezinho para mim também, não sei porque ele não queria.

Ele se levantou e sentou do meu lado, colocando a colher com sua comida na minha mão. Eu olhei para ele e ele abriu a boca. Fiquei feliz quando ele deixou eu fazer "aviãozinho" com ele, e assim eu fiz. Fui balançando a colher e fazendo som de avião até colocar a comida na boca dele. E ele também fez assim comigo.

Agora eu estava feliz, depois que a gente terminou de almoçar e lavar os pratinhos, deitei no colo do dada e a gente tomou chocolate quente juntos, ele falou que minha febre tinha passado e que agora a gente podia brincar. Mas eu estava com sono, e falei que queria ir dormir, e então ele começou a fazer carinho nos cabelos como sempre fazia para me fazer dormir.

— Tata. — levantei o rosto e o encarei. — Obrigado por ser o melhor dada do mundo, e o meu dada.

— Eu amo cuidar de você, porque eu te amo. — e deixou um beijinho longo na bochecha do Yoonie e me abraçou forte, eu amava tanto o meu dada que eu sentia que meu coração ia explodir de tanto amor.

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