Nix
"_ Mamãe posso ir brincar? - Perguntei a mulher de cabelos alaranjados que me olhava com ternura.
_ Pode sim meu amor, mas não vá muito longe está bem? - Pediu me pondo no chão.
Sorri em agradecimento e fui para a floresta que havia atrás de casa, meu irmão Dante havia pego um terrível resfriado e a febre não o deixava sair da cama, nossos pais não me deixam ficar muito tempo com ele para que eu não ficasse doente também.
Adentrei a floresta perseguindo uma linda borboleta, quando parei de a seguir estava em frente quando avistei um lindo cachorro branco. Foi o dia em que conheci Connor, aparentemente uma das poucas lembranças que não eram falsas. Revivi aquele dia mais uma vez e fui puxada bruscamente sendo retirada da floresta.
_ Parem com isso! Deixem meu irmão em paz! - Ouço a voz de mel, estavam em um parquinho para crianças, ela parecia ter uns nove anos.
_ Olha só! O viadinho está sendo protegido pela rainha dos sapos! - Um dos garotos que segurava algumas pedras em sua mão falou alto, querendo se gabar a todos.
Me lembro desse dia, foi quando conheci os gêmeos, havíamos acabado de sair da escola, eu estava voltando sozinha para casa. Resolvi parar no parque para brincarmos um pouco e encontrei Melissa e Maicon nesse dia.
Por instinto entrei na frente de Mel, com os braços abertos a defendendo com meu corpo.
_ Ei vocês não tem vergonha! São um bando de covardes por quererem bater em duas pessoas indefesas! - Falei alto enquanto eles me encaravam com deboche, mas estranhamente algo os assustou.
Procurei ao redor encontrando Connor nas árvores, mas logo o mesmo sumiu, me virei novamente para os gêmeos.
_ Vocês estão bem? - Perguntei os observando preocupada.
_ Uhum... - Ambos falavam com uma expressão chorosa e logo as lágrimas começaram a escorrer por suas bochechas.
A garota me abraçou se apoiando em mim, suas pernas tremiam muito enquanto o outro gêmeo apenas chorava olhando para cima. Sorri e cuidei dos dois naquele dia. Depois disso nos tornamos amigos inseparáveis.
Depois de alguns anos, eu ainda me encontrava com o senhor bola de neve na floresta, eu gostava da companhia dele e aparentemente gosto que hoje, os gêmeos algumas vezes iam comigo. Em uma dessas visitas, Connor nos apresentou um amigo, Sam, ele tinha a nossa idade na época, iria estudar com a gente. Nós viramos amigos rapidamente e até mesmo quando eu me mudei ainda voltava a antiga casa na árvore, pois acompanhava o Sam e gostava de ter uma desculpa para ver o albino novamente.
E por fim encontramos Henry, mas nessa época estávamos no último ano da escola, ele era um aluno transferido que não gostava de se envolver com nenhum grupo, mas um dia o encontramos sendo preso por um vampiro em um beco. Já passava das dez da noite, eu e os demais estávamos voltando para casa quando vimos a cena.
Maicon deu, literalmente, uma voadora no vampiro enquanto Mel lhe dava uma de suas poções de cura para o ferimento no pescoço do ruivo. Antes que eu percebesse, já havia formado um grupo de amigos com apenas seres sobrenaturais e eu era a única humana, mas nunca me senti excluída.
O vampiro logo sumiu e Henry nos agradeceu fazendo bico, acho que ele nunca foi bom em fazer amizades. Rimos e ele passou a conviver conosco, antes que me desse conta viramos uma pequena família de malucos.
Sorri, mas voltei às memórias de minha casa, via claramente o rosto de meu pai agora. Ele e minha mãe já sabiam sobre meus amigos e não se importavam deles serem o que são. Dante demorou a aceitar, mas se acostumou com o tempo. Sempre fomos uma família amorosa e muito gentil.
Até o maldito dia em que minha mãe sofreu um grave acidente de carro e a mesma começou a sofrer com uma maldição. Seu corpo havia se recuperado, porém sua consciência continuava apagada, era como um eterno coma. Henry e Mel haviam tentado de tudo para quebrar o feitiço, mas nada havia dado certo.
Três meses haviam se passado e as cartas de aceitação das faculdades haviam chegado. Dante já estava irado, ele era muito apegado a mamãe e quando achou que eu iria embora para outro país distanciando ainda mais nossa família ele perdeu o controle, quase me bateu e saiu correndo de moto sem me deixar explicar, foi o maldito dia do acidente.
Nesse dia eu ainda consegui ser salva por Connor que me tirou do local do acidente, ele ligou para mel veio correndo me socorrer, porém meu irmão morreu no local do acidente. Meu pai, que já não estava nada bem, piorou ainda mais depois da morte de Dante. Ele mal saia do quarto e minha vida havia se tornando um pouco sombria desde então.
Papai estava com depressão severa, o mesmo tentava sorrir na minha frente para que eu conseguisse me sentir melhor, mas eu conseguia ver a tristeza em seu olhar, também me esforçava ao máximo mas nada parecia adiantar.
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A Escolhida Da Profecia
Random"Quando as cinco raças se unirem, um novo ser nascerá. Vindo das almas mais antigas e perdidas em templos antigos, é onde se encontra sua nova fonte de poder. E aquele cujo o nome não se deve falar, irá voltar e será sua hora exata de com o mundo a...