4.

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olá dondocas, comentem e votem bastante! adoro vocês<3🥺

Mary se sentou na cama e encostou às costas na parede. Tinha vindo para a casa de Fezco, porquê quando ele chegou no carro — logo após meia-noite —, disse..:

Dorme lá em casa hoje.

Soou como um pedido ou pergunta, mas era uma afirmação. Mary não negou, afinal, não estava exatamente em boas condições agora, e ter que procurar a chave da porta no meio daquele tanto de cascalho que ela escondeu ia ser um porre.

Agora lá estava ela e Ash, no quarto dele, sentados na cama, vendo filme e comendo McDonald's.

— Passa o suco — Mary murmurou, de boca cheia. — Valeu.

Eles não falaram do beijo. Ou de como agiram como um casal. Eles apenas conversavam, e tudo tinha voltado ao "normal", ao que eles sempre foram.

— Cara... que tanto de porra aconteceu — a garota murmurou com o canudo do suco na boca.

— Não morde o canudo que eu também vou beber essa merda — falou, enquanto puxava o copo das mãos de Mary, que ciciou "isso é meu". — Não ligo. E sim, aconteceu merda pra caralho.

— É...

— É. Algum me drogou e acabou se drogando junto — começou a falar e, deu uma mordida no hambúrguer, isso não o impediu de continuar contando os acontecimentos..: — Depois me fizeram dançar, e eu também tive que dirigir um carro estando brisado. Deixando um 'ps': eu ainda estou!

Ashtray contou tudo indignado, de fato, foi coisa pra porra. Não comentou sobre o beijo. Não, não ia falar sobre aquilo; por mais que a noite de ano-novo fosse ser lembrada por duas coisas; primeira: Mary e ele acabaram drogados; segundo: eles se beijaram.

— Hum. É. — se esticou para pegar de volta o copo de suco e então voltou a se encostar na parede. — E eu também vi o Nate e a Cassie entrando no banheiro, juntos.

Ashtray deu de ombros após um "é". Mas então ele parou de mastigar lentamente e com as bochechas cheinhas ele virou o rosto para Mary.

Pera aí — falou enquanto terminava de engolir. — Nate, você diz, Nate Jacobs? — "uhum" foi sua resposta. — Até onde eu sei, Nate não namora com a morena, e a loirinha, Cassie, não é melhor amiga da morena?

— Mhm. Exatamente. Entende agora?

— Mas que porra — murmurou as palavras, e então focou a visão na tevê e no filme que tocava: Coraline. Mary seguiu o exemplo de Ash e voltou a assistir.

Assistir Coraline estando á influência de alucinógenos era bem... estranho. Era um filme muito expressivo e colorido, e assistir a cena em que a Coraline quer voltar para casa e não consegue... era muito "acho que não quero mais ver essa merda agora". Além de ter muitas informações, agora, sob entorpecentes, via as imagens mais coloridas se mexerem, como se fossem círculos pulsantes e brilhantes.

Lindo... se não fosse a cena da Coraline tentando fugir do outro mundo, do mundo que a Bela Dama criou.

— Por que é que a gente escolheu esse filme? — Mary sussurrou, bem baixinho mesmo, encolhida pertinho de Ashtray que puxava os próprios pés para perto do corpo; ela falou baixo quase como se a Bela Dama pudesse ouvi-la.

— Porque foi o primeiro que apareceu.

— Eu não tô mais curtindo essa merda, Ash — ciciou, enquanto tentava se encolher mais e mais para longe da tevê.

— Nem eu — essa foi a última coisa que ele disse antes de correr até a mesinha de cama, pegar o controle e então voltar para a cama. Nesses segundos ele clicou em todos os botões em que sabia que: o resultado seria sair do filme. — Pronto.

𝘖 𝘐𝘕𝘐́𝘊𝘐𝘖 𝘋𝘈 𝘌𝘜𝘗𝘏𝘖𝘙𝘐𝘈 - Ashtray.Onde histórias criam vida. Descubra agora