chapter 15 | dada of yoonie

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— Abre a boquinha, Yoonie. — Taehyung pediu, e então abri a boca e recebi a barra de cereais na boca, saboreando o gostinho de banana da barra de cereais.

Nós dois estávamos estudando na biblioteca, próxima semana iria ter uma prova difícil, e eu não era tão bom na matéria como Taehyung, então pedi ajuda do até então meu amigo, para me auxiliar nas informações e assim poder fazer uma prova boa.

— Você está cansado, quer dar uma pausa? — Taehyung perguntou, acariciando os meus cabelos, me fazendo relaxar e apoiar a cabeça em seu ombro. — Você é a coisinha mais linda, Yoongi.

— Você é a coisinha mais linda, Tae. — respondi sorrindo pequeno, não conseguia resistir aos encantos dele, era tão mágico e surreal.

Ficamos ali, por um bom tempo, eu com a cabeça apoiada em sua clavícula enquanto ele fazia um cafuné em meus cabelos. Deixava o meu coração mais quentinho, era maravilhosa a forma que eu me sentia tão tão bem com ele. Às vezes, o que eu mais precisava, era só aquele carinho, aquele amor que ele demonstrava para mim, eu sentia aos poucos minha esperança ir voltando.

Decidimos então voltar para casa, já começava a ficar tarde e a gente não podia ficar por tanto tempo na biblioteca. Taehyung quis ir no banheiro antes de pagarmos o ônibus, então fui junto com ele e o esperei lá dentro.

Estava tudo normal, até o little space começar a "chutar a porta para sair".

Tentava me segurar ao máximo, não podia entrar naquele horário, por que ele não pode despertar quando eu chegar em casa? Em público me deixa desconfortável, mas eu estava precisando muito entrar.

Taehyung saiu do banheiro e foi lavar as mãos, pegou sua sacola e estendeu a mão para mim, que sem querer agarrei com força, denunciando finalmente o meu nervosismo.

— O que aconteceu? — ele perguntou na porta da biblioteca, eu não queria que as pessoas ali ouvissem e vissem a gente tão próximos, por que certamente, se eu contasse, ele ficaria muito preocupado.

Eu te conto em casa. — sussurrei para ele, saindo do banheiro e puxando ele atrás de mim. Coloquei em mente que eu não podia trocar uma palavra sequer com Taehyung antes de chegar em casa, e por isso torçi que o tempo passasse o mais rápido possível para ele não estranhar mais ainda.

Péssima ideia, Taehyung passou o caminho todo me enchendo de perguntas mas eu não podia respondê-lo.

— Yoongi, vai continuar me ignorando assim? — perguntou Taehyung começando a ficar irritado, e eu percebi sua alteração. Eu queria responder normalmente, mas pequeno espaço em público sempre foi difícil para mim.

Peguei o celular dele no meu bolso e abri as notas, digitei o que estava acontecendo e entreguei em suas mãos. Ele passou um tempinho lendo, suspirou assim que terminou, e me encarou de volta. Desci meu olhar, eu estava envergonhado e até chateado comigo mesmo por ter seguido essa ideia tosca de ignorá-lo.

— Venha, encoste o rostinho aqui. — ele puxou o meu rosto para seu peito, me acolhendo ali, acariciando meus cabelos devagar. — Se tivesse me contado, eu iria te ajudar e saber o que fazer pequeno...

— Desculpa dada. — respondi baixinho, contra seu corpo, me remoendo por ter pensado nessa ideia.

— Tudo bem, hm? Descanse um pouco, até a gente chegar em casa. Aposto que caiu no espaço rápido assim pelo cansado do dia, não é? — parando para pensar, era verdade. O dia todo estudando, me fez ficar cansado, então assenti.

E do ônibus até em casa eu sentia as mãozinhas de Taehyung fazerem voltinhas em meu cabelo de uma forma delicada, como uma flor dente-de-leão, isso só me fazia ter mais certeza que tudo aquilo era real e que eu estava vivendo na pele.

Meu dada sempre será o melhor.

Assim que ônibus parou em frente ao ponto de ônibus perto da casa de Taehyung, descemos juntos e depois dali eu pude me sentir aliviado, eu podia ser o Yoonie pequenininho pois estávamos perto de casa. Corri em círculos, fazendo o dada rir comigo.

— Vem, eu te carrego nas costas hoje. — ele se agachou na minha frente e eu subi em suas costas. O dada era alto, e eu podia ver a cidade todinha de cima das costas dele.

Mentira, é brincadeirinha.

Mas o Dada é realmente alto, ele não consegue me botar nas costas dele sem se agachar muito, e quando ele fica em pé, eu me sinto alto igual a ele. Ele alcança as prateleiras muito fácil, em qualquer lugar, mas eu é muito baixinho para alcançar, então sempre usei uma cadeira, mesmo mamãe dizendo que era perigoso.

Mas agora eu tinha o dada, e ele sempre me ajudava.

— Dada, sabe por quê você é meu? — perguntei para ele, esperando que ele soubesse da resposta.

— Hum... Por quê eu sou o seu cuidador? — ele respondeu. Era um dos motivos, mas não era esse que eu queria.

— É, mas tem outro motivo bem legal. — respondi. — Você sabe dada?

— São tantos motivos Yoonie... Me conte, hm? — perguntou, me deixando animado para contar.

— É que o dada nunca desgrudou do Yoonie desde o dia que o dada me viu no banheiro, com medo. — respondi, me lembrando dos melhores dias que eu tive em toda minha vida. — Dada estava sempre comigo, ele nunca me deixou sozinho, é por isso que você é meu.

— Yoonie, eu te amo muito. — ele respondeu, me deixando no chão, e me abraçando logo em seguida. Era engraçado, eu sempre tinha que ficar na pontinha do pé para abraçar o dada, e ele sempre me carregava.

A porta foi aberta pela mamãe do dada, que sorriu ao ver a gente abraçadinho na frente da porta. Taehyung percebeu o movimento repentino atrás dele e ainda ao meu lado, se virou de frente.

— Vocês demoraram meninos, por que esta demora? — a mãe de Taehyung perguntou pacífica, enquanto a gente entrava pela porta.

— Desculpinha senhora Kim. — me desculpei, eu sabia que ela estava preocupada.

— Estudamos muita coisa na biblioteca, e o trânsito estava um pouco lento. A gente ainda enrolou no caminho do ponto até aqui, desculpa a demora mãe. — Taehyung pediu, falando para ela.

— Não se preocupem, está tudo bem. Subam e tomem um banho, devem estar cansados. — pediu e nós assentimos. — E olhe Taehyung, irei deixar somente hoje que vocês jantem no quarto, ok? Só hoje.

— Sério!? — ele perguntou surpreso e feliz. Correu até a mãe e a abraçou. — Obrigado, obrigado!

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