28- O segredo

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Meu sangue estava fervendo de raiva. Antes que eu pudesse fazer algo Day saiu do banheiro secando os cabelos com a toalha. 

-Bia eu decidi... - Ela perdeu a voz quando viu Diana deitada e nua em sua cama. - Diana?  Eu sabia que Day jamais faria nada, ainda mais com Diana, eu confiava nela, mesmo sentindo ciúmes. Larguei a bandeja no chão e comecei a dar passos rápidos em direção a cama. Diana sorria como se tivesse vencido a guerra. 

- Eu vou te ensinar a ser menos piranha. - A tirei da cama pelos cabelos e fui arrastando ela até o corredor. Ela tentava lutar, mas eu estava com tanta raiva que estava segurando com toda minha força. - Ela é uma mulher casada sua vadia de quinta. - A joguei no corredor. 

- Sua vagabunda interesseira! - Ela veio para cima de mim tentou pegar meu cabelo, mas eu segurei suas mãos, mas seu corpo acabou vindo de encontro ao meu e eu acabei batendo as costas na parede. Eu a empurrei e ela acabou caindo no chão. Sentei na sua cintura e comecei a distribuir tapas, socos, arranhões, tudo que eu podia. 

- Chega Carol!! -Day me puxou pela cintura e me segurou. Vi que minhas mãos tinham sangue e Diana estava caída no chão com as mãos no rosto. 

- Ela... Eu disse... você... Ela... - Eu não conseguia formular uma frase por estar nervosa. 

- Chega. -Dayane soltou e andou até Diana. -Diana? - Eu não estava acreditando no que estava vendo,Day estava cuidando dela. - Acabou... Para sempre. - Então Diana caiu num choro sofrido, como se tivesse perdido algo, ou melhor, alguém muito importante para ela. E foi só então que eu entendi. Não era por capricho, ou só porque ela queria se sentir superior a mim, ela realmente amava Dayane, ela amava Day como mulher. Fui até o quarto, peguei um roupão de Dayane e voltei ao corredor, entreguei a Day para cobri-la e voltei ao quarto.  Fiquei sentada pensando em tudo, em como me descontrolava rápido, não sabia se era por amor ou se era por insegurança, já que Zyan havia me traído e engravidado outra. 

-Bia... -Day apareceu no quarto. 

- Me diz que você não fez nada com ela. - Abaixei a cabeça. Se Day tiver feito isso, eu não sei como vou conseguir superar isso.  - Eu tinha ido tomar banho. - Day  falou séria. - Eu não sabia que ela estava aqui. 

- Verdade? - Levantei o olhar. Day se sentou ao meu lado e segurou minha mão.  - Sim. - Ela deixou um beijo casto na minha mão. - Eu sei que você ainda está insegura por conta de tudo que aconteceu, mas eu jamais faria isso com você.  - Parte de mim sabe disso, mas outra parte de mim ainda é insegura.  - Diana não vai mais fazer nada. 

- Eu gostaria de acreditar nisso. - Soltei um suspiro. 

- Vamos dar um voto de confiança. 

- Tudo bem. - Ela me puxou e me deu um selinho.  Levantei para limpar as coisas que joguei no chão. Me abaixei e comecei a jogar as peças maiores no na bandeja. Day veio me ajudar a limpar, eu estava me sentindo mal por tudo o que havia acontecido. 

-Dayane, precisamos conversar. - Robert apareceu na porta do quarto. 

- Eu desço em cinco minutos. -Day se levantou com a bandeja nas mãos. 

- Deixem isso aí, os empregados limpam e vocês não ficaram nesse quarto, escolham outro quarto vago e fiquem lá. 

- Não tem necessidade. - Eu falei. 

- Eu não perguntei se queriam. Te espero no escritório. - Robert saiu pelo corredor. 

- Ele é sempre assim? 

- Só quando não está dormindo. - Ela sorriu. Day levou para um dos quartos vagos e disse que seria nosso novo quarto, logo em seguida ela saiu para conversar com o avô. Aquele quarto não era diferente do que dividia com Zyan, então eu teria que fazer algo para modificar.  O tempo estava passando razoavelmente rápido. Aquele já era o terceiro mês, que passávamos lá. Day deu o carro automático que ela odiava, afinal ela havia voltado a trabalhar no seu mustang e já tinha terminado a reforma. Eu havia acabado de sair do plantão e Elana acompanhava. 

Dupla Face :(:Onde histórias criam vida. Descubra agora