— Porra do caralho, avisa que eu sou mais eu! — falou alto, comemorando, quando enfim achou a chave da porta perdida no meio daquele tanto de cascalho.
Mary entrou em casa e foi direto para o quarto de visitas que era muito mais um esconderijo para guardar dinheiro e, as vezes, drogas — Fezco preferia que Mary não as guardasse em casa, então eles tinham outro lugar para guardá-las.
Começou a contar alguns maços de dinheiro para reabastecer o que precisava. Precisava comprar mais bala.
Enfim, por agora, precisava começar a pesar todas as drogas que ela tinha em pó, e então separá-las. Isso demoraria algum bom tempo.
— Aqui vamos nós — sussurrou, enquanto colocava o pó encima da mesa e começava a fazer carreiras com o cartão. Já tinha feito aquilo tantas vezes que sabia que aquele tanto em uma carreira equivalia á cinco gramas e mais uns "quebradinho". — Você vai me dar uma grana fodida — disse para a cocaína muito bem embalada no plástico-filme.
Colocou música no celular e continuou fazendo o que precisava. Rue não respondeu sua mensagem, sequer visualizou. As próximas horas foram assim, batendo o cartão na mesa, fazendo meia-dúzia de carreiras de cocaína, MDPV, heroína, mefedrona e alguns outros.
Sua mente viajou em como aquilo matava gente 'pra caralho, como a euforia temporária e extrema se tornava uma necessidade, um vício e isso podia te levar a uma overdose. De como uma abstinência te fazia enlouquecer a ponto da morte. Deu um pigarro quando sua garganta coçou, onde sua tatuagem estava; trabalhava com o que quase matou Rue.
Seus olhos ameaçaram começar a arder pelas lágrimas mas Mary foi rápida em piscar várias vezes e voltar sua mente para prestar atenção na música que tocava.
— So what we get drunk? So what we smoke weed? We're just having fun — começou a acompanhar a letra, e continuava batendo o cartão na mesa, fazendo mais carreiras.
E essa era parte de sua vida.
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Mary sentiu seu pulso doer assim que soltou o cartão na mesa; seu celular tocou, alguém estava ligando. Ela se levantou e foi até o balcão da cozinha, viu as horas: 13:58... passou três horas sentada. Voltou a prestar atenção na tela quando o celular vibrou mais uma vez.
Ashtray o rabugento favorito
Deu um sorrisinho para o nome do contato antes de atender.
— Muito que bom-dia — começou a falar quando atendeu a chamada. Ouviu a risadinha nasalada do outro lado da linha, antes de sua resposta vir..:
— Muito que bom-dia, Mary — falou o bordão deles, mesmo já tendo se encontrado há algumas horas atrás. — 'Tô saindo 'pra ir te pegar, 'pra entrega. Pega as encomenda que tu tiver aí também.
— Okay. Quando chegar manda mensagem.
— Tá.
E desligou.
Mary piscou e então foi atrás de seu bloco de notas, pegou tudo o que precisava de três pedidos. Era isso. Correu colocar seus all star branco e, então, seu celular apitou. Bem na hora — pensou.
Saiu de casa e colocou a chave da porta no bolso, ah, 'tava fora de mais uma caçada de chave no cascalho. Viu Ashtray dentro do carro, ela sentou no banco carona e o olhou.
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𝘖 𝘐𝘕𝘐́𝘊𝘐𝘖 𝘋𝘈 𝘌𝘜𝘗𝘏𝘖𝘙𝘐𝘈 - Ashtray.
Fanfiction[FINALIZADA] Mary vai passar o ano novo com Fezco e Ashtray, não foi só uma festa de ano novo, foi a festa e ela trouxe surpresas. A noite prometia. @𝑪𝑯𝑼𝑵𝑻𝟒𝑹𝑶 plot - 𝑨𝒔𝒉𝒕𝒓𝒂𝒚. w/ fem¡oc. 𝒆𝒖𝒑𝒉𝒐𝒓𝒊𝒂 fic.