Ninguém solta a mão de ninguém.

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Pov. Fernanda

Eu acordo e vejo que estou em um hospital, tentando me lembrar do que aconteceu mais só lembro do PH entrar na minha casa.

Olho pro lado e lá está ele com toda glória na poltrona, por que tem que ser tão cafajeste? Fico admirando essa obra prima, está com uma cara de preocupado. O que aconteceu? Faço força pra me sentar mais acabo desistindo quando sinto uma dor na barriga.

Eu- puta que pariu.- digo alto o suficiente pra chamar a atenção dele.

PH- você acordou. Está se sentindo bem? Vou chamar o médico.- saiu antes de responder qualquer coisa. Logo volta sem o médico.- ele já está vindo.

Se senta na cadeira novamente, não me toca, estou com saudades do seu toque, como me faz queimar.

Eu- o que aconteceu? Só me lembro de você entrando na minha casa.

PH-você desmaiou e te trouxe pra cá, Fernanda- respirou fundo, já imaginei que vinha bomba, chamou pelo nome.- só vou te perguntar uma vez, com calma, por que caralhos você não tomou a pílula?

Hã? Por que ele tá me perguntando isso? Que pílula? 

PH- você está grávida.

Eu- não tô não.

PH- tá sim, mano eu falei contigo aquele dia, que eu não queria. A gente não precisa disso agora. - falou se levantando andando de um lado pro outro. Tento me sentar mais gemo de dor.- fica deitada por favor.- diz mais calmo olhando pra mim e eu pude ver decepção nos seus olhos.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa o médico entra com uma enfermeira.


Médico- então Fernanda, boa tarde, você tirou uma soneca e tanto hein. Como já conversei com seu namorado.- olho pro Pedro que está no canto da sala encarando o chão.- você está grávida de poucas semanas, 5 mais ou menos. Todo repouso é pouco por que a senhora está com uma infecção também, já passei os remédios e a receita pro seu namorado, beber bastante água e comida saudável.

Eu- obrigado doutor, posso ir embora?

Médico- eu recomendaria descansar mais um pouco, mais se tiver confortável pode ir, qualquer perca de líquido você tem que vim correndo. E comece logo o pré natal, quanto antes melhor. Boa tarde.


Assim que o médico sai, eu me sento na cama a dor já está passando, não quero ficar perto do Pedro agora, a última coisa que preciso é desse julgamento.

Eu- pode ir, eu peço um Uber.

Pedro- eu te levo em casa, passamos na farmácia pra comprar oque o doutor pediu.


Eu- Pedro eu esqueci de tomar a pílula, não sei o que aconteceu mais esqueci, também não queria que acontecesse agora. Mais não podemos fazer nada.

Pedro- poder pode, você pode abortar.

Olhei surpresa pra ele, tirei forças do inferno pra me levantar e dá um tapa na cara dele. 

Eu- isso está fora de cogitação, eu não preciso de você, consigo ser pai e mãe, se não quer pois vá embora.

Pedro- tem certeza que quer continuar com isso? 

Eu- não tenho dúvidas.

Pedro- ok, não vou dá pra trás fui homem pra fazer, vou ser pra assumir também.  

Eu- a única coisa que quero de você é atenção para o NOSSO filho, por que nós dois não existe mais.

Dito isso fui no banheiro, lavei o rosto e troquei de roupa. Doida pra chegar em casa e tomar um banho pra tirar esse cheiro de hospital.

Saímos do hospital, e seguimos de carro até a farmácia mais próxima sem trocar uma palavra, eu estou muito puta com ele pra insinuar abortar um filho. Pelo amor de Deus né.

Logo ele me deixou em casa e foi embora, na hora que passei pela porta eu desabei, chorei o que estava segurando a vida toda. 

Tomei um banho relaxado, pensei se seria melhor passar uns tempos na casa da minha mãe, lá sim teria paz. Ficarei duas semanas afastada do trabalho, se tudo correr bem.

Sai do banho, me enrolei na toalha e fui pro quarto, sentei na cama e peguei o celular. 

whatsapp on

Eu- Pedro estava pensando se não seria melhor eu passar uns dias na casa da minha mãe, lá é mais calmo e tranquilo. Estou lhe avisando antes.

Pedro- vlw.

whatsapp off

Só isso? Vlw? Aaaaah vai pra porra ele também, eu hein. Antes não tivesse avisado. 

Liguei pra minha mãe avisando que iria pra lá amanhã, ela aceitou de bom grado, mãe parece que sente né.

Fiz um sanduíche simples e um suco de limão e fui pra sala "jantar". Dei minha primeira mordida e minha porta é aberta com tudo, fazendo com que eu me assuste e pegue arma que sempre fica de baixo da almofada do sofá.

Quando vejo que passa por ela relaxo, era o VT.

Vitor- como assim você vai embora com meu afilhado na barriga? Como assim tem um bebê Pedro na sua barriga e você nem me conta?

Eu- você me assustou, ainda tô digerindo essa informação, como pode vê, sozinha.- sinto meus olhos encher de lágrimas e dou uma mordida no meu sanduíche.- ele simplesmente jogou essa bomba no meu colo e foi embora, sem nem tempo pra conversar, oque vamos fazer.- já chorava.

Vitor- oooh minha anão, não chora, eu tô aqui não tô? Vou ser o dindo mais babão desse nenê.- se senta ao meu lado e coloca mão na minha barriga sem nem um pingo de volume.

Eu- amanhã tô indo pra Minas, racionar um pouco.

Vitor- temporário né?- assenti com a cabeça limpando as poucas lágrimas que saia.- quando você voltar vou estar te esperando, ninguém solta a mão de ninguém. O mano lá ainda tá entendendo oque tá acontecendo relaxa.

Apoiei a cabeça no seu ombro enquanto ele fazia carinho no meu cabelo. O Vitor é o melhor amigo que alguém pode ter. Peguei no sono com aquela frase: Ninguém solta a mão de ninguém.

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Pessoal estou tentando postar sempre que dá, mais estou totalmente desanimada. Não tem ninguém comentando nem curtindo, é isso? Bom se isso não mudar infelizmente vou excluir a história 😢

A delegada & o dono do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora