xvii. em uma casa de fulga.

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CAPÍTULO VINTE E SETE

'e todas as vezes que te deixei
entrar, só para ver você
partir de novo'

'e todas as vezes que te deixeientrar, só para ver você partir de novo'

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ERA COMO SE TUDO ESTIVESSE EM câmera lenta, a cada passo pelas escadas tudo que ela conseguia ouvir era o som dos próprios batimentos, aqueles que ainda não estavam nem perto de estar calmos. A porta do quarto foi aberta com cuidado, o homem ao seu lado pareceu entender que ela estava precisando de um momento sozinha.

— Eu... vou estar lá embaixo. — Sirius deu um sorriso fechado, nenhum dos dois sabia o que dizer agora.

Poppy apenas acenou para mostrar a ele que estava ouvindo e então assistiu seu tio fechar a porta do quarto e ouviu seus passos pela escada. Finalmente estava sozinha, mas aquilo não era o que ela queria agora, pela primeira vez em muito tempo a garota teve certeza de que não conseguiria cuidar de tudo sem incomodar ninguém.

Foi por isso que ela abriu a porta do quarto novamente e desceu as escadas com passos acelerados, parando no meio da sala de estar encontrando Sirius ainda de pé, mas agora ele segurava uma xícara que pelo cheiro parecia conter café fresco. Era tarde para estar tomando café, mas Sirius não parecia se importar muito com horários e agora Poppy também não precisaria.

— Tanto café assim vai te fazer mal — Poppy falou, sua voz trêmula de quem não queria dizer exatamente o que disse.

— Tenho uma saúde de ferro, vou viver mais do que você. — Ele brincou, mas era visível sua preocupação no momento em que deixou a xícara de lado e se aproximou.

— Não duvido, há uma profecia que diz que não irei viver até meus dezessete anos. — Ela deu de ombros forçando um sorriso. — Se eu morrer...

— Você não irá.

— Se eu morrer... — Ela repetiu olhando para Sirius e respirando fundo para parecer convicta em suas palavras. — Você tem que me prometer que fará de tudo para ficar vivo... para cuidar dele.

Sirius a analisou por um instante, pareceu perceber que a garota não estava brincando ou sendo uma adolescente dramática. Ele sabia que o risco que a garota corria era tão real quanto as palavras que ela acabara de pronunciar.

— Podemos cuidar dele, os dois. — Sirius tentou contornar a situação mas a Black parecia precisar de mais do que isso. — Eu prometo. — Ele se rendeu por fim e viu a garota assentiu enquanto uma única lágrima deixava seus olhos, o medo estava visível neles. — Assim como prometo que não deixarei nada acontecer com você.

— Eu não quero morrer. — Ela admitiu, sua voz baixa como se ela estivesse quebrando a cada sílaba falada.

— Ninguém mais vai morrer. — Ele garantiu em uma doce mentira.

✓𝗕𝗜𝗧𝗧𝗘𝗥 𝗣𝗢𝗣𝗣𝗬 · harry j. potter Onde histórias criam vida. Descubra agora