4- Todos Estranhos

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Caroline. – Dayane sorriu mais uma vez e se virou, voltando a caminhar. Ainda consegui ouvir ela murmurar "Lindo nome." antes de sumir na escuridão do jardim.

Por sorte encontrei o quarto naquela noite, mas Zyan demorou tanto para voltar que eu acabei adormecendo. No dia seguinte quando acordei Zyan estava dormindo ao meu lado. Eu estava ficando seriamente irritada com ele. Eu sempre tentei ser uma pessoa compreensiva, ainda mais porque nunca gostei de conflitos. Fiz minha higiene matinal e quando voltei ao quarto Zyan já estava acordado.

- Bom dia! – Ele falou.

- Onde estava ontem a noite?

- Meu pai me pediu para verificar uma mercadoria que chegaria na madrugada.

- Custava me avisar?

- Pensei que estivesse dormindo.

- Você sabia que eu não estava. E quando você ia me contar que iríamos morar aqui depois do casamento? – Finalmente resolvi confrontá-lo.

- Então meu pai falou é? – Ele parecia nem se importa.

- E você fala assim tranqüilo? Você está casando sozinho Zyan?

- Caroline, vão ser menos gastos. Casas são caras, mobília também. Aqui temos tudo.

- Mas não é nossa casa e você nem se quer me consultou. – Eu terminei de me vestir.
– E quando você ia me contar sobre seu sobrenome ser Limns e que sua família cuida de mais coisas do que transporte marítimo?

- O que? – Ele se levantou da cama.
– Quem te contou isso?

- Não importa! O que importa é que você não me contou.

- Caroline você está criando uma tempestade num copo d'água.

- Quer saber! Eu vou descer para tomar meu café da manhã. – Apenas saí do quarto andando rapidamente pelo corredor.

Era cedo ainda, então acho que daria tempo de dar uma volta no jardim. Estava andando pelo corredor, quando uma porta foi aberta e de lá surgiu Dayane. Ela tomou um leve susto ao me ver. Em seu pescoço haviam algumas marcas vermelhas, que foi impossível não notar, mesmo com seu longo cabelo jogado na frente dos seus ombros, provavelmente para disfarçar.

– Bom dia! – Falei.

- Bom dia! – Ela fechou a porta do quarto.

- Você mora aqui também.

- Sim. – Fomos seguindo pelo corredor. Quando ouvi uma porta ser aberta novamente. Ao me virar vi Diana sair do mesmo quarto que Dayane saiu. Com certeza aquelas marcas não eram de alergia e lá se ia minha teoria que Dayane e Zyan poderiam ser irmãos.

- Bom dia! – Diana falou.

- Bom dia! – Day e eu falamos quase que ao mesmo tempo. Diana passou por nós rebolando com sua calça apertada. Dayane me encarou por um tempo e realmente seus olhos eram iguais aos dos outros.

- Seus olhos são lindos. – Saiu sem querer.

- Obrigada! – Ela sorriu.
– Eu sei que não era isso o que você queria falar.

- Eu... estou confusa. – Day sorriu de canto e se aproximou de mim.

-Nem tudo é o que parece ser nessa casa. – Ela sussurrou no meu ouvido. – Há muitas máscaras por aí. – Ela ia se afastar, mas eu segurei seus braços para ela continuar próxima.

- Eu posso confiar em você? – Era loucura perguntar aquilo, mas desde que cheguei ela foi a única quem me pareceu verdadeira.

- Não deveria, porque eu também sou um deles.

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